domingo, 7 de março de 2010

Cândido Vacarezza: É só você ver a história pregressa de Blat"

Líder do governo rebate pedido de quebra de sigilo de tesoureiro do PT


Folha Online

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), rebateu neste domingo o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal apresentado pelo promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, contra o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, acusado de envolvimento no suposto esquema de desvio de verba da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). Segundo o petista, a ação faz parte de uma "articulação política mal engendrada".

De acordo com reportagem da revista "Veja" desta semana, o promotor analisou mais de 8.000 páginas de documentos do processo que envolve o desvio de recursos e concluiu que a direção da Bancoop movimentou R$ 31 milhões em cheques para a própria cooperativa. Esse tipo de movimentação é uma forma de não revelar o destino do dinheiro.

Ex-diretor financeiro e ex-presidente da cooperativa, Vaccari Neto será o responsável pelas finanças da campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República.

"Essas denúncias são falsas. Primeiro porque o Vaccari assumiu a Bancoop depois dos problemas da Bancoop. E o promotor Blat sabe que aquela movimentação [R$ 31 millhões] é interbancária. Ou seja, de diversas contas da Bancoop para uma conta da Bancoop", disse Vacarezza, durante a inauguração da nova sede da Força Sindical, em São Paulo.

O petista também disse achar estranho o fato de o PSDB ter entrado com pedido de CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo antes da denúncia ser apresentada pelo promotor. Entretanto, indagado se estava insinuando que o Ministério Público de São Paulo trabalha a serviço do PSDB, Vacarezza limitou-se a dizer: "Não falei do Ministério Público. Falei do promotor Blat. É só você ver a história pregressa dele."

Vacarezza também afirmou que o PT não vai tomar nenhuma medida judicial contra o promotor. Mas disse que se estivesse no lugar de Vaccari Neto entraria com uma representação pessoal contra Blat. "Isso não é uma história do partido. É um problema do Vaccari. [...] Se eu fosse ele, faria uma representação na corregedoria [do Conselho Nacional do Ministério Publico]", afirmou .

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