sexta-feira, 12 de março de 2010

Só agora é que a Folha descobriu o que todo mundo sabia:sob Lula, país cresceu mais que nos anos FHC



(SAMANTHA LIMA E PEDRO SOARES)
Folha de S. Paulo - 12/03/2010


DA SUCURSAL DO RIO

No embate numérico dos PIBs, o crescimento médio da economia durante o período do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) supera o exibido nos anos sob governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) -mesmo com a estagnação econômica de 2009.


No primeiro mandato de FHC (1995-1998), o crescimento médio da economia foi de 2,5% ao ano. O último ano do período teve expansão nula, quase equivalente ao índice registrado em 2009 (-0,2%), segundo dados do IBGE.


Naquele período, a média de crescimento da economia mundial por ano estava em 3,4%, segundo dados do Fundo Monetário Internacional.


Nos quatro anos seguintes, 1999 a 2002, a expansão média anual foi de 2,2% -os maiores impactos foram o racionamento, em 2001 (com PIB de 1,3%), e a crise cambial de 2002 (PIB de 2,7%).
Nesse intervalo, o mundo crescia a 3,4%, segundo o FMI.


Nos primeiros quatro anos de Lula, de 2003 a 2006, a economia cresceu, em média, 3,5% -com destaque para a expansão de 5,7% em 2004. Enquanto isso, o mundo cresceu 4,5% por ano, em média, de acordo com o FMI.


Na média dos três anos decorridos no segundo mandato de Lula, o PIB brasileiro teve expansão de 3,7%. Foi o primeiro mandato em que a economia brasileira superou a expansão mundial, abatida pela crise -que emitiu os primeiros sinais em 2007 e avançou em 2008 (com a quebra do banco Lehman Brothers nos EUA) e 2009. Nesse triênio, a economia mundial deverá ter crescimento de 2,3%, segundo dados do FMI com base em projeções para 2009.


Para o economista Bernardo Wjuniski, da Tendências Consultoria, a comparação não pode desconsiderar as conjunturas brasileira e mundial.


"Fernando Henrique teve que fazer reformas estruturais que deram a Lula condições para que tivesse boa média e avançasse em programas sociais. Não é historicamente justo creditar apenas a Lula o crescimento recente. Ele se beneficiou também da conjuntura externa, antes da crise. Mas seus méritos são inegáveis, porque ele manteve a estabilidade e criou uma nova classe média", afirma Wjuniski.

Nenhum comentário: