quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Diretório do PT pede criação de CPI contra Kassab por caso Controlar


Partido diz que prefeito desrespeitou o motorista paulistano e pede nova licitação para o sistema
30 de novembro de 2011
 
Daiene Cardoso - Agência Estado
SÃO PAULO - Em nota divulgada nesta quarta-feira, 30, a executiva municipal do PT anunciou o apoio à bancada do partido na Câmara dos Vereadores de São Paulo para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as irregularidades entre a prefeitura e a empresa Controlar apontadas pelo Ministério Público.
O partido, que faz oposição ao prefeito Gilberto Kassab, acusa a administração do PSD de desrespeitar os motoristas paulistanos que fazem a inspeção veicular. "Considerando da mais alta gravidade a situação apresentada, a executiva decidiu apoiar a iniciativa da Bancada do PT na Câmara Municipal de pedir uma CPI para apurar os fatos", diz a nota.
Os petistas criticam o "abuso de preço" cobrado dos motoristas, os quais se submetem à vistoria sem garantias "de um controle efetivo sobre a emissão de poluentes, finalidade única da inspeção veicular".
O diretório do PT defende também a revogação do contrato com a Controlar e a abertura de nova licitação para o serviço. Enquanto a situação não é definida, o partido propõe que as vistorias sejam suspensas.
Ontem, a base aliada do prefeito conseguiu barrar o pedido de instalação de uma CPI na Câmara. A oposição, capitaneada pelo PT, não conseguiu sequer convocar o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, para dar explicações aos vereadores. Eduardo Jorge foi um dos fundadores do PT e deixou o partido em 2003 para integrar o PV. O secretário e o prefeito tiveram os bens bloqueados pela Justiça.
Eleições. Essa é a primeira mobilização do diretório municipal contra o prefeito desde que o PT anunciou a pré-candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad, à sucessão municipal. No anúncio da escolha de seu nome, Haddad deu indícios de que não pretende poupar a administração de Kassab na campanha de 2012.
"O sentimento da militância do PT é de mudança, e não de continuidade. O que caracteriza o partido quando ele se apresenta à cidade como de oposição ou de situação é isso: o sentimento de continuidade ou de mudança. As coisas precisam mudar em São Paulo", avisou o petista.

Banco Central corta juros pela terceira reunião consecutiva




São Paulo – Os diretores do Banco Central, reunidos em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), decidiram nesta quarta-feira (30), por unanimidade, reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros da economia. A Selic foi fixada em 11% ao ano, a menor desde o final de 2010 (10,75%). Foi a terceira redução seguida, na última reunião do órgão em 2011.

"O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012", informou o comunicado emitido após a reunião.

O primeiro ano de governo da presidenta Dilma Rousseff termina, assim, com uma taxa de juros um pouco mais alta do que quando ela assumiu – 10,75% –, mas no menor patamar desde então. Nas oito reuniões do Copom em 2011, foram cinco elevações (somando 1,75 ponto percentual) e três cortes (menos 1,50 ponto). As medidas inicialmente tentavam oferecer respostas à alta de preços, causada principalmente por elevações de commodities – matérias-primas de origem agrícola e mineral cotadas em bolsas de valores internacionais.

A partir de agosto, o sinal foi invertido, em função do agravamento da crise econômica na Europa e nos Estados Unidos. O desaquecimento da economia dessas nações desenvolvidas é apontado como uma segunda etapa da instabilidade iniciada em 2008. Apesar de o Brasil manter dinamismo maior da economia, setores exportadores sofrem os efeitos da recessão. Líderes europeus sugerem que o desempenho fraco pode se estender por até uma década.

O corte de 0,5 ponto percentual era esperado por analistas ligados a bancos e a investidores. O detalhamento dos motivos da decisão será divulgado na quinta-feira da próxima semana (8), com a ata da da 163ª reunião do Copom.

O governo federal vem dando sinais de que pretende oferecer ainda mais respostas à crise externa, ao facilitar ainda mais o acesso a empréstimos por parte das famílias e das empresas. Restrições aplicadas ao crédito vem sendo retiradas e, para a próxima semana, são aguardadas novas medidas nesse sentido, com reduções nos depósitos compulsórios dos bancos (parcela de todos as captações das instituições financeiras deixada sem remuneração junto à autoridade monetária) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

As medidas restritivas – chamadas pelo governo de "macroprudenciais" foram adotadas a partir do último trimestre de 2010 para conter a inflação. Agora, com um cenário de esfriamento da economia e de controle de preços, o Executivo federal conta com "gordura" para queimar no intuito de reativar a atividade interna. Isso indica prováveis novos cortes de juros nas duas primeiras reuniões do Copom em 2012. A primeira está marcada para 17 e 18 de janeiro.

Kassab pagou R$ 1,5 milhão para Controlar acessar dados


A gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) pagouR$ 1.527.361,77 por um convênio que permitiu à Controlar o acesso ilegal a dados sigilosos de milhões de motoristas da capital.


A acusação é do MPE (Ministério Público do Estado).


Os pagamentos, bancados pela Secretaria do Verde e do Meio entre dezembro de 2009 e outubro de 2010 em três parcelas, foram feitos à Prodam (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de SP), empresa ligada à prefeitura, de acordo com a Promotoria.


A prefeitura mantém desde 2003 um convênio com o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) para ter acesso ao banco de dados do órgão, e, assim, multar os motoristas que cometem infrações na cidade.


A Prodam é a responsável pelo sistema de consulta desses dados.


Resposta


O prefeito Gilberto Kassab (PSD) disse ontem que o convênio entre a prefeitura e o Detran que permitiu à Controlar acessar dados dos motoristas "é legal e está sendo renovado".


"Esse convênio norteia as relações da concessionária com os dados do Detran. Por parte da prefeitura não há nenhuma irregularidade", afirmou.


Segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, um termo de confidencialidade foi assinado entre a Prefeitura, o Estado e a Controlar em 2008, ano do início de implantação da inspeção.


A secretaria não se manifestou sobre o repasse feito à Prodam. Sobre o assunto, a Controlar afirmou que cabe à prefeitura se manifestar.


O Detran, por sua vez, afirma que a prefeitura transferiu os dados irregularmente à Controlar. Siz ainda afirma que o termo de confidencialidade está sob investigação, já que não há oficialmente nenhum convênio ou parceria de troca de informações entre o Estado e a Controlar.Léo Arcoverde e Folha de S.Paulo do Agora

Secretaria-Geral da Presidência da República desmente notícia de site da Veja


A assessoria de Comunicação da Secretaria-Geral da Presidência da República desmentiu nesta quarta-feira (30) nota publicada ontem (29) pelo site da revista Veja, segundo a qual o ministro Gilberto Carvalho teria recebido um email, em fevereiro último, contendo denúncias a respeito de registro de um sindicato.
 
