sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Jornal ainda derruba presidente?


Desde que tomou o governo de São Paulo, o PSDB lava as mãos dos Frias, Mesquitas e Cívitas que, em retribuição, também lavam as mãos dos tucanos fazendo-se de mortos para sua incompetência administrativa. A cartilha da máfia midiática reza que nunca houve picaretagem com empreiteiras em São Paulo, nem acumulam-se nas gavetas as denúncias de fraudes milionárias em licitações para obras do Metrô, Rodoanel e mais recentemente o escândalo da venda de emendas na Assembléia paulista.


Serra ou Alckmin ou Serra ou Alckmin (dependendo da gestão) compram milhares de assinaturas anuais do PiG que distribuem em toda a rede estadual de ensino. A esse mesmo destino seguem milhões de bugigangas editoriais travestidas de paradidáticos, compradas do “Vou derrubar a Dilma“. É o mínimo que o governo paulista pode fazer para amenizar a mingua das verbas de propaganda institucional do Governo Federal que, a partir de Lula, deixaram de ser canalizadas para o PiG e passaram a borrifar 8 mil veículos de comunicação de norte a sul do país.


Já os professores do ensino público paulista são tão bem remunerados, que não precisam de três empregos somando uma jornada de 16 a 18 horas diárias para por comida na mesa de suas famílias. Assim, sobra-lhes tempo para desfrutar da leitura do PiG deles de cada dia. Se você não entende porque recebem Folha e Estadão – já que ambos sempre trazem leitura idêntica dos fatos – saiba que há, sim, “importantes diferenças” entre os dois calhamaços de papel borrado: horóscopo, quadrinhos e receitas. Já em relação à Veja, Época e IstoÉ, as fotos fazem a diferença. Caras é indispensável para que se saiba de tudo sobre as festas das elites e os casamentos dos atores da Globo. Basicão, entende?


A essa extraordinária audiência das repartições públicas que os jornais e revistas do PiG garantem em São Paulo, soma-se a do assinante e a do comprador de exemplares avulsos. Cidadãos de “consciência política aguçada”, quase sempre dispensam o restante do jornal para se concentrar no valioso caderno que trata de política – particularmente nas páginas que tratam da nacional. Adoram ler as notícias repetitivas ou requentadas que atacam o governo federal todos os dias. E como raramente aparecem matérias feitas por jornalistas de verdade, esses leitores não percebem como essa categoria está ultrapassada no Brasil e seu compromisso com a verdade é um hábito em desuso desde 1964.


O leitores paulistas do PiG andam sempre “calmos e bem dispostos”. Seja antes ou depois de desfrutarem o “passeio” de hora e meia, em média, pelas ruas e avenidas da cidade, na ida ou na volta ao trabalho – não vêem a hora de se debruçarem sobre os colunistas e editorialistas que exercitam “diversidade e pluralidade” de opiniões de dar inveja aos melhores jornais e revistas do mundo.


Mas nem tudo são flores. Apesar do espetacular e patriótico serviço prestado ao Brasil, os jornalistas e seus donos não cansam de se perguntar: “Espelho, espelho meu, porque a maioria da população brasileira não dá a mínima para meu trabalho – como gritaram as urnas nas últimas 3 eleições? O que devo fazer para derrubar presidentes em pleno século 21″


A verdade está no bolso do povo” – responde o vidro. “Brasileiros de norte a sul, estão muito mais interessados em usufruir do bom momento econômico e das transformações sociais que insistem em melhorar suas vidas. Para eles – prossegue o espelho – vale o ditado do vovô: em time que está
ganhando, não se mexe”.


Alguns psicólogos desconfiam que o povão tem com seus botões que desde que inventaram a política, a prática de corrupção faz parte do seu DNA. O povão também não engole a idéia de que o corrupto do outro lado da cerca é mais corrupto que o corrupto do lado de cá. “Além disso – diz a sabedoria popular – a presidenta não dá moleza, demite suspeito de corrupção sem dó”.


Enquanto as baratas tontas da oposição decadente, sem rumo, sem projeto e sem candidato, tramam junto ao seu partido midiático o próximo ataque ao país, o brasileiro contabiliza de forma simples e concreta, tudo que este governo lhe faz de bom. De nada adiantarão os chiliques histéricos do bonequinho baiano do DEM, partido, que por sinal é medalha de ouro e recordista nas olimpíadas da corrupção.


Terão que derrubar o país, para que a presidenta caia junto.


E para quem não percebeu ainda, já estamos em plena campanha eleitoral. O inimigo imediato da oposição é o ministro da Educação, forte candidato à prefeitura de São Paulo. Os abutres do jornalismo de esgoto já estão salivando em torno do ENEM…


Um comentário:

H.Pires disse...

No entanto, Dilma compondo com a direita midiatica e o rapapé com ex-fhc, esquecendo a fala de LULA "O SÁBIO": "..É assim, somos nós e eles.." esta e estará, Dilma, perdendo apoio de muitos e muitos daqueles que se dedicaram a sua eleição. A questão economica é INEBRIANTE, pode funcionar como ópio também. Fazendo com que se esqueça TUDO QUE NÃO ESTA FUNCIONANDO NA SOCIEDADE. Nossa sociedade esta, dado ação da direita, TOTALMENTE DESORGANIZADA. NADA FUNCIONA. O que é a "cartilha" da direita: Dividir/DESORGANIZAR para governar. Só pra ilustrar: Como é a ação da DIREITA TOGADA? Esses, os "da toga", fazem JUSTIÇA pros bacanas e JUSTIÇAMENTO pros pobres e negros(credo). A saude é diferente? As policias são diferentes? Todos tem que ter muito cuidado com essa questão "economica". A USP(universidade de são paulo) é o microcosmo da elite social atual. Lá, 80% são da direita psdb/dem, marinas e outros bichos. Os pais desses estudantes, fabricaram e mantiveram a direita no poder. E, hoje, são estrupiados pelos bandidos e massacrados pela própria policia deles e de seus pais. Estão sitiados. Nunca foi permitido(nem na ditadura assassina) a presença da policia lá. Ainda que tendo, na sua entrada, a academia de policia. Hoje, os estudantes direitistas de lá(80%), estão experimentado o veneno que seus pais(também direitistas) criaram para a sociedade pobre: violencia e mais violencia.