O candidato Serra é do tipo dissimulado, perigoso e o que é mais grave: covarde. No debate da Band, Dilma expressou publicamente o seu inconformismo com a atitude da psicóloga Mônica Allende* Serra, mulher do candidato tucano ao cargo de presidente da República.
Dilma trouxe à tona o que a mídia já havia publicado (AQUI) sobre o comportamento sórdido da senhora Allende Serra. Na Band, Serra silenciou a respeito do que Dilma afirmara. Agora, longe do telespectador e sob as asas fétidas do PIG (AQUI), ele diz que Dilma ataca sua família e que uma campanha política é para se discutir propostas. Quanta vilania! Quem é quem tem atacado Dilma e sua família com boatos, calúnias e infâmias senão a campanha do PSDB sob o comando de José Serra?
De fato, o candidato psdebista tem toda a razão numa coisa: campanha política é para se discutir propostas, projetos para a construção de um Brasil justo e digno. Um Brasil que atenda aos interesses dos brasileiros e não de uma elite nefasta e mesquinha que se locupleta com uma agenda econômica, política e social da qual ela, e somente ela, é beneficiária.
FHC e o PSDB tiveram seu tempo e oportunidade e, de fato, iniciaram a transformação do Brasil, mas se perderam no caminho para atender a interesses que não o do povo brasileiro, pilhando o patrimônio público com sua desmedida privataria e aprofundando a exclusão social. Certamente não foi o povo brasileiro quem se beneficiou com aquele modelo de gestão governamental.
Em 2002, o soberano povo outorgou a LULA a oportunidade para mudar profundamente este país. LULA não titubeou, nem traiu os anseios populares, embora saibamos que muita coia ainda esteja por fazer num Brasil de seculares injustiças.
O Serra tem razão quando afirma que num embate eleitoral propostas e projetos devem ser discutidos. Acontece que não é isso que ele vem fazendo e, muito menos, o que ele quer, pois nãos os tem. O "debate" do candidato do PSDB se dá nos bastidores, enlameando reputações com suas mentiras e mistificações, auxiliado por um mídia golpista e nefasta. Como bem disse Ciro Gomes, em entrevista ao Portal Vermelho, Serra não pretende debater, mas mascarar sua sanha pelo poder a qualquer custo: "O jogo do Serra é este. Em todas as eleições em que ele está – em todas, sem exceção de nenhuma! –, aparecem sempre os dossiês, os escândalos de véspera de eleição. Há sempre uma revista disponível para suprir a credibilidade das baixarias mais grotescas." (AQUI)
Para um ser abjeto como o Serra, há algumas saídas: reagir, dando o troco nos moldes defendidos pelo blogueiro LEN (AQUI); seguir revelando os benefícios que o governo LULA trouxe para o Brasil e os brasileiros; referendar Dilma como a única candidata que pode fazer com que o Brasil siga em frente no rastro do bem-sucedido governo LULA.
O resto é mistificação religiosa e engodo proselitista. Se querem discutir o aborto, façamos a discussão, só que como uma questão de saúde pública. E isso deve ser feito de maneira mais ampla possível, com a participação da sociedade civil organizada. Acusar alguém de ser a favor do aborto e, em seu bojo trazer questões religiosas, é hipocrisia e falta de um projeto para discutir soluções profundas para os problemas do Brasil.
*(nenhum parentesco com o saudoso presidente chileno Salvador Allende... Ainda bem, pois ela estaria envergonhando tão altivo sobrenome!).
Do Cumpadi DiAfonso, do Terra Brasilis
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