domingo, 14 de março de 2010

Lula, futuro Nobel da Paz, chega a Israel



Do R7.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Israel neste domingo para a primeira visita oficial de um chefe de Estado Brasileiro ao país, em uma viagem que incluirá passagens pelos territórios palestinos e Jordânia. O presidente, que se apresenta como um possível mediador para o conflito da região, desembarcou em Tel Aviv e foi em seguida para Jerusalém, onde ficará hospedado no hotel King David.

A agenda de encontros oficiais começa nesta segunda-feira (15). Lula vai se reunir, separadamente, com o presidente de Israel, Shimon Peres, como primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e com o presidente do Knesset (Parlamento), Reuven Rivlin.

Ele também se encontrará com a líder da oposição, a deputada Tzipi Livni, ex-chanceler do país e candidata derrotada ao cargo de premiê na eleição de 2009, na qual o seu partido conseguiu a maior bancada no Knesset, mas não reuniu uma coalizão suficiente para formar o governo.

Além dos encontros de caráter mais político e diplomático, o presidente também participará do seminário empresarial “Brasil - Israel: Livre Comércio e Oportunidades de Negócios”.

Segundo dados do governo, o intercâmbio comercial entre os dois países saltou de US$ 440 milhões, em 2002, para US$ 1,6 bilhão, em 2008. Em meio à crise financeira mundial, em 2009 houve retração, para cerca de US$ 920 milhões. Os dois países esperam o crescimento das trocas comerciais em virtude da entrada em vigor, no mês que vem, do Acordo de Livre-Comércio entre o Mercosul e Israel –o primeiro acordo de livre comércio do bloco fora da região. Também contribui para a expectativa a abertura, em maio passado, de linha aérea São Paulo-Tel Aviv.

Na terça-feira (16), o presidente visitará o Museu do Holocausto (Yad Vashem) e depois seguirá para os territórios palestinos, onde se reunirá com o Presidente da ANO (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, e com o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, em Belém, onde também visitará a Basílica da Natividade.


Paralelamente à visita presidencial, ocorrerá em Belém, ainda no dia 16, mesa-redonda entre empresários e autoridades, com a participação de cerca de 20 empresários brasileiros.

Em Ramalah, na Cisjordânia, no dia 17, Lula inaugurará a rua Brasil, próxima ao complexo presidencial da ANP. Ele também visitará o mausoléu do líder palestino Iasser Arafat. Deverão ser assinados acordos de cooperação técnica, educacional e cultural e memorandos sobre saúde, esportes e turismo.

Na última etapa da viagem, o presidente vai à Jordânia nos dias 17 e 18 de março. No dia 17, o presidente terá encontro privado com o rei Abdullah 2°, que o homenageará com jantar. No dia 18, fará visita de cortesia ao Presidente do Senado jordaniano, Taher Masri, e terá reunião com o primeiro-ministro Samir Rifai. Participará, ainda, do encontro empresarial Brasil-Jordânia, que explorará oportunidades comerciais bilaterais e contará com a participação de 50 empresários brasileiros. Durante a visita, será assinado acordo para a isenção de vistos em passaportes diplomáticos e oficiais.

O intercâmbio comercial Brasil-Jordânia saltou de US$ 28 milhões para US$ 318 milhões de 2002 a 2008, segundo o governo. Em 2009, ficou próximo de US$ 190 milhões. Estão em andamento negociações para a assinatura de acordo de livre comércio do Mercosul com a Jordânia.

O caráter comercial da viagem é largamente superado pelas implicações diplomáticas da estratégia brasileira de ter um papel mais ativo na resolução dos conflitos históricos da região, especialmente a questão da criação de um Estado palestino.

Enquanto o governo brasileiro defende que o país ganhou maior peso internacional nos últimos anos e é qualificado como um intermediador neutro, setores israelenses criticam o que consideram uma posição política do entorno presidencial muito pró-palestina e, principalmente, os gestos de Lula em favor do diálogo com o Irã, que vêem como uma forma de legitimar as ambições atômicas do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

Especialistas dividem-se entre considerar que o Brasil adota uma postura ingênua ao achar que pode fazer diferença onde países mais fortes falharam ao longo de décadas e entre concordar com o governo em que a iniciativa mostra o posicionamento do país como uma potência emergente.

3 comentários:

Anônimo disse...

O que fazer

Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo.

Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.

Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.

São cinco as tarefas imediatas...

1) Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.

2) Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.

3) Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.

4) Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.

5) Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA, Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

A guerra começou. Não seja um desertor.,,,


Blog ESQUERDEOPATA

Anônimo disse...

Quero apresentar meu potesto pela presença do nossso presidente da república em Israel, um país que promove o terrorismo e que defende a tortura- Pimentel

Luiz Cortez disse...

Tudo bem que temos interesses economicos com Israel - 1,6 bilhões de doláres, é muito dinheiro. Mas não pode deixar de protestar, como sempre querem o PiG - contra o massacre dos palestinos e ocupação de suas terras. Fora outras formas de terrorismo aplicada por Israel na região. Lula deveria propor a diminuição do armamento, inclusive nuclear, de Israel.