Valor Econômico - 17/03/2011
A distribuição gratuita de remédios para diabetes e hipertensão levou 700 mil novos consumidores às 15 mil farmácias com o selo do programa do governo federal "Aqui tem Farmácia Popular" durante o primeiro mês de validade, entre 14 de fevereiro e 14 de março. De acordo com dados divulgados pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, houve aumento de 61% na distribuição de remédios para hipertensos e de 51% nos medicamentos para diabéticos.
A comparação foi feita com o mesmo período do mês anterior, quando os medicamentos eram vendidos com desconto de 90%, valor subsidiado pelo governo. Do início da gratuidade do programa até agora, foram retirados 2,6 milhões de itens, contra 1,8 milhão no período anterior (de 14 de janeiro a 14 de fevereiro).
No balanço do período do programa "Saúde não tem preço" com a novidade da gratuidade, Padilha informou que também foi registrado aumento na procura por outros medicamentos subsidiados na rede de farmácias conveniadas, com destaque para anticoncepcionais e remédios para o combate de rinite e osteoporose. O programa foi a primeira iniciativa na área de saúde lançada pela presidente Dilma Rousseff, cumprindo uma promessa de campanha.
Segundo o ministro, em alguns Estados a procura aumentou de forma significativa, como em Roraima, que teve um crescimento de 1.000%. "Foi um sucesso rápido em todo o Brasil", disse Padilha, ao participar do seminário "Perspectivas do Setor de Saúde no Brasil", promovido pelo Valor.
No mesmo intervalo de comparação, o programa Farmácia Popular como um todo registrou crescimento de 45% na venda de todos os 25 itens disponíveis na rede conveniada, formado majoritariamente por farmácias privadas e grandes redes de drogarias.
Para viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensão e diabetes, o Ministério da Saúde fez um trabalho de articulação com produtores e distribuidores da indústria farmacêutica e também com o varejo, principalmente os parceiros do programa Aqui tem Farmácia Popular.
Segundo Padilha, o governo estuda ampliar a oferta de medicamentos gratuitos, mas não revelou mais detalhes. O ministro explicou que a princípio foram definidos os remédios para diabetes e hipertensão para tentar reduzir a mortalidade da população e a necessidade de internação hospitalar. No país, estima-se que existam 7 milhões de diabéticos e 22 milhões de hipertensos.
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