"A cada pesquisa, eles dizem que Dilma bateu no teto. É o jeito do PSDB. Eu entendo o desespero deles. E também uma arrogância grande", ironiza o deputado petista Cândido Vaccarezza
Eliano Jorge
Se os ataques do deputado Ciro Gomes, do PSB, enfim convenceram o PT a desistir de tê-lo encabeçando uma chapa de candidatura ao governo de São Paulo, eles não inviabilizam a aliança com os petistas em âmbito nacional.
O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, Cândido Vaccarezza, contemporiza e conserta qualquer sinal de rachaduras. "Não vamos levar em consideração as críticas que ele fez ao PT. O Ciro tem um jeito próprio de ser. Estou entre aqueles que acham que o Ciro está do nosso lado. Como ele mesmo disse, faz parte do campo do Lula. Então, não convém a gente ficar esgrimando entre nós. Ele fala, mas tem horas que a gente diz coisas que não quer dizer", contornou, em entrevista a Terra Magazine.
Reviravoltas são pouco prováveis, na opinião de Vaccarezza. "No quadro atual, não existe mais a hipótese do Ciro Gomes ser o candidato em São Paulo. Ele mesmo deixou claro que não quer. Já tinha falado, semana retrasada, comigo e deu a resposta claramente pelos jornais. Acredito que é definitivo. Se não fosse, ele não falaria do jeito que ele falou, publicamente", analisa.
A tão comentada reunião entre Ciro e Lula segue em suspensão. "Não sei, aí é a agenda do presidente. Não sei se o presidente vai se reunir com ele", diz o deputado federal. Assuntos para uma conversa de acertos, a dupla tem. "Deve ter", esquiva-se Vaccarezza.
Corrida presidencial
O parlamentar petista recorre a uma suposta vantagem do governador paulista José Serra, do PSDB, justamente para retirar importância do aguardado anúncio de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, que é propalada pelos tucanos como um marco para seu crescimento na corrida presidencial.
- Não tem nada a ver ele anunciar com a situação dele na pesquisa. Ele é o mais conhecido. A própria pesquisa responde essa pergunta. "Quem é o candidato mais conhecido? José Serra". Ele é mais conhecido do que a Dilma (Rousseff, pré-candidata petista). Então, ela não está crescendo porque ele não anunciou.
Vaccarezza acredita que a própria falta de pressa de Serra em oficializar sua pré-candidatura confirma essa tese. "Anunciar ou não anunciar é secundário. Ele sabe disso. Tanto é que não está preocupado com isso".
Sondagens de intenção de voto indicam que a diferença entre o governador e a ministra da Casa Civil vem se reduzindo. Estudo da CNI/Ibope, divulgado nessa quarta-feira, 17, contabiliza 35% para Serra e 30% para Dilma.
"A cada pesquisa, eles dizem que ela bateu no teto. É o jeito do PSDB", ironiza Vaccarezza, em referência ao discurso tucano, que costuma diagnosticar limites do avanço de Dilma. "Eu entendo o desespero deles. E também uma arrogância grande, né?".
O líder do PT descarta qualquer estimativa. "Não. Nós temos que fazer o nosso trabalho. Pesquisa não resolve a eleição. O que resolve é eleição".
Acusações
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, afirmou, nesta quarta-feira, 17, que a ministra antecipou sua campanha e usa ilegalmente recursos públicos para isso, como avião presidencial, combustível do governo, além de claque do presidente Lula.
Cândido Vaccarezza retruca: "Acho uma pena que a oposição no Brasil, em vez de discutir projetos, fique atacando inverdades contra as pessoas. Acho lamentável a conduta da oposição. O povo não gosta disso."
Ele não confirma se o partido tomará providências em relação a essas acusações. "Nossa ação é desenvolver o País, criar empregos, gerar desenvolvimento, distribuir renda, fazer propostas, projeto para tornar o Brasil uma potência mundial, diferente deles".
A resposta às críticas vem na insistente estratégia de comparar as administrações tucana e petista. "Só os empregos criados no mês de fevereiro (de 2010) correspondem a dois anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Foram 209 mil empregos. Até agora, o Lula já criou dez vezes mais empregos do que nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso. Dez vezes mais! Até o final do ano, vai multiplicar um pouco mais", provoca.