“O site afirma que uma revista semanal (Veja) mostrou que o ministro teria recebido o citado email. Essa afirmação é falsa. A publicação não teria como mostrar um fato que simplesmente não aconteceu”, diz a nota.
Foi com base nesta noticia falsa que o PSDB pediu na terça-feira a convocação do ministro ministro Gilberto Carvalho para falar à Câmara dos Deputados sobre denúncias da imprensa envolvendo supostas irregularidades no Ministério do Trabalho. A própria revista Veja desta semana traz o depoimento de um sindicalista de que teria comunicado irregularidades em comunicação enviada ao ministro, o que é desmentido na nota oficial.
A nota observa que nem a revista nem o PSDB tiveram o cuidado de consultar o ministro sobre o suposto email.
Leia a integra da nota:
“ Ao contrário do que publicou ontem (29/11) um site na internet, a Secretaria-Geral da Presidência da República não recebeu, em fevereiro deste ano, nenhum email dirigido ao ministro Gilberto Carvalho contendo supostas denúncias relativas ao registro de um sindicato em 2008.
 
O site afirma que uma revista semanal mostrou que o ministro teria recebido o citado email. Essa afirmação é falsa. A publicação não teria como mostrar um fato que simplesmente não aconteceu.
 
Os equívocos do site e da revista induziram ao erro deputados do PSDB, que apresentaram requerimento à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados para que o ministro comparecesse ao Legislativo para explicar um acontecimento inexistente.
 
Em nenhum momento nem o site ou a revista perguntaram à Secretaria-Geral da Presidência se o ministro recebeu o referido email.
Assessoria de Comunicação
Secretaria-Geral da Presidência da República

Aristides Junqueira:"não houve mensalão"

Eu já sabia:Só um imbecil aceita essa tese esdrúxula de mensalão.O PT pagou por um delito praticado por todos os partidos do Brasil e do mundo(cite-se, por exemplo, eleição de OBAMA e Bush:o repugnante caixa 2.



Ex-procurador-geral da República critica o MP, ataca a mídia, diz que não houve pagamento mensal a deputados federais da base aliada nem desvio de recursos públicos para os cofres petistas, mas admite a utilização de caixa 2.


Renato Dias


Especial para o Jornal Opção


O ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira diz ao Jornal Opção que o mensalão, escândalo detonado por Roberto Jefferson (PTB-RJ) que abalou a república petista em 2005, não existiu. “Não pode haver mensalão, já que não há repetição mensal de pagamento. Se houve um ou outro pagamento eles não foram contínuos durante meses”, afirma.


Após criticar o Ministério Público Federal, ele frisa que não houve desvio de recursos públicos para bolsos privados nem para abastecer os cofres petistas e de legendas aliadas. “A denúncia também não consegue provar isso. Não demonstrou nada disso. Evidentemente está provado nos autos que os recursos foram oriundos de empréstimos em bancos particulares”, explica.


Segundo ele, a denúncia do MP é improcedente.”Não se trata de uma crítica ao MP, mas um reconhecimento da improcedência dela quando se leva em conta a defesa feita por esse grupo de advogados, com relação a um réu apenas, já que são 40. Hoje, parece-me que são 38: um morreu e outro foi reconhecido que a denúncia contra ele era improcedente, que é o Luiz Gushiken”.


O advogado exorciza supostos pecados da mídia. “Ele já está condenado pela mídia. Aliás, não é só ele. É um grupo. Eu diria que eles já estão até demonizados. A defesa dele não quer que ele seja santificado, mas que não seja também demonizado eternamente. O fato é que com esse resultado todo falar em Delúbio Soares é um palavrão muito grande que a sociedade não pode admitir.”


Com ironia, o ex-procurador-geral de Justiça diz que o Ministério Público “coloca quadrilha em tudo”.


Mais: avalia que não há risco de prescrição. “Não. Em pouco tempo não prescreve não. Isso não é interessante”, adianta. Ele ingressou no auditório do Bloco B da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) escoltado por Delúbio Soares e Marcus Vinícius de Faria Felipe, ex-presidente da Agecom.


Aristides Junqueira participou de fórum, na PUC, Câmpus 5, em Goiânia, ao lado do ex-prefeito de Goiânia Darci Accorsi, hoje secretário Legislativo do prefeito da Capital, Paulo Garcia (PT). O ato era para debater os aspectos jurídicos da denúncia do MP Federal e da defesa do matemático de Buriti Alegre Delúbio Soares, apontado como um dos chefes do mensalão do PT.


Qual é o objetivo do debate sobre a defesa jurídica de Delúbio Soares?


O objetivo do debate é saber se juridicamente a defesa apresentada pelos advogados de Delúbio Soares é uma peça satisfatória e que possa levar à improcedência da denúncia. Esse é o objetivo.


A defesa de Delúbio Soares diz que o mensalão não existiu. A tese tem fundamento jurídico?


Primeiro, eu quero saber o que é mensalão. Eu não sei. Nós temos de perguntar ao Roberto Jefferson, que inventou a palavra e não explicou direito o que é isso. E também ao Ministério Público. Para saber o que que é mensalão. A defesa do Delúbio, que não foi feita por mim, estou apenas apreciando, mas por um grupo de advogados capitaneado pelo advogado Arnaldo Malheiros Filho, de São Paulo, demonstra que não pode haver mensalão, já que não há repetição mensal de pagamento. Se houve um ou outro pagamento eles não foram contínuos durante meses.


Não houve pagamento regular pelo governo a deputados federais da base aliada?


Não houve. Não houve. Pelo menos dentro dos autos, a defesa diz que isso não está provado. Dentro dos autos ele não está provado. Não houve pagamento mensal a deputados da base aliada.


Houve desvio de recursos públicos para bolsos privados?


A denúncia também não consegue provar isso. Não demonstrou nada disso. Evidentemente está provado nos autos que os recursos foram oriundos de empréstimos em bancos particulares


Existem provas desse empréstimos?


Os empréstimos estão provados. Empréstimos de bancos particulares. Isso não é negado por ninguém.



Trata-se de uma crítica à denúncia do Ministério Público Federal?


Não. Não diria que é uma crítica à denúncia do Ministério Público, mas um reconhecimento da improcedência dela quando se leva em conta a defesa feita por esse grupo de advogados de Delúbio Soares, com relação a um réu apenas, já que são 40. Hoje, parece-me que são 38. Já que um morreu e outro foi reconhecido que a denúncia contra ele era improcedente, que é o Luiz Gushiken.


A defesa de Delúbio Soares diz que os grandes conglomerados de comunicação querem condená-lo previamente…


Eu penso que ele já está condenado pela mídia. Aliás, não é só ele. É um grupo. Eu diria que eles já estão até demonizados. Penso que a defesa dele não quer que ele seja santificado, mas que não seja também demonizado eternamente como é hoje. O fato é que com esse resultado todo, falar em Delúbio Soares é um palavrão muito grande que a sociedade não pode admitir.


O advogado Luiz Eduardo Green halgh admite a utilização de recursos não contabilizados.


E daí? Se forem ler a defesa que Arnaldo Malheiros faz de Delúbio Soares, ele confessa isso. Mas trata-se de um crime eleitoral cuja prescrição já ocorreu.


Há indícios de formação de quadrilha, como apontou o Ministério Público federal?


O Ministério Público Federal vê e coloca [formação de] quadrilha em tudo.



