O Ministério Público Federal do Tocantins apresentou à Justiça dez denúncias criminais contra ex-prefeitos acusados de participar da máfia dos sanguessugas no Estado. O esquema foi descoberto em 2004 pela Controladoria Geral da União e contava com a participação de parlamentares, prefeitos e empresários para superfaturar a compra de ambulâncias e equipamentos médicos pelos municípios. A Polícia Federal deflagrou uma operação em 2006 para desarticular a quadrilha.
Os acusados eram prefeitos dos municípios de Caseara, Colmeia, Itaporã, Porto Alegre do Tocantins, Bernardo Sayão, Ponte Alta do Bom Jesus, Recursolândia, São Valério da Natividade e Aparecida do Rio Negro. Segundo nota do MPF, eles podem responder por dispensa indevida de licitação e por crime contra a responsabilidade na administração municipal. Se condenados, podem pegar até cinco anos de prisão. Eles já estão sendo processados por formação de quadrilha e improbidade administrativa.
As dez denúncias citam os empresários Darci José Vedoin e Luiz Antônio Trevisan Vedoin, apontados como os líderes do esquema. Com as novas denúncias, eles poderão ter de responder também por dispensa indevida de licitação, e corrupção ativa e crime contra a responsabilidade na administração municipal, estando sujeitos a até 17 anos de prisão.
Darci e Luiz Vedoin eram os responsáveis por negociar a aprovação de emendas individuais com os parlamentares para superfaturar a compra dos equipamentos por licitações fraudadas, acertando qual seria a "comissão" dada aos congressistas. De acordo com o MPF, grande parte das emendas do Tocantins foi assinada pelo então deputado federal Amarildo Martins da Silva, o Pastor Amarildo (PSC-TO), também citado nas novas denúncias.
Entre 2000 e 2006, foram fornecidas mais de mil unidades móveis de saúde em licitações fraudadas, que movimentaram mais de R$ 110 milhões.
MPF.
3 comentários:
Ora, nem o PGR teve coragem de "denunciar o chefe da gangue"!
A Catita Abreu é uma grande líder dessa gente. Demoníaca, fria e calculista; constantemente fazendo suas bruxarias no Senado.
Anônimo, teve não, ele só pegou peixe miúdo.
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