quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Homens defendem causa das mulheres e pedem despenalização do aborto.Lá na Argentina


Tatiana Félix *

Adital


Um grupo de homens formado por jornalistas, religiosos, militantes dos direitos humanos, médicos, entre outros, emitiram uma carta, no último dia 18, defendendo uma antiga causa de luta e sofrimento para as mulheres: a legalização do aborto na Argentina. Estimativas apontam que cerca de 100 mulheres morrem por ano, vítimas de aborto clandestino no país.


No documento eles pedem ao Estado que garanta a educação sexual nas escolas, o livre acesso aos anticoncepcionais entre outras medidas. "Educação Sexual para decidir, anticoncepcionais para não abortar e aborto legal, seguro e gratuito para não morrer", defendem.

Segundo eles, o tema da legalização do aborto evoca diversas e profundas convicções que compreende a área da responsabilidade social, a igualdade de gênero, a situação econômica e as estatísticas, que garantem que a ilegalidade não impede o ato e que o aborto continua provocando centenas de mortes.


Apesar do discurso em torno do aborto ser reduzido a questões religiosas, ao crime ou ao capricho do feminismo, eles alertam que é preciso refletir e propor novos caminhos à essa problemática, a fim de prevenir as frequentes mortes resultantes de abortos clandestinos.

Para os novos defensores da legalização do aborto, o problema não é necessariamente religioso, já que das 500 mil mulheres que praticam o ato, muitas são evangélicas, católicas, judias ou seguidoras de algum outro credo.

Eles esclarecem que a legalização do aborto não significa que todas as mulheres irão praticá-lo, até porque essa decisão extrema sempre traz dor e sofrimento. A legalização do aborto é considerada um caso de saúde pública e tem o objetivo de evitar a morte de mulheres vítimas de serviços mal feitos, já que ofereceria condições de saúde mais seguras.

Eles ressaltam ainda que suas reivindicações coincidem com as recomendações da Anistia Internacional e com a decisão das Universidades Nacionais de Buenos Aires, Córdoba La Plata e Comahue, que também se mostraram favoráveis à descriminalização do aborto.

Números

Estimativas apontam que cerca de 100 mulheres morrem por ano, vítimas de aborto clandestino na Argentina. No início deste ano, a Guia Técnica para a Atenção Integral dos Abortos não puníveis (ANP) divulgou que o aborto representa 30% das causas de morte materna no país.

Mas, apesar de resultar em um problema de saúde, muitas mulheres quando chegam a um hospital necessitando de atendimento médico por complicações do aborto, são mal tratadas por uma questão de estigma e preconceito.


* Jornalista da Adital

3 comentários:

Lula 3 Vezes disse...

Os argentinos já elegeram uma mulher.

Gilvan, estava outro dia lendo aquele seu artigo onde um rapaz estudante do pro-Uni que disse que iria voltar no Serra. Um muleque que não viveu o período pré-Lula e que, portanto, não sabe de nada de como eram as coisas de FHC pra trás no Brasil.

Pois bem, o PauloHenrique Amorim publicou um post hoje com as capas da Veja do período 1995-2002. Vale a pena conferir e, se quiser, publicá-las também.

E valeu também pela indicação do programa de TV de Dilma de hoje.

Abcs,

Cls

Lula 3 Vezes disse...

Os argentinos já elegeram uma mulher.

Gilvan, estava outro dia lendo aquele seu artigo onde um rapaz estudante do pro-Uni que disse que iria voltar no Serra. Um muleque que não viveu o período pré-Lula e que, portanto, não sabe de nada de como eram as coisas de FHC pra trás no Brasil.

Pois bem, o PauloHenrique Amorim publicou um post hoje com as capas da Veja do período 1995-2002. Vale a pena conferir e, se quiser, publicá-las também. Link abaixo:

http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/10/21/nao-perca-as-melhores-capas-da-veja-coitado-do-fhc-e-o-ej/#comment-229135

E valeu também pela indicação do programa de TV de Dilma de hoje.

Abcs,

Cls

O TERROR DO NORDESTE disse...

Carls, valeu!