O PCdoB não foge à luta – nunca fugiu. Enfrenta, agora, uma saraivada de ataques, mentiras e ironias que a mídia capitalista difunde na tentativa de enlamear essa história construída com dignidade e luta, de cabeça erguida, em defesa do socialismo, da democracia, dos trabalhadores e da Pátria.
Não é a primeira vez que o Partido e os comunistas são caluniados. O anticomunismo renitente de parcela das classes dominantes brasileiras – principalmente daquela parte da qual o noticiário baseado em calúnias é ventríloquo – hoje se manifesta através de mentiras e ironias. A tinta da outra violência, que foi intensa no passado e ainda está presente na luta social em que os comunistas atuam, é o sangue dos comunistas. Ele deixou a digital vermelha dos heróis do povo presos, torturados, deportados e assassinados, que marca a história brasileira de maneira indelével e sinaliza o preço pago pela ousadia de lutar contra os privilégios das classes dominantes, contra as ditaduras e contra as ameaças de dominação estrangeira em nosso país.
Os comunistas nunca baixaram a crista, não importa o preço a ser pago. Não se enganam – nunca se enganaram – quanto ao tamanho da tarefa histórica civilizatória que lhes cabe e quanto às dificuldades para lutar por ela.
As adversidades de todos os tipos enfrentadas pelos comunistas desde 1922 foram, e são, manifestações da luta de classes. As classes dominantes também usam diferentes formas de luta – ora a violência sangrenta, sempre a violência da calúnia. É um embate sem escrúpulos, cujo único objetivo é erigir obstáculos à luta do povo pela democracia, pelo desenvolvimento nacional, pela soberania da Pátria – bandeiras democráticas e populares que os comunistas se orgulham de manter erguidas bem alto.
A tarefa dos comunistas é imensa e ambiciosa: derrotar o capitalismo, cuja manifestação mais radical, hoje, é o neoliberalismo, organizar as forças do progresso social (trabalhadores, empresários da produção e governo) e criar as condições para o início da transição a uma nova fase civilizatória, a construção do socialismo. Foi com esta bandeira que o Partido Comunista do Brasil cresceu no período neoliberal, contrariando o anúncio do “fim da história” e do fracasso do socialismo.
O PCdoB foi um dos construtores da vitória do presidente Luís Inácio Lula da Silva em 2002 e da abertura de uma nova página, promissora e progressista, na história brasileira. Assumiu suas responsabilidades perante o governo, e o trabalho do ministro Orlando Silva na pasta do Esporte é um exemplo do denodo, dedicação, responsabilidade e espírito público (republicano, como se diz) com que os comunistas assumem suas tarefas e desdobram-se em grandes esforços para fazer muito com pouco.
É uma situação nova na qual, contrariando as expectativas e vaticínios conservadores, o PCdoB cresceu, limpo e de peito aberto, vivendo hoje a melhor fase de sua longa história de noventa anos. Não ficou restrito ao gueto em que a direita espera confinar os partidos “revolucionários” que ela até pode aceitar desde que não alcancem o coração dos brasileiros.
O PCdoB não aceita ser confinado. Fala para milhões, ajuda o povo a compreender a luta política (luta de classes), a organizar-se, mobilizar-se e ser protagonista da mudança histórica que o país vive.
Daí o Partido ser transformado em alvo dos ataques da direita. Os comunistas, o PCdoB, nunca aceitaram, nem aceitam, qualquer forma de irregularidade, de mal uso do dinheiro público, de acomodação ao poder, de benefícios ilegais ou moralmente duvidosos. Não faz parte da tradição comunista compactuar com esse lodaçal, mas sim de combate-lo com vigor.
A tradição comunista, de Astrojildo Pereira, Luís Carlos Prestes, João Amazonas e das legiões de comunistas que estes nomes históricos representam, jamais aceitou qualquer facilidade ou desvio. Não é para isso que o PCdoB existe e mobiliza a vanguarda dos trabalhadores, mas para lutar pelo progresso social, por um novo avanço civilizatório, pelos interesses populares, dos trabalhadores, da democracia e da Pátria. O PCdoB é – sempre foi – um partido de luta, que não se intimida ante as adversidades. “Já enfrentamos ditaduras e detratores como esse há 90 anos. Isso não nos intimida”, indigna-se o presidente nacional Renato Rabelo. “O PCdoB não tem medo. É da história do PCdoB a luta pela verdade”, diz a deputada comunista deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC). O PCdoB não aceita calúnias, diz o senador comunista Inácio Arruda (PCdoB-CE). “Nós estamos prestes a completar 90 anos de idade porque topamos comprar e enfrentar todas as batalhas no campo político e ideológico”, disse com orgulho.
Na mídia capitalista, conservadora e neoliberal, há os que dizem que o Partido é “fora de moda”; outros alegam que é pequeno ante suas responsabilidades no governo (entre elas o Ministério do Esporte).
Nada disso é estranho: causaria espanto se, ao contrário, estes ventríloquos conservadores concordassem com o Partido e elogiassem sua política e suas atitudes. Algo estaria errado com o Partido se alcançasse alguma forma de complacência no campo conservador.
É preciso insistir: trata-se da luta de classes, da qual o Partido e os comunistas não fogem, e na qual lutam com todas suas forças contra o conservadorismo e a nostalgia fascista mal disfarçada destes pregoeiros da “modernidade” neoliberal.
Os comunistas têm um programa claro para a verdadeira modernidade do Brasil e de seu povo. Querem o desenvolvimento nacional e a transição para o socialismo. Querem o futuro, e não o passado; enfrentam os desafios contemporâneos no campo onde eles se colocam e lutam pelo bem estar do povo, pela democracia e pelo socialismo, e contra todas as manifestações do imperialismo. São alvos de ataques indignos e mentirosos justamente por não se omitirem – nunca foram omissos – mas se empenharem com vigor nesta luta que é a velha e permanente luta de classes. Venceremos! Editorial Portal Vermelo
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