Terra Magazine
Se os ataques do deputado Ciro Gomes, do PSB, enfim convenceram o PT a desistir de tê-lo encabeçando uma chapa de candidatura ao governo de São Paulo, eles não inviabilizam a aliança com os petistas em âmbito nacional.
O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, Cândido Vaccarezza, contemporiza e conserta qualquer sinal de rachaduras. "Não vamos levar em consideração as críticas que ele fez ao PT. O Ciro tem um jeito próprio de ser. Estou entre aqueles que acham que o Ciro está do nosso lado. Como ele mesmo disse, faz parte do campo do Lula. Então, não convém a gente ficar esgrimando entre nós. Ele fala, mas tem horas que a gente diz coisas que não quer dizer", contornou, em entrevista a Terra Magazine.
Reviravoltas são pouco prováveis, na opinião de Vaccarezza. "No quadro atual, não existe mais a hipótese do Ciro Gomes ser o candidato em São Paulo. Ele mesmo deixou claro que não quer. Já tinha falado, semana retrasada, comigo e deu a resposta claramente pelos jornais. Acredito que é definitivo. Se não fosse, ele não falaria do jeito que ele falou, publicamente", analisa.
A tão comentada reunião entre Ciro e Lula segue em suspensão. "Não sei, aí é a agenda do presidente. Não sei se o presidente vai se reunir com ele", diz o deputado federal. Assuntos para uma conversa de acertos, a dupla tem. "Deve ter", esquiva-se Vaccarezza.
Corrida presidencial
O parlamentar petista recorre a uma suposta vantagem do governador paulista José Serra, do PSDB, justamente para retirar importância do aguardado anúncio de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, que é propalada pelos tucanos como um marco para seu crescimento na corrida presidencial.
- Não tem nada a ver ele anunciar com a situação dele na pesquisa. Ele é o mais conhecido. A própria pesquisa responde essa pergunta. "Quem é o candidato mais conhecido? José Serra". Ele é mais conhecido do que a Dilma (Rousseff, pré-candidata petista). Então, ela não está crescendo porque ele não anunciou.
Vaccarezza acredita que a própria falta de pressa de Serra em oficializar sua pré-candidatura confirma essa tese. "Anunciar ou não anunciar é secundário. Ele sabe disso. Tanto é que não está preocupado com isso".
Sondagens de intenção de voto indicam que a diferença entre o governador e a ministra da Casa Civil vem se reduzindo. Estudo da CNI/Ibope, divulgado nessa quarta-feira, 17, contabiliza 35% para Serra e 30% para Dilma.
"A cada pesquisa, eles dizem que ela bateu no teto. É o jeito do PSDB", ironiza Vaccarezza, em referência ao discurso tucano, que costuma diagnosticar limites do avanço de Dilma. "Eu entendo o desespero deles. E também uma arrogância grande, né?".
O líder do PT descarta qualquer estimativa. "Não. Nós temos que fazer o nosso trabalho. Pesquisa não resolve a eleição. O que resolve é eleição".
Acusações
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, afirmou, nesta quarta-feira, 17, que a ministra antecipou sua campanha e usa ilegalmente recursos públicos para isso, como avião presidencial, combustível do governo, além de claque do presidente Lula.
Cândido Vaccarezza retruca: "Acho uma pena que a oposição no Brasil, em vez de discutir projetos, fique atacando inverdades contra as pessoas. Acho lamentável a conduta da oposição. O povo não gosta disso."
Ele não confirma se o partido tomará providências em relação a essas acusações. "Nossa ação é desenvolver o País, criar empregos, gerar desenvolvimento, distribuir renda, fazer propostas, projeto para tornar o Brasil uma potência mundial, diferente deles".
A resposta às críticas vem na insistente estratégia de comparar as administrações tucana e petista. "Só os empregos criados no mês de fevereiro (de 2010) correspondem a dois anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Foram 209 mil empregos. Até agora, o Lula já criou dez vezes mais empregos do que nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso. Dez vezes mais! Até o final do ano, vai multiplicar um pouco mais", provoca.
Terra Magazine
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