segunda-feira, 8 de março de 2010

Vacarezza desafia promotor pau-mandado dos tucanos

Eita sujeitinho com cara de safado, de bajulador de tucanos.

Folha Online, em Brasília

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), desafiou o promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, a provar que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, sacou recursos em dinheiro no suposto esquema de desvio de verba da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo).

Vacarezza disse que, se o promotor comprovar que houve saques em dinheiro, o petista renuncia ao seu mandato na Câmara.

"Se tiver R$ 30 milhões ou R$ 100 milhões de saque na boca do caixa, renuncio ao meu mandato. Se não tiver, ele renuncia ao cargo dele no Ministério Público", afirmou.

Os governistas deflagraram operação de defesa a Vaccari, que será o responsável pelas finanças da campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República. Vacarezza disse que as denúncias terão "impacto zero" na campanha petista porque "mentira tem perna curta".

"Essa é uma denúncia vazia que, no período eleitoral, ganha situações que em outras ocasiões não teriam impacto nenhum", afirmou. O líder governista acusou Blat de não cumprir o seu papel de promotor ao divulgar "denúncias vazias".

De acordo com reportagem da revista "Veja" desta semana, o promotor analisou mais de 8.000 páginas de documentos do processo que envolve o desvio de recursos e concluiu que a direção da Bancoop movimentou R$ 31 milhões em cheques para a própria cooperativa. Esse tipo de movimentação é uma forma de não revelar o destino do dinheiro.

Segundo a denúncia, dirigentes da cooperativa teriam criado empresas fantasmas que prestavam serviços superfaturados e faziam doações não contabilizadas ao PT. Para Blat, há indícios de caixa dois, uma vez que os recursos repassados ao partido não constam dos registrados da Justiça Eleitoral.

Segundo Vacarezza, a Bancoop vai pedir ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) as informações mencionadas pelo promotor. "É um caso típico de perseguição política e conduta inadequada de um agente público", afirmou o líder.

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