quarta-feira, 4 de maio de 2016

Deputados do PT veem “inaceitável seletividade” em conduta de Janot





Nota da bancada do PT na Câmara

A bancada do PT na Câmara manifesta seu repúdio à iniciativa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal pedido para investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sua iniciativa baseia-se em delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido) sem nenhuma apresentação de prova que a sustente.

É de se estranhar também a conduta do procurador-geral em relação ao vice-presidente da República, Michel Temer, citado na mesma delação que embasa a iniciativa contra o ex-presidente Lula. Também causa perplexidade o fato de que, apesar de diversas citações envolvendo a participação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em possíveis atos de corrupção, somente agora o procurador-geral pediu ao Supremo autorização para efetivamente investigá-lo.

A Bancada do PT na Câmara entende o ato de Janot como frágil juridicamente e o denuncia como demonstração de inaceitável seletividade em sua conduta, tendo em vista que estamos às vésperas da apreciação, pelo Senado, do pedido de abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Essa atitude do procurador-geral, com base em meras declarações de um delator, visa atingir a incontestável liderança política do ex-presidente Lula, principal opositor aos articuladores do golpe institucional em curso.

Lula sempre se colocou à disposição das autoridades para esclarecer a verdade, não teme investigações e a ele nos solidarizamos. Lamentavelmente, tudo indica que atos que deviam ser isentos, no âmbito do Ministério Público e do Judiciário, continuam contaminados por decisões que têm o único fim de alimentar disputas políticas.

Brasília, 4 de maio de 2016

Afonso Florence (BA), líder da Bancada do PT na Câmara

Comentário do editor:

Tudo bem que  Rodrigo Janot ultrapassou o limite do mau caratismo, mas o governo do PT tem larga culpa no que está ocorrendo.

Lula, em nome de um tal republicanismo, só nomeou ministros para o STF que não tivesse vínculo político-partidário(a exceção foi Toffoli).

Lula também nomeou Procuradores Gerais da República não alinhados com o governo nem com partido político( a exceção foi Claúdio Fontele).

Dilma seguiu a mesma linha de Lula. Bastava dizer que ia nomear um ministro que a oposição e a mídia diziam que o futuro nomeado era ligado ao PT. Dilma, assim como Lula, recuava da nomeação.O professor Heleno Torres foi uma das vítimas do governo Dilma. Isso ocorreu também com a nomeação dos chefes da PGR.

O resultado está aí:um governo, um partido(PT) sendo extintos por um bando de procuradores e ministros do Supremo Tribunal Federal sabidamente oposicionistas, que só veem os crimes cometidos pelo PT.

Certo fazia FHC, que nomeava ministros do STF e chefe da PGR ligados a ele, exemplos claro são os de Gilmar Mendes e de Geraldo Brindeiro.

Não se  está aqui defendendo impunidade para os petistas, apenas está se exigindo que a lei que criminaliza políticos do PT tem que criminalizar, igualmente, políticos do PSDB, PSB, DEM, PPS.
 

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