Maior defensora da elevação contínua das taxas de juros, a Folha de S.Paulo bem podia ter nos poupado, esta semana dessas suas campanhas permanentes pela taxa Selic lá nas alturas. Mas, não, o jornal não varou a semana sem abordar seus discurso favorito.
Em seu principal editorial desta 6ª feira (ontem), “Mudanças de rumo”, chorou pelo fato de o Comitê de Politica Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) estar desde agosto derrubando estas taxas.
Mas, a Folha errou nesta sua visão de “Mudanças de rumo”, quando afirma que “com a economia em evidente desaceleração, o Banco Central afrouxa medidas para conter o crédito, mas deixa dúvidas sobre o ritmo da queda dos juros”.
É o contrário e só a Folha não viu
É exatamente o o contrário, Folhão, e vocês mesmo, ainda que deem suas interpretações próprias, tem noticiado isto. A cada súmula que divulga ao final das últimas reuniões do COPOM, a cada integra das atas destes encontros que vem a público uma semana depois, e o próprio BC como um todo tem deixado claro que na última programada reunião para este ano, no início de dezembro, e nas próximas de 2012, vai continuar baixando os juros.
O presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, ainda no meio desta semana em palestra e entrevista reafirmou essa disposição. A Folha, como todos os demais veículos de comunicação tem todo o direito de ter seus pontos de vista. Mas, externá-los com correção e reportar os fatos com preccisão, como eles são é a mínima obrigação do jornal.
De nosso lado, dos defensores da queda de juros, só temos motivos para reafirmar que sua queda e a flexibilização de novo do crédito, com a manutenção de politicas de controle indireto de capitais darão espaço para a manutenção e o aumento dos investimentos públicos e privados em 2012.
Queda dos juros ajuda crescimento e desobstrui gargalos
Além do que, evitarão uma valorização cambial artificial imposta por políticas administradas seja pelos Estados Unidos, seja pela China. É a redução dos juros, principalmente, que criará as condições para manter um crescimento econômico com criação de empregos – 2 milhões já foram gerados só neste ano – e aumento da renda.
Com aumento, também, da produtividade de nossa economia, expansão do nosso mercado interno e a integração sul-americana, superando assim os gargalos de infraestrutura, educação e inovação tecnológica que ainda estrangulam nosso sistema produtivo.José Dirceu no Correio do Brasil
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