terça-feira, 9 de março de 2010

Dilma: o Brasil "mudou e essa mudança veio para ficar".

Folha Online, em Brasília

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, negou nesta terça-feira as acusações de que estaria fazendo campanha eleitoral antecipada utilizando a máquina pública do governo. Dilma disse que não inaugurou obras inacabadas e saiu em defesa das ações do governo federal para agilizar empreendimentos realizados durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva.

"Eu não estou usando [máquina pública], não tenho irritação, é importante, nós trabalhamos muito, não é fácil tirar um país de uma situação de não investimento, não tinha projeto, licença nem obra, quando você faz isso e de repente você vê a obra lá, ou em um estágio avançado, é uma imensa satisfação, vale a pena a incomodação que a gente tem", afirmou.

Em relação à sua participação em inauguração de um hospital na Baixada Fluminense, no último domingo, que não recebeu investimentos do governo federal na sua construção, a ministra negou que seja uma obra inacabada.

"Nós não inauguramos obras inacabadas. Eu estive com o governador [Sérgio] Cabral no hospital da mulher, e falaram que está inacabada, esqueceram que é importante no hospital, este hospital consegue atender, tem padrão internacional, e precisa de um nível de limpeza necessário para que ele possa funcionar, tem todo um procedimento que eles cumprem, um protocolo, para garantir que a obra funcione, e ela estava em perfeitas condições quando nós fomos lá", disse.

Dilma também disse que a inauguração de outra unidade de saúde na Rocinha (Rio), ontem, é "outra alegria" para o governo federal. "É um centro de atendimento a saúde, como uma UPA, que dá atenção 24 horas para quem entrar e depois você ter um centro esportivo daquela qualidade, é impressionante. Não são obras inacabadas."

Inauguração

Em ambiente similar ao de um comício, Dilma participou da inauguração do hospital na Baixada Fluminense. Diante de cerca de 1.500 pessoas, em discurso improvisado, a ministra conclamou a população a não "deixar que as coisas deem um passo e voltem para trás".

"Está nas nossas mãos o futuro de nosso país", disse a ministra. No discurso, que durou 20 minutos e fechou a solenidade, Dilma disse que o Brasil "mudou e essa mudança veio para ficar".

Ela foi aclamada com faixas e até com o refrão tradicional das campanhas de Lula, que teve o nome substituído pelo de sua candidata: "Olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma".

Em nota divulgada nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde e a Casa Civil rebatem as acusações de que o governo não tem investimentos no hospital. Na nota, o governo diz manter parceria com o governo do Rio para a manutenção do hospital da Mulher Heloneida Studart, inaugurado ontem, por isso as críticas de que o investimento não tem participação do governo federal são improcedentes.

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