Interessante é que a procuradora aloprada botou o rabinho entre as pernas e sumiu do mapa.
O PT quer uma apuração rigorosa sobre a responsabilidade pelos panfletos que estavam sendo impressos em uma gráfica da zona sul de São Paulo neste sábado (16). A unidade, localizada no bairro de Cambuci, preparava a impressão de mais de dois milhões de manifestos contra a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff.
O autor do material usou o nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para assinar o texto, que aponta intenção da petista e do presidente Lula de legalizar o aborto por meio do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH). A carta, intitulada “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”, é a mesma que circulou no último dia 12 por igrejas do interior paulista e de Minas Gerais e seria distribuída em missas neste domingo (17).
20 milhões de panfletos
O pai do dono da gráfica, Paulo Ogawa, informou que o serviço foi encomendado por uma pessoa que se apresentou como colaboradora do bispo de Guarulhos, dom Luiz Gonzaga Bergonzini, o mesmo que gravou vídeo pedindo que não se vote em Dilma. De acordo com Ogawa, a intenção do rapaz, que se apresentou como Telmo, era imprimir mais de vinte milhões de panfletos. Mas, como a gráfica dele não comportava a encomenda, ficou acordada a impressão de 2,2 milhões de unidades.
Por isso, o PT acredita que outras gráficas estejam trabalhando na confecção do material difamatório e pede a investigação dos fatos. A equipe jurídica do partido registrou boletim de ocorrência e solicitou que não seja autorizada a circulação dos panfletos. Militantes do partido organizaram vigília em frente à gráfica para assegurar que o material não seja transportado.
Já a campanha de Dilma entrou com duas representações junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A primeira argumenta que se trata de uma propaganda eleitoral que oculta tal intenção. A segunda pondera que recursos financeiros provenientes de entidades religiosas não podem ser usados na confecção de material político.
O deputado estadual petista Adriano Diogo, que descobriu a operação, lembra que a CNBB não dá autorização para que sua logomarca seja colocada em manifestos partidários e pede que seja apurada a autoria do panfleto. “Esse documento é falso. Falsificou o timbre da CNBB, falsificou o texto, que não é da CNBB. O documento é frio, não tem nada que ver com a CNBB. As assinaturas dos bispos são frias. É falsidade ideológica.”
O caso veio à tona no fim de semana em que os bispos da Regional Sul 1 da Conferência estão reunidos em Itaici, no interior paulista. O flagrante provocou a convocação de uma reunião extraordinária entre os líderes religiosos. Dom Pedro Luiz Stringhini, que comanda atualmente a Diocese de Franca, no interior paulista, manifestou por telefone que a posição da Igreja Católica é de que não se deve usar a palavra para pedir votos em quem quer que seja. "Isso que é importante ressaltar. A posição da CNBB é sempre de apontar critérios, e não pessoas. E defender o voto livre. O católico vota em quem ele quiser."
Ele lamenta que algumas dioceses, como a de Guarulhos, estejam desrespeitando essa medida. "É lamentável que esse documento tenha existido e mais lamentável ainda que tenha sido reproduzido e divulgado", conclui.
Foi este o tom da nota emitida pela CNBB após a reunião extraordinária em Itaici. Os bispos da Regional Sul 1 reafirmaram que não indicam nem vetam o nome de qualquer candidato. A entidade "desaprova a instrumentalização de suas Declarações e Notas e enfatiza que não patrocina a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra candidatos." O comunicado recomenda ainda a análise "serena e objetiva" das propostas de cada partido para permitir que "as eleições consolidem o processo democrático."
Diogo, do PT, lamenta que o nome da maior entidade da Igreja Católica brasileira seja utilizado de maneira anônima para promover mentiras. “Nenhuma igrejinha pode rodar uma tiragem dessa. Há alguém muito poderoso, com muita bala na agulha, mandando rodar o material. Ninguém pode afirmar que tem algum partido político por trás disso. Mas o teor é totalmente partidário. Não é um documento eclesial”, pondera.
Campanha
O flagrante ocorre após enorme polêmica levantada em torno da questão do aborto. A coordenação da campanha de Dilma atribui à disseminação de boatos a perda de votos na reta final do primeiro turno. Líderes religiosos de diferentes correntes passaram a atacar a candidata como uma pessoa que tem posição pró-aborto. Monica Serra, esposa do adversário da ex-ministra, chegou a afirmar que Dilma gostaria de “matar criancinhas”.
A base aliada, com isso, escalou seus líderes para desmontarem a campanha de boataria, que envolve ainda mentiras sobre satanismo, regime militar e até mesmo a “proibição” de que Dilma entre nos Estados Unidos. Na sexta-feira (15), a candidata do PT divulgou, a pedido de líderes religiosos, uma mensagem em que se coloca a favor da vida e se compromete a não promover qualquer mudança na legislação sobre aborto.
“Isso é a campanha do obscurantismo. Não tem nada a ver com política. É a campanha dos porões, do subterrâneo. Eles estão desesperados. Querer usar a fé, falsificar assinatura de bispo, isso é coisa criminosa, é um delírio”, lamenta o deputado Adriano Diogo.
