sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

BNDES aposta alto no potencial de crescimento econômico do Rio Grande do Sul


A taxa de câmbio é madrasta para mercados exportadores, como o do Rio Grande do Sul, mas as dificuldades enfrentadas agora, por causa da excessiva valorização do real em relação ao dólar, serão transitórias. Foi esta a projeção feita pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, na manhã desta sexta-feira (18), em palestra na PUCRS, em Porto Alegre, sobre o novo ciclo de desenvolvimento brasileiro. Na presença do governador Tarso Genro, de membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e de representantes do governo do Estado, ele disse que o BNDES deve investir, neste ano, R$ 11,2 bilhões no Rio Grande do Sul — no ano passado, foram R$ 10,1 bilhões. “Poucos estados têm uma estrutura industrial tão completa e tão diversificada”, destacou.

Esta diversidade, na visão de Coutinho, é que dá ao Estado condições de responder bem às expectativas de desenvolvimento brasileiro e aos impactos da crise econômica que ataca o mundo todo. Citou como exemplos de fortalezas industriais gaúchas os setores metalmecânico, calçadista, moveleiro, vitivinícola e também siderurgia. Apostar no avanço econômico é, para ele, “o caminho indeclinável para fazer o país crescer”. Sobre os efeitos negativos acarretados pelo câmbio, enfatizou que o governo federal tem sabido lidar com a flexibilidade da moeda, com medidas graduais para evitar a apreciação muito elevada do real.

Até setembro, deve ser liberada a primeira parcela de um empréstimo que o governo gaúcho está buscando junto ao BNDES, no total de R$ 1,3 bilhão. Parte dos recursos vão ser aplicados na recapitalização da CaixaRS. O dinheiro beneficiará também projetos de saneamento básico e o setor produtivo. Para o governador Tarso Genro, está definido que o Banco financiará todo o plano de desenvolvimento do Estado, e não apenas algumas obras.

Trunfos econômicos

O Brasil terá de crescer 5% ao ano, afirmou Coutinho, observando que “isso equivale a 7,5% lá do passado”, se for levado em conta o aumento populacional das últimas décadas. O que está viabilizando a expansão da economia nacional, de acordo com o presidente do BNDES, é o mercado interno, puxado pelo consumo básico das famílias, pela construção de habitações e a aquisição de bens duráveis. Petróleo, gás, energia elétrica, logística, oferta de habitação e agronegócio são, segundo ele, os grandes trunfos que vão patrocinar a aceleração econômica daqui para a frente. E no caso do petróleo, a perspectiva ganha peso com a exploração da camada de pré-sal brasileira. “Um dos nossos desafios será tirar proveito para que tenhamos, no país, também uma grande cadeia fornecedora da indústria de petróleo”, frisou. Saneamento e logística crescerão “a taxas expressivas”, conforme as previsões apresentadas.

Luciano Coutinho disse que o mercado interno está se fortalecendo a olhos vistos como resultado da queda do desemprego, que alcançou o índice mais baixo no final de 2010: “É uma situação inédita. Estamos nos aproximando do pleno emprego”. Mais empregos e mais renda estariam levando a uma migração maior das classes D e E para a classe C — o que, de acordo com o presidente do BNDES, vem se dando sem prejuízos às classes A e B. “É uma mobilidade ascendente, que representa esperança ao país”, completou.

Gestão e equipamentos

Sustentar a continuidade desse processo de redução das desigualdades sociais é outro desafio apontado por Coutinho. Da mesma forma — disse ele — terão de ser mantidos os ganhos permanentes em produtividade, porque é isso que permite distribuir renda entre o capital e o trabalho e assegurar empregos. E para tanto, segundo Coutinho, é necessário não apenas capacidade de gestão, mas também investir em equipamentos e em tecnologia da informação. “As políticas têm de ser certeiras nesse foco”, afirmou, acrescentando que tudo isso deve acontecer com a garantia, também, de sustentabilidade ambiental e social.

No que diz respeito à inflação, comparativamente a 2009, Coutinho demonstrou que ela foi maior em 2010, com uma decomposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,9%, — mesmo percentual de 2008 e próximo ao de 2005, que foi de 5,7%. No ano passado, o índice ficou em 4,3%. O menor, de 2005 para cá, foi o de 2006, que fechou em 3,1%. Em 2007, houve elevação para 4,5%. Mas o presidente do BNDES ressalvou que a inflação será mantida sob controle. “Não será necessário, nem seria inteligente, produzir recessão”, salientou. Será necessário, no entanto — reconheceu ele –, frear o consumo e evitar o endividamento das famílias.

Parceria fundamental

O governador Tarso Genro comemorou a projeção de safra recorde no Rio Grande do Sul — deverão ser colhidos 2,3% a mais de grãos neste ano — e disse que, pelo volume de empresas que estão querendo investir no Estado, a parceria do BNDES é muito importante. “Saberemos corresponder a essa confiança”, afirmou. Já o secretário do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Daneris, destacou que está se iniciando, no Rio Grande do Sul, um novo ciclo de desenvolvimento, que será marcado por inclusão social e diálogo: “O Estado quer estar aberto para o mundo não só do ponto de vista econômico, mas também social, tendo o investimento nas pessoas como referência. E contar com o BNDES é fundamental”. Fonte:Sul21

2 comentários:

Anônimo disse...

Tarso é uma das figuras mais ridículas do cenário político riograndino. Como prefeito, foi péssimo, mentiroso, vil e torpe, conseguindo garantir para sí o famoso apelido de o perimptórico Tarso.
Sua passagem pelo ministério da educação foi outro tremendo fracasso, tal desastre só não foi pior por conta de seu sucessor o energúmeno Haadad.
Como ministro da justiça, brincou de xerife do país, colocou a PF em posição ridícula muitas vezes, jogou com os pelegos que possuía junto ao MPF para atacar de forma covarde a governadora Yeda. Hoje, além de se aproveitar do legado deixado, coloca o Estado a beira do abismo financeiro com seus empréstimos.
Capacidade de liderança, de governança e bom senso lhe faltam a todo momento. Incapaz de tomar uma atitude que seja para o benefício do povo. Seus objetivos são sempre claros, "pagar" suas dívidas junto aos companheiros de partido, mesmo que isto signifique o sacrifício do eleitorado ou até mesmo do estado.

VERA disse...

OH!!!! Coitadinha da clepto-ex-governadora Yedinha!!!! Tão indefesa!!! E não é que a "pobrezinha" foi "atacada de forma covarde" pelos terríveis monstros petralhas!!! Sai pra lá, seu tungano pilantra!!!
Engraçado como vcs costumam julgar os outros por si próprios, né não?! "Péssima, mentirosa, vil, torpe, energúmena" são adjetivos que caem feito luva na Quadrilha demo-tucanalha!!! E que "legado" a LADRA Yeda-cruzes deixou, se não um Estado arrasado por 4 anos de espoliação???!!! É para consertar o caos em que essa corrupta deixou o RS, que o Tarso precisa fazer esses empréstimos, viu, seu defensor de LADRÕES!!!