Fonte:Macroabc.com.br

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Convênio com Controlar quebrou sigilo de milhões, segundo MPE



Isso é o tipo de notícia que só é publicada uma vez.Os brucutus do PiG, tão ligeiro para investigar os aloprados do PT, como ocorreu na suposta quebra de sigilo de Serra e Eduardo Jorge, não movem uma palha para aprofundamento da questão.

Em nova ofensiva do Ministério Público Estadual, a empresa Controlar, contratada pela Prefeitura para realizar a inspeção veicular em São Paulo, é acusada de usar dados sigilosos de milhões de proprietários de veículos.


Segundo o MPE, a inspeção veicular na cidade é feita por um esquema fraudulento, engendrado inclusive pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), que teve os bens bloqueados na última semana. O secretário municipal do Verde, Eduardo Jorge, 13 empresários e seis empresas também estão envolvidos no processo.


Segundo a investigação do MPE, veiculada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a Controlar tem acesso a dados sigilosos dos donos dos veículos, como telefones, endereço e CPF. O órgão afirma que o Detran alterou o convênio original de 2003, que permitia à empresa ter acesso a dados, desde que o sigilo fosse mantido. Mas, com a alteração, solicitação foi cancelada e a empresa conveniada pôde repassar os dados para terceirizadas.


Para o MPE, dados sigilosos não poderiam ser utilizados por empresa particular. Além disso, a modificação no convênio foi assinada por um delegado do Detran. A decisão caberia ao diretor do Departamento.


Sem o cruzamento dos dados, a prefeitura não teria meios para aplicar multas em proprietários que não realizaram a inspeção e a Controlar não teria como saber quais donos fizeram a inspeção e impedir seu licenciamento. O valor da causa é de 1,05 bilhão de reais. A ação pede a suspensão da inspeção veicularem São Paulo, a devolução de multas e indenização por danos morais aos donos de veículos.CartaCapital

Causo’ da glicerina em debate da Globo irrita Collor

Em menos de um minuto, o produtor que por décadas atuou como manda-chuvas da Rede Globo jogou por água o esforço de mais de 22 anos da emissora para minimizar o apoio (para muitos descarado) para a eleição de Fernando Collor de Mello como presidente em 1989.


Em entrevista à GloboNews, canal pago da emissora, José Bonifácio Sobrinho admitiu que, durante os debates da campanha presidencial transmitidos pela Globo, tentou ajudar o candidato alagoano nos famosos embates contra Luiz Inácio Lula da Silva.
 
A declaração provocou reação do ex-presidente e hoje senador – que, segundo, Boni mandou a assessoria procurar os executivos da Globo para ajuda-lo na ocasião.


“O Miguel Pires Gonçalves (então superintendente executivo da Rede Globo), pediu que eu desse alguns palpites, e achei que a briga com o Lula estava desigual porque o Lula era o povo, e o Collor era a autoridade. Então conseguimos tirar a gravata do Collor, botar um pouco de suor com glicerinazinha, e colocamos pastas que estavam ali com supostas denúncias contra o Lula, mas as pastas estavam vazias, com papéis em branco”, relatou Boni na entrevista.


“Foi um jeito de melhorar a postura do Collor junto ao telespectador para ficar em pé de igualdade com a popularidade do Lula”, admitiu o ex-executivo. “O conteúdo era do Collor mesmo. A parte formal nós é que fizemos. Me lembrei do Jânio (Quadros), e só não botei uma caspazinha no Collor porque ele não aceitou”.


Ao reagir às declarações, em declarações publicadas na Folha de S.Paulo, Collor acabou implicando ainda mais a emissora. Disse que jamais pediu para alguém falar com o Boni porque, segundo ele, seu contato “era direto com o doutor Roberto (Martinho, fundador da emissora)”.


O ex-presidente, que se saiu vitorioso na campanha, também negou que tenha tirado as gravatas no debate. Ele disse também que o ex-executivo de “uma viajada na maionese” ao dizer que usou glicerina para simular suor e que as pastas citadas estacam “cheias de papéis, números da economia, que sequer utilizei”.


Ao se manifestar sobre a polêmica, o diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, disse à Folha que “a afirmação de Boni só pode surpreender a quem não acompanha de perto a história da Globo”.


Na entrevista, o executivo reafirmou uma declaração anterior, segundo a qual o ex-presidente Lula dá de dez a zero no Chacrinha como comunicador e justificou: “O Chacrinha tinha comunicação espontânea, mas uma técnica profissional. E o Lula não tem essa técnica, é ainda mais natural. O Chacrinha conseguiu audiência de 30 milhões de pessoas, e o Lula conseguiu a audiência do Brasil inteiro”.


Boni, que lança agora o “O Livro do Boni” (Casa da Palavra), em que conta sua trajetória, comentou ainda o período de acirramento da ditadura militar, época em que o conteúdo da emissora era alvo de censura. Mais de 40 anos após o episódio, ele disse acreditar que agentes da Operação Bandeirantes, criada para combater movimentos de esquerda durante o regime, estava por trás dos três incêndios ocorridos nas tevês Globo, Bandeirantes e Record num intervalo de cinco dias em junho de 1969, numa suposta tentativa de colocar os meios de comunicação contra os militantes de esquerda no Brasil.


Nem era preciso, de acordo com o executivo, já que as emissoras estavam lá justamente para manipular informações sobre esses grupos. “Todos nós, das emissoras, nos armamos contra o pessoal de esquerda, num primeiro momento. Fizemos textos para colocar no ar (dizendo): ‘quem destrói o que é do povo, é contra o povo’. Imaginávamos que haveria um ataque terrorista de esquerda.”CartaCapital

Eu também apoio a Belo Monte

Franklin Martins: Constituição está na gaveta

Esse é o cara. De pau




Fonte:Blog Ailton Medeiros

Serra aparelhou o Estado de São Paulo com forasteiros

Boquinha tucana em SP tucana em SP incluia políticos do RN




O governo Serra foi uma mãezona com políticos do PSDB e DEM. O ex-deputado João Faustino que era subsecretário da Casa Civil, recebia jetons da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).


Além de Faustino, mais dois políticos potiguares tinham uma boquinha no governo tucano: o ex-senador Geraldo Mello, e o ex-deputado federal Ney Lopes de Souza.


Segue trecho de uma reportagem do ESTADÃO publicada no dia 19 de outubro de 2010:



Fabio Leite



As empresas estatais paulistas empregaram até o início do ano em seus conselhos de administração ao menos dez ex-parlamentares de partidos que apoiam a candidatura presidencial do ex-governador José Serra – alguns saíram em função da eleição e outros permanecem nos cargos.


A lista inclui a ex-vereadora e ex-subprefeita Soninha Francine (PPS), coordenadora de internet da campanha do tucano, lotada até hoje no conselho da Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb). Ela nega motivação política na nomeação.


Além do PPS e do PSDB, a relação inclui políticos que ficaram sem mandato do DEM, PMDB e PTB, cujos diretórios estadual (no caso peemedebista) ou nacional apoiam Serra. Alguns deles são de Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins.


Todos recebem, por reunião mensal, entre R$ 3,5 mil e R$ 4,4 mil, o chamado jetom. Como o regulamento permite até 2 sessões remuneradas por mês, eles podem acumular até R$ 7 mil e R$ 8,8 mil no período.


