Por: Patrícia Ferreira, especial para a Rede Brasil Atual
São Paulo – Intelectuais, juristas e políticos se reuniram na noite da terça-feira (19) em apoio à candidata à Presidência da República do PT, Dilma Rousseff, no Teatro da Universidade Católica (Tuca), da PUC-SP, em Perdizes, bairro da zona oeste da capital paulista. Cerca de mil pessoas presenciaram a apresentação do “Manifesto de Intelectuais e Juristas em Apoio a Dilma Presidente – para o Brasil Seguir Mudando”. A manifestação teve ainda a presença de setores da sociedade civil organizada, como os movimentos dos trabalhadores sem terra e os dos sem teto, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União da Juventude Socialista (UJS),
A tônica dos discursos foi de que Dilma Rousseff é a única candidata que pode fazer um governo comprometido com a justiça social, já que tem como prioridade dar continuidade aos projetos do governo atual, voltados para a geração de emprego e distribuição de renda. “De uma coisa Paulo Freire dizia ter certeza: ninguém é melhor que ninguém. E Lula fez o melhor governo desse país”, afirmou o vereador e deputado eleito Gabriel Chalita, na abertura do evento, ao avaliar os projetos de governo das atuais candidaturas.
Ex-ministro da Justiça, o jurista Márcio Thomaz Bastos afirmou ser compromisso de todos erradicar a miséria no país. “Esse governo não é só do Lula. É de todos nós. Dilma é o projeto que queremos”, disse.
Traição
Com um dos discursos mais aplaudidos, o presidente da UNE, Augusto Chagas,chamou de "traidor" o candidato adversário, José Serra (PSDB), que ocupou o mesmo cargo na Une dos anos 1960. “A Une continua ao lado da Petrobras, dos professores, da universidade pública. Quem traiu e mudou de lado foi ele”, comentou.
O senador Aloizio Mercadante fez um discurso emocionado, questionando o que estava em disputa nesse momento das eleições presidenciais. “Não se trata apenas de uma disputa entre o PT e o PSDB. É a disputa entre o passado reacionário que Serra representa e o novo, que é Dilma. Em 2002, a esperança derrotou o medo. Agora, vai derrotar o ódio.”
A ex-prefeita de São Paulo e senadora eleita Marta Suplicy enfatizou a forma como o governo Lula driblou a crise financeira: “Lula baixou o IPI, subiu o salário mínimo e aumentou o número de usuários do Bolsa Família. Esse país se tornou soberano, deixou de ser subserviente aos Estados Unidos”, disse Marta.
O manifesto foi lido pelo jurista e professor-titular da PUC-PR, Luiz Edson Fachin. Assinam Celso Antônio Bandeira de Mello, Fábio Konder Comparato, Dalmo de Abreu Dallari, entre outros juristas, educadores e intelectuais. Também foram apresentados mais três manifestos pró-Dilma: da polícia do estado de São Paulo; dos Defensores Públicos do estado de São Paulo e da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG). Devido à agenda de campanha, Dilma não pôde comparecer ao evento e foi representada pelo candidato a vice-presidente da chapa, Michel Temer, que fez o discurso de encerramento. Em vídeo gravado especialmente para o ato, transmitido aos presentes, a candidata petista disse que seu governo continuará lutando pelo aprofundamento da democracia. “Vamos promover crescimento econômico e sustentável, fortalecendo a soberania nacional. Queremos continuar construindo um Brasil novo, onde caiba, sem excessão, cada brasileiro e brasileira”, afirmou Dilma. Também foi exibido vídeo de apoio a Dilma, com depoimento do professor Emérito da PUC-SP, Celso Antônio Bandeira de Mello, que foi muito aplaudido.
Também participaram do ato de apoio à candidata petista, entre outros, o prefeito de Osasco, Emídio de Souza; o presidente estadual do PT, Edinho Silva; o coordenador nacional da campanha de Dilma, José Eduardo Martins Cardozo; o ex-reitor da PUC Antônio Carlos Caruso; a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina, reeleita deputada federal pelo PSB; a cantora Leci Brandão; a viúva do educador Paulo Freire, Ana Maria Araújo Freire, a Nita; e o assessor especial de Política Externa da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.
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