Gilmar condena vazamento de gravações feitas pela PF
O Globo - 28/07/2009
"É um problema que tem ocorrido com alguma constância e, até agora, com pouca elucidação"
BRASÍLIA e SÃO LUÍS. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, criticou ontem o vazamento à imprensa do conteúdo das escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal nas investigações sobre o empresário Fernando Sarney. As fitas revelam que o filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), conversou com o ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maia sobre a nomeação de parentes e amigos por meio de atos secretos. Gilmar disse que há banalização das escutas e da divulgação delas. Ontem, o Ministério Público Federal do Maranhão pediu que a PF instaure inquérito para apurar o vazamento dessas gravações.
- É um problema que tem ocorrido com alguma constância e, até agora, com pouca elucidação. Sem dúvida é uma área na qual estamos carentes de melhoria. Há necessidade de aprovar uma nova lei de escutas e também aprimorar técnicas. Trata-se de criar uma cultura diferente. Banalizamos esse tipo de prática - disse o ministro.
Um trecho das fitas mostra que a família Sarney contaria com a ajuda do ministro Paulo Galotti, do Superior Tribunal de Justiça, em investigações. Para Gilmar, interpretar o diálogo como se Galotti tivesse comportamento irregular é descabido:
- Às vezes, recebemos pedidos de preferência em processos. É comum os advogados fazerem isso. É preciso ter cuidado nesse tipo de interpretação. Os advogados de Brasília, esses mais militantes, têm acesso aos ministros e pedem preferência.
Em São Luís, a Procuradoria informou que pediu a investigação, justificando que a investigação sobre Fernando se encontra sob segredo de Justiça. Na sexta-feira, o advogado de Fernando, Eduardo Ferrão, encaminhara ofício solicitando essa providência. Mas o Ministério Público já havia tomado a iniciativa.
Considerado suspeito, pela PF, de ter realizado saque irregular na São Luís Factoring, empresa que tem Fernando como sócio, Rodrigo Silva Buzar questionou a informação contida no relatório do MPF. Ele diz que o saque de R$37 mil, na boca do caixa, refere-se a transação particular, de recebimento de dinheiro pela venda de um veículo, em 14 de agosto de 2006.
O Globo - 28/07/2009
"É um problema que tem ocorrido com alguma constância e, até agora, com pouca elucidação"
BRASÍLIA e SÃO LUÍS. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, criticou ontem o vazamento à imprensa do conteúdo das escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal nas investigações sobre o empresário Fernando Sarney. As fitas revelam que o filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), conversou com o ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maia sobre a nomeação de parentes e amigos por meio de atos secretos. Gilmar disse que há banalização das escutas e da divulgação delas. Ontem, o Ministério Público Federal do Maranhão pediu que a PF instaure inquérito para apurar o vazamento dessas gravações.
- É um problema que tem ocorrido com alguma constância e, até agora, com pouca elucidação. Sem dúvida é uma área na qual estamos carentes de melhoria. Há necessidade de aprovar uma nova lei de escutas e também aprimorar técnicas. Trata-se de criar uma cultura diferente. Banalizamos esse tipo de prática - disse o ministro.
Um trecho das fitas mostra que a família Sarney contaria com a ajuda do ministro Paulo Galotti, do Superior Tribunal de Justiça, em investigações. Para Gilmar, interpretar o diálogo como se Galotti tivesse comportamento irregular é descabido:
- Às vezes, recebemos pedidos de preferência em processos. É comum os advogados fazerem isso. É preciso ter cuidado nesse tipo de interpretação. Os advogados de Brasília, esses mais militantes, têm acesso aos ministros e pedem preferência.
Em São Luís, a Procuradoria informou que pediu a investigação, justificando que a investigação sobre Fernando se encontra sob segredo de Justiça. Na sexta-feira, o advogado de Fernando, Eduardo Ferrão, encaminhara ofício solicitando essa providência. Mas o Ministério Público já havia tomado a iniciativa.
Considerado suspeito, pela PF, de ter realizado saque irregular na São Luís Factoring, empresa que tem Fernando como sócio, Rodrigo Silva Buzar questionou a informação contida no relatório do MPF. Ele diz que o saque de R$37 mil, na boca do caixa, refere-se a transação particular, de recebimento de dinheiro pela venda de um veículo, em 14 de agosto de 2006.
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