O JT obteve nomes dos conselheiros a partir de balanços de 2009 das estatais publicados em Diário Oficial até abril deste ano, mês no qual Serra renunciou ao governo para disputar à Presidência, sendo substituído por Alberto Goldman (PSDB).


Na lista, há seis políticos que já deixaram os conselhos este ano para saírem candidatos, assumir mandato eletivo ou trabalhar nas campanhas.


É o caso, por exemplo, do ex-secretário-geral da Presidência no governo FHC e tesoureiro nacional do PSDB, Eduardo Graeff, auxiliar de comunicação na campanha de Serra. O tucano aparecia como conselheiro da Cetesb até abril deste ano, mas, segundo o governo, já deixou o cargo.


Junto com Soninha até hoje na Cetesb estão ainda os ex-deputados federais Koyu Iha (PSDB-SP) e Ney Lopes de Souza (DEM-RN). Todos ganham jetom de R$ 3,5 mil, o que corresponde a 30% do salário dos diretores da companhia, atualmente em R$ 11,8 mil. Em dezembro, todos os conselheiros recebem o equivalente a dois jetons de gratificação.


Já o suplente de senador João Faustino (PSDB-RN), que era subsecretário da Casa Civil, recebia até julho jetons da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), de R$ 3,5 mil, e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), de R$ 4,4 mil. Ele só deixou o cargo há três meses para assumir mandato por conta da licença do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).


Quem também esteve em conselho – Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa) – até o limite permitido pela lei eleitoral (março) foi o ex-deputado federal Márcio Fortes (PSDB-RJ), que atua como um dos arrecadadores da campanha de Serra. Ele se afastou do cargo para ser vice de Fernando Gabeira (PV-RJ) na disputa ao governo do Rio.


Na Companhia de Desenvolvimento Agrícola (Codasp) estava o ex-deputado Edinho Araújo (PMDB), que renunciou para concorrer a federal.


Na Dersa, CDHU e Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) estavam, respectivamente, ex-deputados Claury Silva (PTB), que era secretário de Esportes, e Ronaldo Pereira (PSDB-TO) e o ex-senador Geraldo Melo (PPS-RN), que, segundo o governo, deixaram os cargos este ano.


Para ler na íntegra, clique aqui.


Mais detalhes, clique aqui.



Da redação, com infornações do Blog do Ailton Medeiros

Deputado paulista vê fim eleitoreiro em emendas indicadas por secretários de Alckmin





São Paulo – A confirmação de que secretários do governo Geraldo Alckmin (PSDB) continuam indicando emendas parlamentares ao Orçamento mesmo licenciados de seus mandatos na Assembleia Legislativa de São Paulo indignou deputados da oposição. Os parlamentares criticaram a conduta do governo tucano no estado e consideram que a prática reforça a falta de transparência que marca a gestão do Orçamento paulista.


“As denúncias feitas pelo Roque Barbiere (PTB) abriram a caixa preta do Orçamento do governo estadual", disse o líder do PT na Assembleia Legislativa, Enio Tatto. "À medida que o governo se viu obrigado a publicar as emendas, começaram a aparecer os esquemas, os escândalos, as maracutaias.”
Tanto o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo (PSDB), quanto o do Desenvolvimento Econômico, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), aparecem na lista publicada pela Secretaria da Casa Civil entre os deputados que empenharam recursos de emendas mesmo em períodos em que estavam licenciados do mandato. Por meio de sua assessoria, Barbosa, pré-candidato tucano à prefeitura de Santos em 2012, assegurou que a prática não é ilegal e disse que continuará apresentando as indicações.


Tatto assegurou que a apresentação de emendas por um deputado licenciado caracteriza uma irregularidade. “Isso é totalmente errado, correto é aquilo que consta do orçamento, e não a pessoa que tem uma força política no governo ter esse privilégio. Com certeza, isso tudo possui fins eleitoreiros”, analisou.


O líder do PDT na Casa, deputado Major Olímpio, questionou a origem dos recursos para pagar as emendas dos secretários. “Temos uma rubrica de R$ 200 milhões que dizem ser destinadas às emendas de parlamentares. Se o secretário que assumiu, suplente do secretário afastado, também faz suas indicações, como fica a situação? Não existe milagre de multiplicação nos recursos do estado”, observou Olímpio.


Fruto de um acordo político firmado em 2006 entre o Executivo e o Legislativo, as indicações ao Orçamento não são regulamentadas pelo regimento interno nem por lei estadual. Os termos acertados previam que cada parlamentar teria direito de indicar, por ano, R$ 2 milhões em obras em cidades paulistas. A origem e destinação dos valores, porém, permaneceram ocultadas pelo governo até outubro deste ano. Mesmo na lista divulgada pelo governo Alckmin, houve contestações, além da revelação de Roque Barbiere de que os governistas tinham direito ao dobro do valor estabelecido.

Passado sombrio, futuro incerto



Os parlamentares da oposição batalham para conseguir as 32 assinaturas necessárias para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com a finalidade de investigar as irregularidades no esquema de emendas. O líder petista garantiu que faltam apenas duas rubricas. Apesar disso, ele disse não ter pressa.


“Tem uma orientação geral do governo, que chamou bancada por bancada, deputado por deputado, para não dar essas duas assinaturas que faltam. Esperamos que mais denúncias aconteçam para constranger alguns parlamentares e isso se torne um motivo para conseguirmos as duas assinaturas que faltam”, disse Tatto.


Olímpio preferiu adotar um discurso mais direto, ironizando a função legislativa. "Nós aqui na Assembleia brincamos de aprovar Orçamento, de discutir, de apresentar emendas, mas nada disso vale. Até agora não nos deram a fórmula para que todas as emendas constem já do Orçamento de 2012”, disparou.


Emendas à venda



O caso de venda de emendas orçamentárias veio a público a partir de declarações do deputado estadual Roque Barbiere (PTB), em entrevista a um site. Foi dele a afirmação de que os parlamentares vendem a cota de emendas a que têm direito todos os anos em troca de parte dos recursos liberados.


O atual secretário do Meio Ambiente do Estado e deputado licenciado, Bruno Covas (PSDB), em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, chegou a confirmar ter visto indícios da ilegalidade, e citou um caso no qual um prefeito lhe teria oferecido 10% do valor de uma emenda de R$ 50 mil empenhada pelo então deputado como forma de "agradecimento". Depois, Bruno Covas disse ter sido mal interpretado.


Os parlamentares do PT contabilizam 30 assinaturas a um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para investigar as denúncias. São necessárias mais duas. A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social – órgão do Ministério Público de São Paulo – também trabalha no caso.


Para esfriar a discussão, a base do governador Geraldo Alckmin (PSDB) tentou manter a questão em pauta no Conselho de Ética da Assembleia. Sem ter a prerrogativa de convocar os envolvidos, mas de apenas convidá-los, o Conselho pouco contribuiu para investigações. De todos os convidados, somente o deputado Major Olímpio (PDT) prestou esclarecimento, no qual citou o nome de Tereza Barbosa. Com o fim do trabalho do conselho, a oposição aposta suas fichas na criação da CPI.


