Um grupo de homens formado por jornalistas, religiosos, militantes dos direitos humanos, médicos, entre outros, emitiram uma carta, no último dia 18, defendendo uma antiga causa de luta e sofrimento para as mulheres: a legalização do aborto na Argentina. Estimativas apontam que cerca de 100 mulheres morrem por ano, vítimas de aborto clandestino no país.
No documento eles pedem ao Estado que garanta a educação sexual nas escolas, o livre acesso aos anticoncepcionais entre outras medidas. "Educação Sexual para decidir, anticoncepcionais para não abortar e aborto legal, seguro e gratuito para não morrer", defendem.
Segundo eles, o tema da legalização do aborto evoca diversas e profundas convicções que compreende a área da responsabilidade social, a igualdade de gênero, a situação econômica e as estatísticas, que garantem que a ilegalidade não impede o ato e que o aborto continua provocando centenas de mortes.
Apesar do discurso em torno do aborto ser reduzido a questões religiosas, ao crime ou ao capricho do feminismo, eles alertam que é preciso refletir e propor novos caminhos à essa problemática, a fim de prevenir as frequentes mortes resultantes de abortos clandestinos.
Para os novos defensores da legalização do aborto, o problema não é necessariamente religioso, já que das 500 mil mulheres que praticam o ato, muitas são evangélicas, católicas, judias ou seguidoras de algum outro credo.
Eles esclarecem que a legalização do aborto não significa que todas as mulheres irão praticá-lo, até porque essa decisão extrema sempre traz dor e sofrimento. A legalização do aborto é considerada um caso de saúde pública e tem o objetivo de evitar a morte de mulheres vítimas de serviços mal feitos, já que ofereceria condições de saúde mais seguras.
Eles ressaltam ainda que suas reivindicações coincidem com as recomendações da Anistia Internacional e com a decisão das Universidades Nacionais de Buenos Aires, Córdoba La Plata e Comahue, que também se mostraram favoráveis à descriminalização do aborto.
Números
Estimativas apontam que cerca de 100 mulheres morrem por ano, vítimas de aborto clandestino na Argentina. No início deste ano, a Guia Técnica para a Atenção Integral dos Abortos não puníveis (ANP) divulgou que o aborto representa 30% das causas de morte materna no país.
Mas, apesar de resultar em um problema de saúde, muitas mulheres quando chegam a um hospital necessitando de atendimento médico por complicações do aborto, são mal tratadas por uma questão de estigma e preconceito.
* Jornalista da Adital
3 comentários:
Os argentinos já elegeram uma mulher.
Gilvan, estava outro dia lendo aquele seu artigo onde um rapaz estudante do pro-Uni que disse que iria voltar no Serra. Um muleque que não viveu o período pré-Lula e que, portanto, não sabe de nada de como eram as coisas de FHC pra trás no Brasil.
Pois bem, o PauloHenrique Amorim publicou um post hoje com as capas da Veja do período 1995-2002. Vale a pena conferir e, se quiser, publicá-las também.
E valeu também pela indicação do programa de TV de Dilma de hoje.
Abcs,
Cls
Os argentinos já elegeram uma mulher.
Gilvan, estava outro dia lendo aquele seu artigo onde um rapaz estudante do pro-Uni que disse que iria voltar no Serra. Um muleque que não viveu o período pré-Lula e que, portanto, não sabe de nada de como eram as coisas de FHC pra trás no Brasil.
Pois bem, o PauloHenrique Amorim publicou um post hoje com as capas da Veja do período 1995-2002. Vale a pena conferir e, se quiser, publicá-las também. Link abaixo:
http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/10/21/nao-perca-as-melhores-capas-da-veja-coitado-do-fhc-e-o-ej/#comment-229135
E valeu também pela indicação do programa de TV de Dilma de hoje.
Abcs,
Cls
Carls, valeu!
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