Rede Brasil Atual
O PT quer uma apuração rigorosa sobre a responsabilidade pelos panfletos que estavam sendo impressos em uma gráfica da zona sul de São Paulo neste sábado (16). A unidade, localizada no bairro de Cambuci, preparava a impressão de mais de dois milhões de manifestos contra a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff.
O autor do material usou o nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para assinar o texto, que aponta intenção da petista e do presidente Lula de legalizar o aborto por meio do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH). A carta, intitulada “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”, é a mesma que circulou no último dia 12 por igrejas do interior paulista e de Minas Gerais e seria distribuída em missas neste domingo (17).
20 milhões de panfletos
O pai do dono da gráfica, Paulo Ogawa, informou que o serviço foi encomendado por uma pessoa que se apresentou como colaboradora do bispo de Guarulhos, dom Luiz Gonzaga Bergonzini, o mesmo que gravou vídeo pedindo que não se vote em Dilma. De acordo com Ogawa, a intenção do rapaz, que se apresentou como Telmo, era imprimir mais de vinte milhões de panfletos. Mas, como a gráfica dele não comportava a encomenda, ficou acordada a impressão de 2,2 milhões de unidades.
Por isso, o PT acredita que outras gráficas estejam trabalhando na confecção do material difamatório e pede a investigação dos fatos. A equipe jurídica do partido registrou boletim de ocorrência e solicitou que não seja autorizada a circulação dos panfletos. Militantes do partido organizaram vigília em frente à gráfica para assegurar que o material não seja transportado.
Já a campanha de Dilma entrou com duas representações junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A primeira argumenta que se trata de uma propaganda eleitoral que oculta tal intenção. A segunda pondera que recursos financeiros provenientes de entidades religiosas não podem ser usados na confecção de material político.
O deputado estadual petista Adriano Diogo, que descobriu a operação, lembra que a CNBB não dá autorização para que sua logomarca seja colocada em manifestos partidários e pede que seja apurada a autoria do panfleto. “Esse documento é falso. Falsificou o timbre da CNBB, falsificou o texto, que não é da CNBB. O documento é frio, não tem nada que ver com a CNBB. As assinaturas dos bispos são frias. É falsidade ideológica.”
O caso veio à tona no fim de semana em que os bispos da Regional Sul 1 da Conferência estão reunidos em Itaici, no interior paulista. O flagrante provocou a convocação de uma reunião extraordinária entre os líderes religiosos. Dom Pedro Luiz Stringhini, que comanda atualmente a Diocese de Franca, no interior paulista, manifestou por telefone que a posição da Igreja Católica é de que não se deve usar a palavra para pedir votos em quem quer que seja. "Isso que é importante ressaltar. A posição da CNBB é sempre de apontar critérios, e não pessoas. E defender o voto livre. O católico vota em quem ele quiser."
Ele lamenta que algumas dioceses, como a de Guarulhos, estejam desrespeitando essa medida. "É lamentável que esse documento tenha existido e mais lamentável ainda que tenha sido reproduzido e divulgado", conclui.
Foi este o tom da nota emitida pela CNBB após a reunião extraordinária em Itaici. Os bispos da Regional Sul 1 reafirmaram que não indicam nem vetam o nome de qualquer candidato. A entidade "desaprova a instrumentalização de suas Declarações e Notas e enfatiza que não patrocina a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra candidatos." O comunicado recomenda ainda a análise "serena e objetiva" das propostas de cada partido para permitir que "as eleições consolidem o processo democrático."
Diogo, do PT, lamenta que o nome da maior entidade da Igreja Católica brasileira seja utilizado de maneira anônima para promover mentiras. “Nenhuma igrejinha pode rodar uma tiragem dessa. Há alguém muito poderoso, com muita bala na agulha, mandando rodar o material. Ninguém pode afirmar que tem algum partido político por trás disso. Mas o teor é totalmente partidário. Não é um documento eclesial”, pondera.
Campanha
O flagrante ocorre após enorme polêmica levantada em torno da questão do aborto. A coordenação da campanha de Dilma atribui à disseminação de boatos a perda de votos na reta final do primeiro turno. Líderes religiosos de diferentes correntes passaram a atacar a candidata como uma pessoa que tem posição pró-aborto. Monica Serra, esposa do adversário da ex-ministra, chegou a afirmar que Dilma gostaria de “matar criancinhas”.
A base aliada, com isso, escalou seus líderes para desmontarem a campanha de boataria, que envolve ainda mentiras sobre satanismo, regime militar e até mesmo a “proibição” de que Dilma entre nos Estados Unidos. Na sexta-feira (15), a candidata do PT divulgou, a pedido de líderes religiosos, uma mensagem em que se coloca a favor da vida e se compromete a não promover qualquer mudança na legislação sobre aborto.
“Isso é a campanha do obscurantismo. Não tem nada a ver com política. É a campanha dos porões, do subterrâneo. Eles estão desesperados. Querer usar a fé, falsificar assinatura de bispo, isso é coisa criminosa, é um delírio”, lamenta o deputado Adriano Diogo.
Rede Brasil Atual
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