sábado, 9 de outubro de 2010

Quem compara vota em Dilma Rousseff


Recomeça hoje a propaganda eleitoral gratuita por rádio e televisão através da qual os candidatos Dilma Rousseff, das forças democráticas e populares, e o conservador José Serra, apoiado pela direita neoliberal, irão expor o que pretendem fazer na direção do país a partir do dia 1º de janeiro de 2011.

O eleitor precisa ficar esperto pois a direita vai fazer um grande esforço para desviar sua atenção das questões reais, insistindo em temas importantes mas laterais. Eles vão tentar de tudo para evitar a comparação entre os programas que os candidatos defendem e as realizações do governo Lula com o fracasso do governo de Fernando Henrique Cardoso, que teve José Serra como um de seus principais ministros.

O eleitor precisa fazer a comparação. Poderá ver, assim, que só há uma chance do Brasil continuar a avançar e a vida do povo melhorar: eleger Dilma Rousseff para a Presidência da República.

Algumas comparações já se tornaram comuns. Por exemplo, em oito anos de governo, Lula criou mais de 14 milhões de empregos com carteira assinada; nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso, o saldo final não chegou a 800 mil. FHC deixou um salário mínimo que mal dava para comprar uma cesta básica. Com Lula, seu poder de compra mais que dobrou e hoje ele pode comprar duas cestas básicas e ainda sobra algum dinheiro. Quer dizer, o valor real do salário mínimo mais que dobrou.

Há outras comparações. Por exemplo: FHC deixou o Brasil de joelhos perante o FMI e os países ricos. Com Lula foi o contrário: o Brasil livrou-se do FMI, ficou em pé e avançou; hoje, é credor daquela instituição que, durante décadas infelicitou a vida dos brasileiros com o apoio de governos conservadores e neoliberais como o de FHC, e de José Serra, que foi seu ministro.

Fernando Henrique Cardoso, que teve José Serra como um ministro que tinha o apoio da Febraban, a entidade nacional dos banqueiros, privatizou estatais que tinham papel importante no desenvolvimento nacional. Elas foram entregues para o grande capital, principalmente estrangeiro. Aquele governo não investiu um único centavo em saneamento nem na produção de energia elétrica, levando o país ao apagão de 2001. Desmontou os órgãos de governo, enfraquecendo o estado e causando enormes prejuízos para os brasileiros nas áreas da saúde, educação, moradia, infraestrutura, etc.

Hoje, estes mesmos conservadores se apresentam como campeões da defesa da vida e da infância. Mas, no governo, o que fizeram? Quem examinar a situação da educação no estado de São Paulo, que os tucanos (e José Serra) governam há 16 anos, verá o descalabro que desmente as palavras bonitas que agora falam na propaganda política.

Os que agora falam em defesa da infância transformaram as escolas paulistas em verdadeiros depósitos onde as crianças convivem com o escândalo da aprovação automática, passando de ano muitas vezes sem saber nem ler. Onde muitas vezes são humilhadas e ofendidas por professores mal formados que, principalmente nos bairros pobres, tratam crianças e adolescentes como se fossem meliantes. Onde os professores têm salários tão baixos e regimes de trabalho tão precários que não conseguem dedicar-se integralmente ao ensino e precisam encontrar outras atividades para complementar suas rendas. Isto é respeito à vida e à infância?

A hipocrisia da oposição neoliberal e da mídia acumula acusações contra membros do governo. Mas há uma pergunta no ar: qual governo enfrentou corretamente estas acusações, muitas vezes caluniosas?

Mais: com Lula, a Polícia Federal não teve obstáculos “de cima” para cumprir suas obrigações e realizou mais de mil operações. Com FHC, foram somente 28 operações em oito anos, pois o governo não a deixava agir. Naquela época o atual vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, foi alvo de denúncias gravíssimas. Em agosto de 2000 a revista Isto É acusou o então poderoso secretário geral do presidente Fernando Henrique Cardoso,de ter criado uma “gigantesca teia de influência” que incluia a “nomeação de funcionários de alto escalão no próprio Executivo, passando por dirigentes de empresas estatais, bancos e seguradoras federais, fundos de pensão, lideranças governistas no Legislativo e juízes”, e de ter nomeado seus nove irmãos, familiares e empresários que apoiavam o “projeto tucano de ficar 20 anos no poder”. As denúncias nunca foram apuradas.

Com Lula é diferente. Funcionários e ministros acusados de irregularidas são afastados de suas funções para que a investigação possa ser feita e as culpas apuradas e punidas.

São comparações que precisam ser feitas. O eleitor precisa avaliar os programas da candidata das forças democráticas e populares, Dilma Rousseff, com o catecismo neoliberal que o tucano José Serra pretende implantar para levar novamente o país ao atraso e à estagnação. Precisa comprar o que estas forças fizeram quando estiveram na Presidência da República e em governos estaduais. Precisa fazer uma avaliação realista das diferenças entre os mandatos de Lula e de FHC. Precisa comparar como era sua vida até 2002, durante o governo de FHC, e como ela melhorou com os avanços conquistados sob Lula.

E quem comparar vai ajudar seus familiares e amigos a compreenderem que o que está em jogo nesta eleição não são palavras bonitas, mas coisas concretas como emprego com carteira assinada, melhores salários, crescimento econômico, soberania nacional, investimentos para o país avançar e a vida do povo melhorar. Depois disso, diante da urna, não terá dúvida: vai votar em Dilma Rousseff para presidente. Editorial Vermelho

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