A presidente Dilma Rousseff reagiu nesta
quinta-feira, 9, em Ufá, na Rússia, às críticas da oposição de que
passou por cima do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) na entrevista que ela concedeu ao jornal Folha
de S.Paulo, quando afirmou que não vai cair. Em resposta, o senador
Aécio Neves (PSDB) acusou o PT de “golpismo” e a presidente de estar se
colocando à frente das instituições públicas que apuram eventuais
irregularidades em sua gestão e em suas contas de campanha.
Para Dilma, golpista “é quem prejulga”. “Em momento algum da minha
entrevista eu passei por cima de nenhuma instituição. O TCU ainda nem
deu um parecer definitivo sobre as minhas contas. Eles abriram a
possibilidade de nós nos explicarmos, e nós vamos nos explicar bem
explicado. A mesma coisa o TSE”, sustentou. “É estranho que prejulguem.
Estranho que se trate como se tivesse havido uma decisão, quando não
houve decisão alguma”, complementou.
De acordo com Dilma, “quem coloca como já tendo tido uma decisão está
cometendo um desserviço para a instituição, para o TCU e para o TSE”.
“Não há nenhuma garantia para que qualquer senador da República, muito
menos o senhor Aécio Neves, possa prejulgar quem quer que seja ou possa
definir o que uma instituição vai fazer ou não”, disparou. “Respeitar a
institucionalidade começa por respeitar as instituições, por respeitar
suas decisões e o seu caráter autônomo, soberano e independente.”
A presidente afirmou ainda que não ficaria “discutindo quem é e quem
não é golpista”, mas a seguir lançou a nova crítica: “Quem é golpista
mostra na prática as suas tentativas, que começam por prejulgar uma
instituição”. “Não há dentro nem do TCU, nem do TSE, a possibilidade de
dizer qual será a decisão. Até porque o futuro é algo que ninguém
controla. Nem eu, nem ninguém”, argumentou.
'BRASIL VAI SE RECUPERAR RÁPIDO"
Sobre o cenário econômico do país, ela afirmou que o Brasil passa por
momento "extremamente duro". Dilma, porém, ressaltou que o país tem
"fundamentos sólidos" para retomar o crescimento. A presidente deu a
declaração após ter sido questionada durante entrevista coletiva sobre
se o Brasil havia chegado ao "fundo do poço" ou se ainda surgirão mais
"notícias negativas".
"Vários países passam por crises graves, mas só o Brasil, eu
acredito, tem uma característica específica: nós estamos, de fato,
passando por um momento extremamente duro e a preocupação do governo com
esta questão é tanta que lançamos há pouco o Programa de Proteção ao
Emprego, que é bastante interessante", disse.
"O Brasil tem, estruturalmente, fundamentos para se recuperar rápido.
Não é só questão de achar ou não. Nós apostamos nisso não porque temos
visão rosa da situação. Não temos, não. Nós achamos que o Brasil tem
fundamentos sólidos", acrescentou.
Em sua fala, a presidente afirmou que o governo está "trabalhando
duramente" para que o país saia "rápido" da crise. Na Rússia, Dilma
disse esperar que a situação internacional ajude "de forma importante"
todos países que buscam "saída" para a economia.
"Não é consolo, mas ela [crise econômica] é uma situação generalizada
no mundo. A China, por exemplo, tem hoje a menor taxa de crescimento
dos últimos 25 anos. Você tem problemas em vários lugares do mundo e a
Europa também não tem conseguido sair da crise", destacou.
Um comentário:
Engraçado! Só quando as instituições não funcionam como quer alguns é que se fala em obstrução. A população brasileira sofre de falta de acesso à Justiça e de total obstrução dos meios de resolução pacifica de controvérsia e nenhum politico diz nada. MPE, MPF, magistratura e conselhos dos Tribunais Administrativos estão comprometidos demais com os estelionatos, até a negativa de jurisdição ao cidadão se assemelha ao modus operandi dos estelionatários, mas o "POVO QUE SE EXPLODA"!!! Cansei... #NãoQueroSaberQueHorasCagaGoverno
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