segunda-feira, 8 de março de 2010

Dilma é recebida como “presidente” na Rocinha



Mario Hugo Monken, do R7,

.A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi recebida com gritos de “Rocinha presente, Dilma presidente” nesta segunda-feira (8) na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vão inaugurar obras de urbanização do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na Rocinha, maior favela do Rio.

Dilma está acompanhada dos ministros da Cidades, Márcio Fortes, da Saúde, Gomes Temporão, do Trabalho, Carlos Lupi, dos Esportes, Orlando Silva, e da Comunicação, Franklin Martins. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o vice-governador do RJ, Luiz Fernando Pezão, também estão no local para a inauguração. Este é o segundo dia seguido em que a ministra participa de inaugurações no Rio de Janeiro.

Em seu discurso, Lula criticou a imprensa por ter afirmado que o governo federal não investiu no Hospital da Mulher Heloneida Studart, inaugurado no domingo (7), na Baixada Fluminense. Ontem, Dilma participou da inauguração do hospital a convite do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que vai concorrer à reeleição.

..Lula falou que há "desvio" de comportamento na imprensa brasileira. Para ele, a mídia não fala de obras inauguradas. O presidente afirmou que o governo federal fez uma parceria com o Rio, investiu R$ 50 milhões na obra e, com isso, sobrou dinheiro para fazer o hospital.

- Obras inauguradas não merecem matérias. Só merece [reportagens] gafes, erros que se cometeu ou coisa que não aconteceu.

O presidente disse que sua visita, acompanhada da presença de outras autoridades, mostra que as comunidades do Rio devem ser tratadas com respeito e dignidade.

- No meu governo não tem diferença de classe social. Todos têm o mesmo tratamento. [Antes] achavam que pobre não era gente, só era gente em época de eleição.

Lula criticou as pessoas que acham que as favelas só têm bandidos.

- Na rocinha deve ter bandido, mas ninguém diz que tem bandido em prédio chique de Copacabana. Os perseguidos são sempre os pobres

O evento de ontem antecipou de vez a campanha eleitoral. Cabral vai disputar a reeleição ao governo do Estado. Até 2 de abril, a ministra terá de deixar a Casa Civil e não participará mais de inaugurações de obras ao lado do presidente.

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