Em 4 de outubro, o governo publicou uma lista contendo todas as emendas empenhadas de todos os parlamentares que se utilizaram dos recursos desde 2006. A suspeita de que os dados não estavam corretos foi despertada a partir de casos como o de Bruno Covas. Enquanto ele divulga em seu site ter conseguido liberar R$ 9,4 milhões em 2010, na relação oficial da Secretaria da Fazenda consta terem sido empenhados no ano passado apenas R$ 2,2 milhões.


Barbiere revelou ainda que os deputados governistas tinham a um valor duas vezes maior de emendas do que os membros da oposição.

Estudantes da Unicamp parodiam globais em vídeo pró-Belo Monte


Alunos de engenharia civil e economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), defensores da construção da usina de Belo Monte no rio Xingu (PA), produziram vídeo em resposta ao projeto "Gota D'Água", que reúne atores da TV Globo numa campanha contra a instalação da hidrelétrica.


No vídeo, os estudantes usam roteiro semelhante ao utilizado na gravação dos artistas.


O grupo criou ainda o movimento "Tempestade em Copo D'Água", uma sátira a campanha original.


Sobre o alagamento de área verde para a instalação da usina, os alunos argumentam que a "floresta já vem sendo desmatada ilegalmente na Amazônia a troco de nenhum ganho econômico e social". Eles defendem ainda o "emprego de recursos gerados pela usina em benefícios para a região".


Para Sebastião de Amorim, professor da Unicamp que participa do vídeo, "Belo Monte será um belíssimo projeto sobre os aspectos econômico, social e ambiental".


Veja o vídeo da sátira:


 



Folha de São Paulo

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Homem forte de José Serra está preso em Natal

Homem forte de José Serra está preso em Natal

João Faustino (esq.), suplente do senador Agripino Maia, foi detido na Operação Sinal Fechado, que também investiga esquema da inspeção veicular; ele despachava no Palácio dos Bandeirantes e coordenou a campanha presidencial do ex-governador tucano fora de São Paulo


 
247 – Enquanto a imprensa nacional acompanha os desdobramentos da ação deflagrada pelo Ministério Público Federal que bloqueou os bens do prefeito Gilberto Kassab, em razão de um contrato supostamente fraudulento na área de inspeção veicular, uma ação paralela – e muito mais explosiva – foi deflagrada simultaneamente no Rio Grande do Norte. Nela, foram expedidos 14 mandados de prisão na última quinta-feira. Um dos presos é João Faustino, suplente do senador Agripino Maia (DEM-RN) e uma figura muito, mas muito próxima do ex-presidenciável tucano José Serra. Enquanto Serra foi governador de São Paulo, Faustino despachava no Palácio dos Bandeirantes, como subchefe da Casa Civil, sendo diretamente subordinado ao então chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, que hoje é senador. Quando Serra se tornou presidenciável, João Faustino passou a coordenar as atividades da campanha – inclusive a arrecadação de recursos – fora de São Paulo. O que Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, fazia em São Paulo, João Faustino fazia em outros estados.


Uma nota publicada neste sábado na coluna Painel, da Folha de S. Paulo, revela que Serra trabalhou intensamente para que João Faustino fosse escolhido como suplente na chapa de Agripino Maia. Serra e Faustino são tão próximos que o político potiguar conseguiu até nomear pessoas da sua mais estrita confiança em cargos comissionados no governo de São Paulo.


As operações do MP em São Paulo e da Polícia Civil, no Rio Grande do Norte, aconteceram de forma absolutamente coordenada. Se, na capital paulista, o MP conseguiu bloquear os bens do prefeito Gilberto Kassab, dando repercussão nacional ao fato, em Natal é que foi desferido o golpe mortal.


Negócio da China


Nas duas cidades, o caso investigado diz respeito à inspeção veicular, num esquema que teria sido criado pela empresa Controlar, do empreiteiro Carlos Suarez, ex-dono da OAS. Em São Paulo, a Controlar teria fechado negócio na gestão Celso Pitta, mas o contrato só foi validado, 12 anos depois por Kassab. Assim, Suarez conseguiu vender a empresa para a CCR, das empreiteiras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Na transação, segundo o MP, Suarez teria lucrado R$ 170 milhões. Em Natal, por sua vez, o contrato de inspeção veicular, também feito de forma irregular, renderia R$ 1 bilhão aos empreiteiros durante o prazo de concessão.


Não será surpresa se, nos próximos dias, as duas ações – a de São Paulo e a de Natal – se aproximarem mais e mais do ex-governador e ex-presidenciável tucano, José Serra.Brasil 247

Já tivemos Gabriela melhor do que Juliana Paes


Por Nirlando Beirão*


Ela é uma atriz esforçada, a Juliana Paes. Sempre cabe bem no papel de periguete. O último foi no seriado O Astro.


Mas, de repente, recrutá-la para reviver na TV a Gabriela que já foi de Sonia Braga, aí, gente, já é esticar demais a corda, né, não?


Sonia Braga é uma diva. Sempre foi. É uma das raras atrizes da Globo que sabem que Stanislavski não é zagueiro da seleção tcheca. Que Chantilly não é só confeito de bolo. Que Primavera Árabe não é nome de coleção de moda desfilada em Paris.


Juliana Paes está fazendo campanha contra a usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no Xingu. Ela e mais um elenco de globetes, intelectuais da Barra da Tijuca, que aparecem na TV em anúncios pagos.


Claro que quem não poderia deixar de estar no time das reclamonas é a notável Maitê Proença.


Maitê, que por algum tempo estrelou o programa mais chato da TV mundial, o Saia Justa, foi aquela que, na campanha presidencial de 2010, “embora feminista”, atiçou “os machos selvagens” a “nos salvar da Dilma”.


A UDN do Leblon, sempre atrás de uma bandeira de raiva, agora elegeu uma hidrelétrica como pretexto. Gostaria de saber o que Juliana Paes sabe realmente de Belo Monte.


O meio ambiente é um tema charmoso para quem tem a profundidade política de um pires.


Tem gente decente na área, gente bem-intencionada, séria, estudiosa. No episódio Belo Monte, creio que os doutos da ecologia estejam enganados, mas reconheço o direito deles de espernear.


A incômoda verdade é: nenhuma terra indígena será alagada, o risco ambiental é nulo.


Os ecoxiitas – abrigados numa ONG de nome Movimento Gota d’Água aparentemente muito bem aquinhoada de recursos – cooptaram os rostinhos bonitos da Globo para dizer que no futuro a gente vai assistir às novelas graças à energia gerada por pás de vento.


Parece coisa daquele antigo Fidalgo de la Mancha, simpático mas também equivocado.


CartaCapital, *Matéria originalmente publicada pelo R7

Alunos da Unicamp: José Serra, persona non grata


Em assembleia realizada no último dia 17, os estudantes do Instituto de Economia da Unicamp decidiram propor à Congregação desse Instituto que o ex-governador de São Paulo e seu ex-docente seja considerado persona non grata.

