28/07/2009
,Já em fase avançada da metade final do atual governo gaúcho, pode-se verificar que seu padrão de política e de gestão é portador de uma vertente de conflito permanente e de uma incapacidade de concertação nas relações em sociedade nunca antes vista em solo gaúcho.
,Já em fase avançada da metade final do atual governo gaúcho, pode-se verificar que seu padrão de política e de gestão é portador de uma vertente de conflito permanente e de uma incapacidade de concertação nas relações em sociedade nunca antes vista em solo gaúcho.
É a expressão daquilo que não consegue superar desde antes da posse, qual seja, a incapacidade de implementar um rumo ao Estado. Que tanto o RS necessita, para sintonizá-lo com os avanços do país nos últimos anos, mesmo em meio à crise do neolioberalismo, na sua etapa financeirizada em escala mundial.
No terreno da política, mesmo sendo generosos, não temos como não caraterizá-lo como um governo “bate cabeça”. Desde as felizmente frustradas tentativas de equilibrar as contas via aumento de impostos, passando pela baixíssima capacidade de interlocução no Legislativo e chegando a este momento em que não consegue encaminhar sequer projetos fundantes para votação à Assembleia, evidencia-se que a base aliada está estilhaçada e a chefe do Executivo praticamente não tem mais quem a defenda. Sem falar que seu núcleo de gestão que, no início, combinava quadros técnicos com representação política (portanto, voto), teve uma debandada de ambos perfis ao longo do mandato. E inclusive um ex-secretário que saiu atirando, dizendo que o governo era “uma fábrica de más notícias”.
No campo da administração, sobretudo por um novo elemento agregado ao longo da gestão, que é o grau de suspeição ética acerca de irregularidades cotidianas a que está submetido, evidencia-se cada vez mais que estamos diante de um Executivo acuado. Sem nenhuma capacidade de respostas às graves denúncias que lhe são imputadas, em sua maioria vindas de dentro do próprio governo ou de suas relações, ainda que insista em atribuí-las, de forma diversionista, à oposição.
Um governo que havia alardeado a transparência como instrumento estratégico de gestão para oferecer respostas claras à sociedade, hoje está mais para repetidas tentativas de assumir uma invisibilidade ou mesmo omitir sua conduta neste terreno.
Portanto, estamos diante de um governo que precisa mais do que trocar seus quadros, como, aliás, já o fez como poucos que estiveram no Piratini. O que necessita realmente é praticar o compromisso assumido com a transparência e superar os recorrentes conflitos intra-governo, que a sociedade não sabe e nem entende, em nome do que e de quem, eles são produzidos.
Adão Villaverde é professor, engenheiro e deputado estadual do PT/RS
Um comentário:
Gilvan, aqui é Mateus Ferraz, da equipe de Assessoria de Imprensa do deputado Adão Villaverde e agradeço a publicação do artigo.
Grande abraço.
(51) 3210.1908
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