Os professores de São Paulo decidiram, nesta sexta-feira (19), pela continuidade da greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam aumento de 34% dos salários. Os estudantes engrossaram a manifestação de milhares nas ruas. O governador José Serra (PSDB) classificou o movimento de eleitoreiro e descreveu as sucessivas manifestações como um "trololó". Vídeo do Barão de Pirapora compara a postura intransigente de Serra com a de Paulo Maluf, nos tempos da ditadura militar.
No mesmo dia em que o governador de São Paulo, José Serra, descreveu as sucessivas manifestações de professores do estado como um "trololó", a Justiça negou o pedido do Ministério Público Estadual (MPE) de proibir a segunda assembleia dos docentes, que ocorreu nesta sexta, na Avenida Paulista. O MPE entrou com recurso.
Insinuando que os protestos têm objetivo eleitoral, o governador disse que nem sequer há um movimento grevista. "Não tem greve. Só tem marketing para a imprensa noticiar", declarou Serra, virtual candidato à Presidência da República pelo PSDB, sem disfarçar a irritação com o assunto. Questionado sobre quem estaria por trás do movimento, Serra retrucou: "Vocês sabem. São suficientemente inteligentes e observadores."
Uma parcela dos professores está em greve desde o dia 8. Segundo o governo, apenas 1% da categoria aderiu à paralisação. De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), mais de 60% dos docentes estão parados.
Greve impede Serra de inaugurar obra
Serra cancelou ontem, de última hora, sua participação em uma inauguração onde professores em greve fariam um protesto. O evento, na capital paulista, que teve a presença do prefeito Gilberto Kassab (DEM), virou palco de bate-boca entre autoridades e manifestantes.
O governador disse que não teve "tempo" de comparecer ao evento. De acordo com os assessores, a presença de Serra não estava sequer confirmada, embora um aviso da Secretaria de Comunicação indicasse o evento como o primeiro compromisso público da agenda do governador.
Com apitos, vaias e faixas, cerca de 30 manifestantes tumultuaram a inauguração do segundo viaduto do Complexo Viário Jaraguá, na zona oeste. Em alguns momentos foi difícil ouvir os discursos das autoridades. Na quinta (18), pela segunda vez consecutiva, professores da rede estadual foram a compromissos públicos de Serra para protestar.
Passeatas
Na semana passada, cerca de 12 mil docentes se reuniram no vão livre do Masp e foram em passeata até a Praça da República. Nesta sexta, o MPE tentou proibir a assembleia dos professores, mas o juiz da 20.ª Vara Cível, Flávio Abramovich, extinguiu o processo porque o pedido não teria sido feito de modo adequado. Na sentença, o juiz diz que a Polícia Militar e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) devem tomar providências para evitar transtornos à população.
O autor da ação, promotor José Carlos de Freitas, rebateu os argumentos. "A PM e a CET solicitaram que o MP interviesse desta vez e em 2008, pois os professores estão extrapolando o direito de se manifestar."
Os professores querem reajuste salarial de 34% para compensar perdas relativas à inflação e o fim das provas dos temporários e do programa de promoção. A greve é mobilizada pela Apeoesp, Centro do Professorado Paulista (CPP), Sindicato dos Especialistas do Magistério Oficial de SP (Udemo) e Ubes (União Brasileira dos Estudantes).
Fonte: da redação Vermelho, com agências
No mesmo dia em que o governador de São Paulo, José Serra, descreveu as sucessivas manifestações de professores do estado como um "trololó", a Justiça negou o pedido do Ministério Público Estadual (MPE) de proibir a segunda assembleia dos docentes, que ocorreu nesta sexta, na Avenida Paulista. O MPE entrou com recurso.
Insinuando que os protestos têm objetivo eleitoral, o governador disse que nem sequer há um movimento grevista. "Não tem greve. Só tem marketing para a imprensa noticiar", declarou Serra, virtual candidato à Presidência da República pelo PSDB, sem disfarçar a irritação com o assunto. Questionado sobre quem estaria por trás do movimento, Serra retrucou: "Vocês sabem. São suficientemente inteligentes e observadores."
Uma parcela dos professores está em greve desde o dia 8. Segundo o governo, apenas 1% da categoria aderiu à paralisação. De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), mais de 60% dos docentes estão parados.
Greve impede Serra de inaugurar obra
Serra cancelou ontem, de última hora, sua participação em uma inauguração onde professores em greve fariam um protesto. O evento, na capital paulista, que teve a presença do prefeito Gilberto Kassab (DEM), virou palco de bate-boca entre autoridades e manifestantes.
O governador disse que não teve "tempo" de comparecer ao evento. De acordo com os assessores, a presença de Serra não estava sequer confirmada, embora um aviso da Secretaria de Comunicação indicasse o evento como o primeiro compromisso público da agenda do governador.
Com apitos, vaias e faixas, cerca de 30 manifestantes tumultuaram a inauguração do segundo viaduto do Complexo Viário Jaraguá, na zona oeste. Em alguns momentos foi difícil ouvir os discursos das autoridades. Na quinta (18), pela segunda vez consecutiva, professores da rede estadual foram a compromissos públicos de Serra para protestar.
Passeatas
Na semana passada, cerca de 12 mil docentes se reuniram no vão livre do Masp e foram em passeata até a Praça da República. Nesta sexta, o MPE tentou proibir a assembleia dos professores, mas o juiz da 20.ª Vara Cível, Flávio Abramovich, extinguiu o processo porque o pedido não teria sido feito de modo adequado. Na sentença, o juiz diz que a Polícia Militar e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) devem tomar providências para evitar transtornos à população.
O autor da ação, promotor José Carlos de Freitas, rebateu os argumentos. "A PM e a CET solicitaram que o MP interviesse desta vez e em 2008, pois os professores estão extrapolando o direito de se manifestar."
Os professores querem reajuste salarial de 34% para compensar perdas relativas à inflação e o fim das provas dos temporários e do programa de promoção. A greve é mobilizada pela Apeoesp, Centro do Professorado Paulista (CPP), Sindicato dos Especialistas do Magistério Oficial de SP (Udemo) e Ubes (União Brasileira dos Estudantes).
Fonte: da redação Vermelho, com agências
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