"Pode-se afirmar que a investigação cuja instauração ora se requer tem como objetivo preponderante obter provas relacionadas a uma das células que integra uma grande organização criminosa - especificamente no que toca a possíveis ilícitos praticados no âmbito da empresa Furnas. Essa célula tem como um dos seus líderes o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro", disse Janot.
As suspeitas contra Cunha são de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pedido do procurador, o ministro Dias Toffoli autorizou uma série de diligências no prazo de 90 dias, como o depoimento de Eduardo Cunha e juntada de investigação sobre Furnas feita na Justiça do Rio de Janeiro.
O pedido se baseia na delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS), que apontou que Cunha tinha relação entre dirigentes de Furnas e que atuava para beneficiar o doleiro Lúcio Funaro, do qual era próximo. Delcídio disse ainda que há informações de que Funaro pagava o hotel de Eduardo Cunha e que usou avião cedido pelo deputado como contraprestação pela propina.
Segundo o procurador, existem "fortes indícios" de que Cunha autou para mudar a legislação energética e ajudar o doleiro Lúcio Funaro.
Como se originou em delação da Operação Lava Jato, o pedido de investigação foi feito inicialmente para o ministro Teori Zavascki, relator de casos relacionados a fraudes na Petrobras. Mas Teori considerou que não havia relação do esquema em Furnas com fatos da Petrobras e pediu que um novo relator fosse sorteado.
Eduardo Cunha já é réu em uma ação penal e responde a mais quatro inquéritos da Lava Jato.Fonte:G1
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