Rio de Janeiro, 25 mar (EFE).- O Brasil terá este ano um crescimento econômico de 5,2% e gerará 1,5 milhão de novos empregos formais, segundo uma pesquisa feita com empresários divulgada hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) projetado pelo "setor produtivo" contrasta com a contração econômica de 0,2% sofrida pelo Brasil no ano passado e fica abaixo da expectativa do Governo, de 5,7%.
Segundo o resultado do "Sensor Econômico" do Ipea, os empresários também preveem para este ano uma inflação de 4,7%, acima dos 4,31% registrados em 2009 e do centro da meta que o Governo se impôs para 2010 (4,5%).
O setor produtivo também espera que este ano sejam gerados 1,5 milhão de novos empregos formais, acima dos 995.110 criados no ano passado, mas abaixo da projeção do Governo (2 milhões).
Os empresários calculam que o Brasil terminará o ano com o dólar cotado a R$ 1,89, frente à cotação de R$ 1,79 de ontem.
Segundo o estudo, os empresários projetam para este ano um superávit comercial de Us$ 15 bilhões, com exportações de US$ 170 bilhões e importações de US$ 155 bilhões.
Esses dados são mais otimistas que os do próprio Banco Central, que recentemente revisou suas projeções e agora prevê um superávit comercial de US$ 10 bilhões, resultado de vendas externas de US$ 173 bilhões e compras de US$ 163 bilhões.
Em qualquer dos dois casos, o superávit na balança comercial brasileira este ano ficará abaixo do obtido no ano passado (US$ 25,348 bilhões).
Para a pesquisa, o IPEA consulta bimestralmente os dirigentes das principais entidades patronais de empresários e outros porta-vozes do setor produtivo.
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