Em nota, os estudantes fazem um resgate histórico da atuação do ex-governador no que diz respeito à educação superior no Estado. Os alunos apontam autoritarismo, contingenciamento de recursos, privatismo, criminalização dos movimentos, entre outras críticas, no na relação de Serra com as universidades paulistas.

“José Serra não só foi contra, de diversas formas e repetidas vezes, a respeitada linha de pensamento heterodoxo do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, na qual ele mesmo lecionou como parte do corpo docente de 1979 a 1983, como também atuou contra, tanto por omissão quanto deliberadamente, o desenvolvimento institucional desta mesma Casa quanto das Universidades Públicas Paulistas como um todo”, diz o texto.


Leia abaixo:
JOSÉ SERA: PERSONA NON GRATA
A assembleia dos estudantes do Instituto de Economia da UNICAMP, realizada no dia 17/11/2011, deliberou que o ex-governador José Serra fosse declarado persona non grata deste Instituto. Alguns dos motivos para tal declaração são expostos no texto subseqüente que foi redigido a partir de outra deliberação da supracitada assembleia.
Serra e as universidades paulistas

Importante conquista para a comunidade universitária como um todo, USP, UNESP e UNICAMP gozam de autonomia universitária desde 1989. Financeiramente a autonomia se dá via um repasse direto de 9,57% do ICMS arrecadado no estado de São Paulo, o que permitiu evitar a política de “pires na mão” do modelo anterior, que sofria sobressaltos de toda ordem já que os recursos eram repassados sob demanda.

Antes de mais nada, é preciso relembrar o que se passou antes da posse de José Serra no governo de São Paulo: o ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo (do PFL), vetou no último dia útil de seu mandato (29 de dezembro de 2006) o aumento de repasse de verba para as três universidades públicas paulistas (USP, UNICAMP e UNESP) e também para o Centro Paula Souza (responsável pelas faculdades tecnológicas e escolas técnicas). Este aumento tinha sido aprovado pela Assembleia Legislativa depois de pelo menos oito meses de negociação. O repasse previsto seria de 10,43% do ICMS, mas com o veto ficou em 9,57%, uma diferença de cerca de R$ 500 milhões. Segundo declaração1, o ex-governador Cláudio Lembo consultou José Serra antes de tomar a medida afirmando, além disso, que não faltava dinheiro para as universidades públicas e que o problema é a má administração da verba.

As grandes decisões de interesse comum para distribuição e utilização desse repasse é feita pelo Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (CRUESP), que é sempre presidido por um dos três reitores em forma de rodízio.

Em 2007, em seu primeiro mês de mandato como governador do estado José Serra criou a Secretaria do Ensino Superior, a qual vinculou as três universidades paulistas. Além disso, nomeou José Aristodemo Pinotti o qual, por decreto, passou a ser o novo presidente do CRUESP, com poderes acima dos reitores das universidades. Seguindo desta ação autoritária e centralizadora houve o contingenciamento de parte dos repasses às universidades (só no primeiro mês, a USP teve uma perda de R$11,5 milhões, a UNESP recebeu apenas R$ 2,4 milhões de R$ 12,7 milhões e a UNICAMP recebeu R$ 5,5 milhões a menos).

Neste contexto houve uma das greves mais cansativas nas universidades públicas paulistas, com ocupação da reitoria da USP e longo embate até que o governo estadual retrocedesse e alterasse o decreto, devolvendo às universidades parte da autonomia que lhes é de direito.
 

O pacote privatista cindia pesquisa e ensino, sediava a pesquisa em ilhas, associando-a a empresas, substituía o ensino presencial por telecursos e submetia o todo a critérios empresariais.

Resultou em greves por todo o Estado, na primeira ocupação da reitoria da USP (maio-junho, 2007) e na demissão do secretário Pinotti.

O governo, porém, não desistiu. Passou a priorizar a liquidação do movimento que obstou o primeiro carro-chefe da campanha de Serra à Presidência. Fez a reitoria nomear um investigador de polícia como diretor de segurança da USP no final do ano de 2007.

Em 2009, durante o período de negociação de pauta unificada, onde são discutidas as correções salariais para as três universidades, José Serra atuou de forma autoritária novamente, enviando a tropa de choque da PM ao campus, a fim de “garantir o livre acesso” à universidade.

Em janeiro de 2010, José Serra recebeu, em suas mãos, a lista tríplice da USP com os nomes dos três canditados à reitoria que angariaram mais votos dentro da universidade – por tradição e bom senso, sempre foi nomeado o candidato mais votado como reitor tanto na USP, UNESP quanto na UNICAMP. O que sucedeu foi que o candidato mais votado foi preterido em favor de João Grandino Rodas, que deixou a diretoria da Faculdade de Direito da USP (FDUSP) para assumir a Reitoria.

Recentemente, dia 29 de setembro de 2011, a Congregação da Faculdade de Direito da USP (da qual fazem parte alunos, funcionários e professores) decidiu, de forma unânime, considerar o reitor da USP, João Grandino Rodas, “persona non grata” na escola. Além disso, a mesma decidiu ainda encaminhar ao Ministério Público uma lista de medidas tomadas por Rodas, ex-diretor da faculdade, que julga merecedoras de atenção, entre elas gasto com os boletins com críticas pessoais à faculdade, o fechamento da biblioteca da São Francisco, último ato da gestão de Rodas na unidade, a assinatura de um contrato de gaveta para batizar uma sala de aula com o nome do banqueiro Pedro Conde e a transferência para o gabinete da reitoria de dois tapetes orientais doados pela Fundação Arcadas à direção da faculdade. Além disso, Rodas tem passado de autoritarismo por ter autorizado a entrada da Polícia Militar no campus Butantã da USP em 9 de junho de 2009 para reprimir uma manifestação de funcionários e estudantes e em 2007 por ter chamado a tropa de choque da Polícia Militar para acabar com uma ocupação simbólica da Faculdade de Direito, organizada por movimentos sociais.

Tendo este resgate histórico em vista, consta que José Serra não só foi contra, de diversas formas e repetidas vezes, a respeitada linha de pensamento heterodoxo do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, na qual ele mesmo lecionou como parte do corpo docente de 1979 a 1983, como também atuou contra, tanto por omissão quanto deliberadamente, o desenvolvimento institucional desta mesma Casa quanto das Universidades Públicas Paulistas como um todo.

Sendo assim, consideramo-nos obrigados a declarar José Serra como persona non grata desta Casa e encaminhamos, cordial e respeitosamente, o pedido para que seja discutida e avaliada a declaração do mesmo como persona non grata pela Congregação desta Casa.
 
Fonte:Portal Vermelho

Kassab quer “Controlar” todo estado de São Paulo

 
Kassab estava achando pouco a dinheirama que ele estava ganhando. O prefeito paulistano tem pronto um projeto de espalhar a inspeção veicular,para todo Estado de São Paulo

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), aquela do secretário do meio ambiente, duardo Jorge (PV), que está metido nas fraudes da Controlar junto com o Serra e Kassab.... quer implementar um programa de inspeção veicular em 124 cidades de São Paulo até março de 2013.A idéia é atingir todos os municípios das três regiões metropolitanas do estado: São Paulo, Campinas e Baixada Santista, além dos aglomerados urbanos de Sorocaba, Piracicaba e São José dos Campos.

