A pediatra cubana Aleida Guevara March, filha do líder revolucionário Erbesto Che Guevara, criticou, nesta quinta-feira (11), os grupos de direitos humanos que pedem a libertação de presos na ilha governada por Raúl Castro. De acordo com ela, Orlando Zapata, que morreu há duas semanas após uma greve de fome de 85 dias, era um 'delinquente comum'.
Aleida participou de palestra na Faculdade de Filosofia e Humanas da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Ao ser questionada sobre as greves de fome para pressionar o regime de Cuba, ela foi enfática ao afirmar que são manipuladas para prejudicar a imagem de Cuba. "São personagens criados pela mídia para caluniar Cuba. Recebem dinheiro de empresários dos Estados Unidos e Europa que são contrários à revolução cubana", afirmou.
"Normalmente, um preso faz greve de fome para conseguir sua liberdade. Mas este queria TV, telefone e cozinha. Isso é absurdo. Ele deveria ter sido tratado é por psiquiatras. Não era um preso político", disse ela sobre Orlando Zapata.
Aleida lembrou o caso de epidemia de dengue que, na década de 80, matou 101 crianças em Cuba. De acordo com a ilha, o surto foi resultante de guerra bacteriológica desencadeada por agentes da CIA. "Que associação de direitos humanos fez algo pelo povo cubano, contra aquele e outros crimes? E com que direito eles agora criticam algo sobre a soberania de Cuba?", questionou.
Médica pediatra, Aleida Guevara passou o dia de quinta-feira em Salvador e, além da palestra para universitários, ela visitou a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) para conhecer os projetos que ajudaram no novo conceito de desenvolvimento social, com o foco principal na quebra do ciclo geracional da pobreza, por meio de capacitação e geração de emprego e renda.
De Salvador, a filha do Che iria a Sergipe, onde participaria, nesta sexta-feira, na cidade de Umbaúba, de seminário promovido pelo Movimento dos Sem Terra (MST), com o tema "O Socialismo Frente à Crise Econômica Mundial".
Ainda em Umbaúba, ela fará a inauguração simbólica da unidade de saúde que leva o nome de seu pai, Hospital Doutor Ernesto Che Guevara. No sábado, ela participa da palestra O Papel da Militância na Construção das Transformações Sociais, que acontece no Instituto Federal de Sergipe, em Aracaju. Portal Vermelho
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