sábado, 19 de novembro de 2011

PF investiga se Chevron tentou "roubar"a camada do pré-sal




A petroleira norte-americana Chevron, responsável pelo vazamento de óleo que já dura dez dias na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, é suspeita de tentar alcançar a camada de pré-sal no Campo do Frade. Se a suspeita for confirmada, o episódio se revelará num dos mais emblemáticos casos de agressão à soberania nacional promovida por uma empresa estrangeira. A possibilidade é admitida por técnicos da Agência Nacional do Petróleo, de acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo.


A Polícia Federal, que investiga o caso, desconfia inclusive que o acidente possa ter ocorrido justamente devido à possível perfuração de poços além dos limites permitidos.


Segundo a reportagem, a sonda usada pela Chevron tem capacidade para perfurar até 7,6 mil metros, mais que o dobro do necessário para a perfuração dos quatro poços autorizados no Campo do Frade (de até 1.276 metros de profundidade). A ANP quer saber ainda se houve falhas inclusive na construção do poço e se foi utilizado material inadequado. Também não se sabe se foram feitos os testes de segurança antes do início da perfuração.

Responsável pelo inquérito, o delegado Fábio Scliar, titular da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da PF, disse na reportagem que já existem indícios de que estrangeiros estejam trabalhando ilegalmente no litoral brasileiro. “É algo sério. Se isso for comprovado e esses estrangeiros em situação irregular estiverem recebendo salários no exterior, por exemplo, já se configura crime de sonegação fiscal e de sonegação previdenciária”, disse o delegado ao Estado de S.Paulo. A empresa nega a irregularidade.


Embora nem mesmo a Chevron saiba dizer quantos litros vazaram da plataforma (as estimativas da ANP indicam que a vazão média de óleo derramado estaria entre 200 e 330 barris/dia no período de 8 a 15 de novembro), o episódio pode acelerar a discussão sobre a segurança nacional em torno de sua principal riqueza. Na internet, começam a surgir manifestações para que a empresa estrangeira seja expulsa do País.


O episódio deixou clara também a situação de vulnerabilidade da exploração de petróleo em alto mar, área onde os órgãos fiscalizadores, como o Ibama, não conseguem monitorar de modo eficiente se as empresas cumprem ou não as normas de segurança, conforme reportagem publicada na sexta-feira no site de CartaCapital.


A preocupação se tornou ainda maior depois da notícia de que a empresa Transocean, que faz os trabalhos de perfuração para a Chevron no Campo de Frade, é a mesma que operava a plataforma da British Petroleum, que explodiu no Golfo do México, causando um dos maiores desastres ambientais da história recente.

Apesar do retrospecto da Transocean, o presidente da concessionária brasileira da Chevron, George Buck, disse que confia na empresa e que continuará a operar com ela no Brasil.


A plataforma da Transocean explodiu e afundou em abril de 2010, no Golfo do México, deixando 11 mortos e causando grandes prejuízos. Cerca de 4,9 milhões de barris de petróleo foram derramados no mar e o vazamento durou 87 dias.

*Com informações da Agência Brasil

3 comentários:

J. Carlos/Aju-SE disse...

Terror,
Ainda guardo nos meus arquivos a conversa que o Wikilaeks divulgou entre José bolinha de papel Serra e o pessoal da Chevron, onde ele se compromete a modificar as regras de prospecção de petróleo na camada do pré-sal em favor da Chevron caso ele fosse eleito. Graças a Deus e ao povo brasileiro ele não foi eleito.
E mais recentemente na Comissão do Senado onde o Ministro Carlos Lupi foi ouvido a Senadora Kátia Moto-Serra Abreu que disse claro e em bom tom que o Brasil só deu certo por causa das privatizações e que se a Petrobras tivesse sido privatizada estaria rendendo muito mais. Porém, no palanque, estes entreguistas não só negam que não vão privatizar como também afirmam que vão fortalecer estas empresas.
Terror, o povo brasileiro precisa ser alertado contra estes entreguistas. Parece-me que já está circulando o livro em que a autora inglesa afirma que FHC recebeu dinheiro da C.I.A. por intermédio da Fundação Ford com o objetivo de modificar radicalmente a mentalidade dos jovens universitários. A Rede Globo jura de pé junto que devolveu o dinheiro da TimeLife quando fundou a sua rede de TV. Mas continuou por muitos e muitos anos recebendo os prêmios oferecidos pelos Norte Americanos além do seu jornalismo partidário. O Wikileaks também revelou que o William Waack da TV Globo é informante do consulado Norte Americano assim como o também reporte da Folha de São Paulo Fernando Rodrigues.
Agora surge esta de que o filho do entreguista FHC é testa de ferro dos Norte Americanos na Rádio Disney. Se estes entreguistas estão insatisfeito com o Brasil por que eles não caem fora? Será que é porque não pegou ainda dinheiro o suficiente para viver nababescamente lá fora?

O TERROR DO NORDESTE disse...

J.Carlos, esses demotucanos sãos uns bandidos safados, uns entreguistas sem nenhum limite.Merecem ser queimados no fogo do inferno.Esses bandidos só sobrevivem enquanto políticos porque o PiG protege todos eles.

leonardo-pe disse...

e o mais revoltante nesse caso,é q a"grande mídia"só deu essa notícia quando não tinha mais como esconder!aqui em Pernambuco,os nossos"jornais",não deram sequer nota!só se preocupam com futebol!