No entanto, ainda há muita divergência sobre o assunto, já que cidades pequenas como Bertioga teria inspeção veicular, enquanto Ribeirão Preto ou Rio Preto não.

Existe um projeto na Assembléia Legislativa de São Paulo desde 2009 para implementar algo semelhante, sendo que no caso, apenas municípios com mais de 200.000 habitantes teriam inspeção geral, enquanto nos demais seria aplicada apenas aos veículos diesel.A proposta recebeu 18 emendas e, segundo a Cetesb, levaria de forma imediata a verificação de poluentes emitidos por veículos dos 124 municípios.

A proposta ainda deve ser analisada pela assembléia e só depois votada para que o governo estadual possa aplicar a nova regra. Os Amigos do Presidente Lula

Enquanto isso, Zé Bolinha de papel critica a economia do Brasil

O Brasil ainda é um país pequeno, diz Serra



É preciso ser muito estúpido, muito cretino, muito safado para dizer uma bobagem dessas.Zé bolinha teve 8 anos do governo FHC para consertar o Brasil e o que se viu, mesmo tendo vendido as nossas estatais, mesmo tendo ido três vezes ao FMI, mesmo arrochando salário do setor público e privado, mesmo aumentando a carga tributária, mesmo desmantelando o Estado, foi um país quebrado, devendo a Deus e ao diabo, com alta taxa de desemprego, com milhões de pessoas na miséria, com inflação galopante, com taxa de juros escorchantes, deixando para o governo Lula uma imensa herança maldita.Agora, ainda ressentido por ter perdido a aleição, aparece para criticar um governo vitorioso, que promoveu, entre outras coisas, a inclusão social de milhões de brasileiros, que não tinham nem o direito de comer uma refeição por dia, gente não tinha nem onde cair morto.Zé bolinha só ganha espaço para falar merda no PiG, isso por ter engordado a suas finanças, com polpudas verbas de publicidades e generosas assinaturas de jornais e  revistas.Vai à merda, Cerra.


O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) fez críticas nesta segunda-feira (28) à posição do Brasil no cenário internacional.

Citando indicadores econômicos e sociais, ele disse que o Brasil ainda é pequeno. "O Brasil ainda é, no contexto da economia mundial, por incrível que pareça, um país pequeno", disse o tucano em palestra no 7º Congresso Paulista de Jovens Empreendedores, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).


Serra citou como exemplos que o Brasil representa 3% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, 2% do comércio mundial e ficou na 75º posição em renda per capita, entre outras coisas.

"Temos um desafio extraordinário pela frente, que é vencer esse quadro de subdesenvolvimento, de não desenvolvimento, de modéstia em relação a avanços sociais e peso na economia mundial."

Ele listou entre as dificuldades histórias do país os períodos de alta inflação, de economia fechada para o exterior e de loteamento de cargos públicos.

Serra afirmou ainda que a atual crise internacional pode ser uma oportunidade para o país. Segundo ele, a crise anterior, entre 2008 e 2009, foi desaproveitada pelo governo federal.

"O Brasil foi o único país do mundo que não baixou os juros, foi uma coisa fenomenal, não há erro mais espetacular de política econômica, é um dos maiores erros do mundo, isso vai virar caso em curso de economia e administração pelo mundo."

Em outra crítica, o tucano afirmou que o setor público virou uma área de lambança. "No Brasil tem muita gente, inclusive na elite, que pensa assim: 'esse país não tem conserto', um sofrem, outros curtem. O governo e o setor público passaram a ser áreas de lambança, de curtição, de quem não tem fé no Brasil."Folha.

'New Yorker' destaca perfil de Dilma e elogia economia brasileira

O perfil da presidente Dilma Rousseff será tema de uma reportagem da revista norte-americana "The New Yorker" que circula na edição do dia 5 de dezembro. Em prévia divulgada no site da revista, a publicação mostra que a análise partirá, principalmente, do momento econômico positivo que o Brasil passa, em comparação à economia mundial, para mostrar quem é a presidente.

 
Sob o título de "The Anointed", a ungida, na tradução literal, remete os feitos de Dilma ao trabalho de seu padrinho e antecessor político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


A reportagem trará fatos da história recente do país, como a ascensão de parte da classe baixa à média em 2010.

 
Depois analisa que o país era "antes um dos mais ignorantes e de economia instável" e hoje vive um momento de crescimento, baixo endividamento, equilíbrio orçamentário e emprego pleno.


Em tom crítico, detalha que o Brasil é, "caoticamente democrático", e tem uma imprensa livre, mas que opera de maneiras condicionadas.

 
Segundo o site, entre os grandes poderes econômicos, o Brasil alcançou algo raro: "alto crescimento, a liberdade política e a diminuição da desigualdade". Nesse contexto, aponta que a força do governo é "Dilma Rousseff".


HISTÓRIA


A reportagem narra a história de Dilma, relatando que, em 2010, Lula a ungiu como sucessora. E que a presidente, agora com 63 anos, era um estudante universitária durante o golpe de 1964 que estabeleceu a ditadura militar no Brasil (1964-1985). Naquele período, ela "rapidamente se radicalizou".


O texto conta que no final dos anos 1960, Dilma foi casada com um militante de oposição à ditadura, Cláudio Galeno Linhares, com quem viveu na clandestinidade, armazenou e transportou armas, bombas e dinheiro roubado, além de planejar e executar ações. Depois, deixou Linhares para se casar com Carlos Araújo.

 
No início de 1970, após ser presa pelos militares, passou três anos na prisão, onde ela teria sido submetido "a tortura extensiva". Segundo a revista, Dilma insiste que nunca esteve pessoalmente envolvida em ações violentas durante seus dias de militante.


Depois de liberada, ela se pós-graduou em economia, se filiou ao PDT e logo começou a trabalhar em cargos de governo em Porto Alegre.

 
Quando presidente, Lula se reuniu com Dilma e "de tão impressionado que ficou, a nomeou ministra de Minas e Energia".

 
E finaliza falando de corrupção: "Mesmo com os numerosos escândalos que têm assolado a administração de Dilma, ninguém acredita que ela seja corrupta".

Uol.

domingo, 27 de novembro de 2011

Sinal Fechado começa a se abrir



por Carlos A. Barbosa | novembro 27, 2011
Parece que o esquema de fraude montado no Detran/RN iniciado no governo Wilma de Faria (PSB) e perpetuado no governo Iberê Ferreira (PSB), despertou grande interesse também de democratas e tucanos no Rio Grande do Norte.


Conversas transcritas pelo Ministério Público Estadual com autorização judicial levam a isso. George Olímpio, considerado o principal cabeça do esquema manteve conversas com o suplente de senador João Faustino (PSDB), que por sua vez falou com o senador José Agripino Maia (DEM) que se comprometeu em ter uma conversa com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e o então secretário-chefe de Gabinete Paulo de Tarso Fernandes. Agripino também teria falado a João Faustino que teria uma conversa com o ministro potiguar José Delgado (STJ) em seu gabinete em Brasília. George Olímpio teria participado também dessa conversa.


