Sábado, 11 de julho de 2009
HAVANA (Reuters) - O ex-líder cubano, Fidel Castro, previu que a América Latina pode ser assolada por uma onda de golpes militares de Estado a menos que o presidente hondurenho, Manuel Zelaya, seja restituído ao poder depois de ter sido deposto no dia 28 de junho.
Fidel disse, em uma coluna publicada na noite de sexta-feira em um site da internet dirigido pelo governo comunista de Cuba, que os líderes militares direitistas treinados pelos Estados Unidos podem ver-se encorajados a voltar às armas contra seus governos, dependendo do resultado da crise em Honduras.
"Se o presidente Manuel Zelaya não for reintegrado ao seu cargo, uma onda de golpes de Estado ameaça varrer muitos governos na América Latina, ou ficaram estes à mercê dos militares de extrema direita, educados na doutrina de segurança da Escola das Américas," escreveu.
Castro se refere à renomada escola militar norte-americana, na qual milhares de soldados e oficiais latino-americanos foram treinados desde os primeiros dias da Guerra Fria.
Zelaya insiste em regressar ao poder porque crê que "o direito dos povos da América Latina de eleger os seus governantes" está em perigo.
O substituto de Zelaya, Roberto Micheletti, disse que se o mandatário deposto voltar, será para enfrentar a Justiça, afirmando que o presidente violou a Constituição ao tentar eliminar os limites do mandato presidencial.
Representantes de Zelaya e Micheletti iniciaram negociações na Costa Rica para buscar uma solução à crise provocada pelo golpe de Estado.
O aliado socialista mais próximo de Fidel, o presidente venezuelano Hugo Chávez, condenou as negociações e disse que o golpe deve ser revertido. Na sexta-feira, Chávez pediu a aplicação de um embargo comercial contra Honduras.
Zelaya é um dos muitos líderes latino-americanos de tendência esquerdista que se aliaram a Chávez.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também pediu a restituição de Zelaya, mas apoia as negociações com a Costa Rica, mediadas pelo presidente costarriquenho, Óscar Arias, ganhador do prêmio Nobel da Paz.
Fidel disse que Honduras é "um país ocupado pelas forças armadas dos Estados Unidos," devido a uma base militar norte-americana que permaneceu durante anos no país e que teve papel na luta contra as rebeliões esquerdistas da América Central durante a década de 1980.
Fidel Castro, de 82 anos, governou Cuba por 49 anos e, no ano passado, entregou o poder ao seu irmão Raúl Castro. Ele não é visto em público desde ter sido submetido a uma cirurgia intestinal, mas mantém uma forte presença com escritos publicados na imprensa estatal cubana.
Fidel disse, em uma coluna publicada na noite de sexta-feira em um site da internet dirigido pelo governo comunista de Cuba, que os líderes militares direitistas treinados pelos Estados Unidos podem ver-se encorajados a voltar às armas contra seus governos, dependendo do resultado da crise em Honduras.
"Se o presidente Manuel Zelaya não for reintegrado ao seu cargo, uma onda de golpes de Estado ameaça varrer muitos governos na América Latina, ou ficaram estes à mercê dos militares de extrema direita, educados na doutrina de segurança da Escola das Américas," escreveu.
Castro se refere à renomada escola militar norte-americana, na qual milhares de soldados e oficiais latino-americanos foram treinados desde os primeiros dias da Guerra Fria.
Zelaya insiste em regressar ao poder porque crê que "o direito dos povos da América Latina de eleger os seus governantes" está em perigo.
O substituto de Zelaya, Roberto Micheletti, disse que se o mandatário deposto voltar, será para enfrentar a Justiça, afirmando que o presidente violou a Constituição ao tentar eliminar os limites do mandato presidencial.
Representantes de Zelaya e Micheletti iniciaram negociações na Costa Rica para buscar uma solução à crise provocada pelo golpe de Estado.
O aliado socialista mais próximo de Fidel, o presidente venezuelano Hugo Chávez, condenou as negociações e disse que o golpe deve ser revertido. Na sexta-feira, Chávez pediu a aplicação de um embargo comercial contra Honduras.
Zelaya é um dos muitos líderes latino-americanos de tendência esquerdista que se aliaram a Chávez.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também pediu a restituição de Zelaya, mas apoia as negociações com a Costa Rica, mediadas pelo presidente costarriquenho, Óscar Arias, ganhador do prêmio Nobel da Paz.
Fidel disse que Honduras é "um país ocupado pelas forças armadas dos Estados Unidos," devido a uma base militar norte-americana que permaneceu durante anos no país e que teve papel na luta contra as rebeliões esquerdistas da América Central durante a década de 1980.
Fidel Castro, de 82 anos, governou Cuba por 49 anos e, no ano passado, entregou o poder ao seu irmão Raúl Castro. Ele não é visto em público desde ter sido submetido a uma cirurgia intestinal, mas mantém uma forte presença com escritos publicados na imprensa estatal cubana.
Um comentário:
O carniceiro tem razão de temer. Se o caso de Honduras se estender pela Améria Latina, as ditaduras e protoditaduras bolivarianas irão dançar. Até mesmo a ditadura cubana, uma das mais antigas do mundo, estará correndo risco.
Postar um comentário