Lisandra Paraguassu, Tânia Monteiro e Leandro Cólon, de O Estado de S. Paulo
Brasília - A questão da reforma da ONU e o apoio aos esforços do Brasil para criar um novo Conselho de Segurança acabaram ganhando uma relevância maior do que o previsto inicialmente. A expectativa brasileira era de que a declaração americana não passasse de amenidades sobre visões comuns em torno da paz mundial, mas acabou citando o apoio aos esforços brasileiros nas negociações para a reforma, que evoluíram nas últimas horas antes da chegada de Obama.
O Brasil acabou ganhando um apoio, no papel, nas mesmas bases do que foi dado a Índia, em novembro do ano passado. Na época, Obama afirmou que a "justa e sustentável ordem internacional que a América busca inclui uma Nações Unidas eficiente, efetiva, crível e legítima. Por isso eu posso dizer hoje que nos anos que se seguirem eu espero ver um Conselho de Segurança reformado que inclui a Índia como um membro permanente".
O Brasil, no entanto, desde a questão nuclear do Irã - que o País tentou, junto com a Turquia, um acordo para enriquecimento de urânio fora do território iraniano e terminou por desagradar as potências de primeiro mundo - padecia de uma má vontade americana. Na época, o governo americano avaliou que o Brasil havia sido "ingênuo" nas tratativas com o Irã e havia prejudicado a negociação de ampliação das sanções ao país do oriente médio.
O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, afirmou, na última semana, que esse esfriamento nas relações americanas e brasileiras havia mudado. Em visita aos EUA, Patriota disse ter ouvido da secretária de Estado Hillary Clinton elogios fervorosos ao papel do Brasil na reconstrução e pacificação do Haiti.
Ainda assim, Patriota não esperava, naquele momento, uma declaração mais firme de Obama. O próprio chanceler afirmou, então, que um apoio dos Estados Unidos era importante, um reconhecimento do papel e da liderança internacional do Brasil, mas não era a solução para tudo, uma "panaceia" para todos os problemas da reforma do Conselho de Segurança.
2 comentários:
OBAMA DISSE QUE CADEIRA NA ONU O LULLA NÃO TERÁ MAS NA PQP A CADEIRA ESTÁ GARANTIDA.
Na PQP também está garantida uma cadeira pro FGAGAC-rei-da-privataria-ladrão e maconheiro, e pra vc, TUNGANOTÁRIO PERDEDOR!!!
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