Nas transcrições são citadas também o nome do jornalista Cassiano (Arruda) e Marcus Procópio, genro de João Faustino. Cassiano teria falado com João Faustino que se encontrava em São Paulo e que o tucano tinha encontrado uma solução para o impasse criado no governo Rosalba de cancelar o contrato com a Inspar. Diz ainda que Marcus Procópio ligou de um orelhão para Olímpio solicitando a ele para abortar qualquer missão em São Paulo, porque Faustino tinha lhe pedido, “pelo amor de Deus” para não fazer nada em São Paulo.

Nas conversas interceptadas pelo MP fica claro ainda que o vice-governador Robinson Faria (PSD) não concordava com a inspeção veicular e que estava “fora disso” por considerar uma “encrenca”, e que o marido da governadora Rosalba Ciarlini, ex-deputado Carlos Augusto Rosado, não sabia nem quando abriria isso. Segue trechos abaixo:
Faustino garante a George que Agripino iria falar com Rosalba


Jornalista Cassiano Arruda, amigo de José Agripino, é citado na transcrição

Vice-governador Robinson Faria diz que está fora e que isso é encrenca grande

Fonte:Blog do Barbosa
 

Primavera já virou outono

Os egípcios voltaram às ruas para manifestar oposição aos militares que tentam se perpetuar no poder depois da derrubada de Hosny Mubarak. Foram duramente reprimidos no que resultou em mais de 30 mortos.


Os militares, na verdade “militares s.a”, porque controlam setores mais lucrativos da economia egípcia, imaginavam que com alguns paliativos conseguiriam iludir o povo que derrubou Mubarak. O povo mostrou que não é bobo.


Como se o controle da economia pelos militares não bastasse, o Estado egípcio é contemplado com mais de 1,2 bilhão de dólares anuais pelos Estados Unidos, exatamente para manter o principal país árabe em sua área de influência. Os militares pediram desculpas pela repressão, mas não se comprometeram a abandonar o poder mesmo depois das eleições, até porque temem perder as bocas conquistadas nas últimas décadas.


É este verdadeiramente o contexto egípcio, que não pode ser ignorado e para que se julgue o pronunciamento quase diário de líderes ocidentais como Nicolas Sarkozy e Barack Obama ora em apoio às “reformas” (entre aspas mesmo) ou até mesmo nas eventuais críticas à violência. O nome disso é hipocrisia.


Em suma: palavras são palavras, mas a prática é que determina a verdade. Por estas e muitas outras, a chamada Primavera árabe só pode ser considerada primavera se prevalecer a vontade do povo. Com o controle dos militares s.a. no Egito, o outono prevalece, não mais a primavera.


Enquanto isso, na Líbia, o governo que tomou o poder com a derrubada de Muammar Kadhafi, está preparando um espetáculo midiático que antes de começar já se sabe qual será o desfecho. Não é preciso nenhuma bola de cristal para prever que Saif al Islam Kadhafi será condenado à morte pelas acusações que serão apresentadas no julgamento. O governo líbio avisou que não o entregará ao Tribunal Penal Internacional de Haia. Estão preparando um novo show midiático que será apresentado ao mundo e internamente.



O filho de Kadhafi foi preso no deserto quando tentava ir para Niger. A prisão só foi possível graças à delação de um integrante de sua guarda pessoal, devidamente recompensado com 1 milhão de euros, segundo informações.


Por ironia da história, Saif al Islam foi o responsável pela anistia de integrantes da al Qaeda que cumpriam pena na Líbia, inclusive o que posteriormente veio a se tornar o comandante militar do grupo que tomou Trípoli e produziu um espetáculo midiático ao entrar no local onde vivia Kadhafi. Saif era cotado como o sucessor político do pai.


Resta agora aguardar o desenrolar dos acontecimentos para conhecer melhor como será a Líbia, o país com o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do continente africano (0,755), superior inclusive ao do Brasil (0,699).


Aguarda-se também constatar se esse índice utilizado pelas Nações Unidas para verificar como se encontra um país em termos de bem-estar de sua população será mantido. O tempo dirá.



Xooxxoxoxoxoxoxoxoxo

Em Portugal, o socialista Mario Soares, 86 anos, que já exerceu os mais variados cargos, de presidente a primeiro ministro, reapareceu assinando um manifesto conclamando o povo a reagir ao neoliberalismo que está sendo imposto goela a dentro aos portugueses. Os trabalhadores, como em outras partes da Europa, reagem com uma greve geral, enquanto a mídia de mercado faz a apologia dos “técnicos” impostos pelo capital financeiro.


Por aqui a mídia não é muito diferente, embora a crise ainda não tenha aparecido com a intensidade dos países europeus e dos Estados Unidos. Os articulistas de sempre torcem desbragadamente por soluções contrárias aos interesses nacionais e do povo. Silenciam totalmente sobre um grave problema que vem se arrastando há anos, o da dívida pública. São 1 bilhão de reais por dia gastos para o pagamento dessa dívida. E nada comentam sobre o que está na Constituição cidadã de 1988 e não foi cumprida até hoje: a realização de uma auditoria dessa dívida.




Xooxoxoxoxoxoxoxoxoxo

Na quarta-feira, 23 de novembro, por iniciativa do Deputado Paulo Ramos (PDT), a combatente latino-americana Soledad Viedma, assassinada pela ditadura brasileira, recebeu a Medalha Tiradentes pós morte, entregue à filha Ñasaindy.


Paraguaia de nascimento, Soledad engajou-se na luta dos povos contra o autoritarismo e injustiças sociais. Esteve no Uruguai e em determinado momento foi vítima da violência de grupos de extrema direita, que ao detê-la queriam que fizesse uma saudação a Hitler. Soledad se negou a fazê-lo e teve pintada uma suástica em parte do corpo, além de ter sofrido atos de violência física.


O poeta e escritor uruguaio Mario Benedetti a homenageou com um poema musicado pelo cantante e compositor Daniel Viglietti.

 

Em Recife, na década de 70, a equipe de bandidos do delegado Sergio Fleury a matou depois de ter sido delatada por Anselmo dos Santos, o agente da CIA que ganhou o título de cabo da Marinha sem sê-lo.


A solenidade na Alerj foi importante não apenas como reconhecimento a Soledad Viedma como também para que as novas gerações sejam informadas sobre quem lutou para que o Brasil alguma dia pudesse ser um país mais justo e solidário.


E, não podemos deixar de dizer sempre que crimes contra a humanidade cometidos de 64 a 85, que a recém-criada Comissão da Verdade vai investigar, são imprescritíveis. E isso, apesar de a lei de anistia promulgada ainda no período da ditadura e por pressão de grupos que nunca foram julgados, dizer ao contrário.

Mário Augusto JakobskindÉ correspondente no Brasil do semanário uruguaio Brecha. Foi colaborador do Pasquim, repórter da Folha de São Paulo e editor internacional da Tribuna da Imprensa. Integra o Conselho Editorial do seminário Brasil de Fato. É autor, entre outros livros, de América que não está na mídia, Dossiê Tim Lopes - Fantástico/IBOPE .Direto da Redação