Rachel Duarte
O petista Daniel Bordignon está no segundo mandato na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Nos dois próximos anos ele tem a missão de liderar a bancada do PT, a maior do parlamento gaúcho e a maior da história do partido na Assembleia. São 14 deputados. O ex-prefeito de Gravataí (1996-2000 e 2000-2004) tem, também, a tarefa de apoiar e defender o governador Tarso Genro, primeiro petista eleito no primeiro turno. Sobre o seu partido, ele afirma: “O PT é um partido que choca por ter suas convicções. Diante do PT ninguém fica neutro, pois temos bandeiras e as defendemos. Então, ou tu admira ou tu odeia o PT”.
Bordignon tem a expectativa de uma nova relação entre o executivo e o legilativo gaúchos. Em conversa com o Sul21, ele falou sobre a importância da ampla coalizão experimentada pelo PT na eleição do ex-presidente Lula. O deputado, responsável pela coesão da bancada petista, acredita na maioria construída por Tarso Genro e garante que a base aliada aprovará os projetos do executivo. Com a propriedade de um ex-líder do governo Lula no parlamento gaúcho, Bordignon discorreu sobre temas nacionais, como a relação da religião com a política, a origem do PT e a sua expectativa com a reforma política.
O líder petista criticou a postura da oposição ao governo gaúcho, que, segundo ele, faz um debate evasivo em relação aos projetos encaminhados à Assembleia até agora pelo governador Tarso Genro. Prevendo uma possível instabilidade na base do governo, em consequência das eleições municipais em 2012, ele foi enfático quanto às futuras composições do PT na disputa pela prefeitura de Porto Alegre: “Não tem chance de ficarmos com o PMDB contra os aliados da esquerda no Rio Grande do Sul”.
Sul21 — O senhor foi prefeito de Gravataí por dois mandatos e está no segundo mandato como deputado estadual. Além disso, é um dos quadros antigos do PT e integrante de uma importante corrente do partido. Com foi o seu envolvimento com a política e o PT?
O petista Daniel Bordignon está no segundo mandato na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Nos dois próximos anos ele tem a missão de liderar a bancada do PT, a maior do parlamento gaúcho e a maior da história do partido na Assembleia. São 14 deputados. O ex-prefeito de Gravataí (1996-2000 e 2000-2004) tem, também, a tarefa de apoiar e defender o governador Tarso Genro, primeiro petista eleito no primeiro turno. Sobre o seu partido, ele afirma: “O PT é um partido que choca por ter suas convicções. Diante do PT ninguém fica neutro, pois temos bandeiras e as defendemos. Então, ou tu admira ou tu odeia o PT”.
Bordignon tem a expectativa de uma nova relação entre o executivo e o legilativo gaúchos. Em conversa com o Sul21, ele falou sobre a importância da ampla coalizão experimentada pelo PT na eleição do ex-presidente Lula. O deputado, responsável pela coesão da bancada petista, acredita na maioria construída por Tarso Genro e garante que a base aliada aprovará os projetos do executivo. Com a propriedade de um ex-líder do governo Lula no parlamento gaúcho, Bordignon discorreu sobre temas nacionais, como a relação da religião com a política, a origem do PT e a sua expectativa com a reforma política.
O líder petista criticou a postura da oposição ao governo gaúcho, que, segundo ele, faz um debate evasivo em relação aos projetos encaminhados à Assembleia até agora pelo governador Tarso Genro. Prevendo uma possível instabilidade na base do governo, em consequência das eleições municipais em 2012, ele foi enfático quanto às futuras composições do PT na disputa pela prefeitura de Porto Alegre: “Não tem chance de ficarmos com o PMDB contra os aliados da esquerda no Rio Grande do Sul”.
Sul21 — O senhor foi prefeito de Gravataí por dois mandatos e está no segundo mandato como deputado estadual. Além disso, é um dos quadros antigos do PT e integrante de uma importante corrente do partido. Com foi o seu envolvimento com a política e o PT?
Daniel Bordignon — (Foi nos) Parque dos Anjos em Gravataí. Fui morar perto de uma fábrica de papelão. Toda semana chegavam dois, três caminhões com revistas. Então eu lia muito. Eu adorava as histórias americanas, (como a) Guerra da Independência. Sempre gostei de história. Minha formação teve muita influência das leituras que eu fazia fora da escola. Mas, minha família também sempre teve uma veia contra os ricos. Eu lembro que quando morreu Che Guevara eu tinha oito anos e chorei. Nós ouvíamos tudo no rádio e eu sabia o que estava acontecendo lá. Tínhamos a esperança de que as coisas iriam melhorar na época da ditadura militar, quando o Brizola voltasse do exílio. Então sempre tivemos identidade com a esquerda.
Minha família era do MDB e muito católica. E eu ia à missa todos os finais de semana. A Igreja era um dos poucos espaços de socialização durante o regime militar. Eu participava do movimento de jovens da igreja e do movimento sindical da indústria em que trabalhava. No mesmo período um cara chamado Luiz Inácio Lula da Silva liderava uma greve no ABC. Nós ouvíamos tudo por rádio. Logo em seguida veio a greve dos bancários, liderada por Olívio Dutra, e a da construção civil. O movimento estudantil foi para as ruas. Daí surgiu um desejo de que se tivesse um partido dos trabalhadores. O PT surgiu do fragor da batalha. Nós criamos um partido de esquerda pelos trabalhadores.
“A revolução não se dá do jeito que a gente quer e, sim, do jeito que dá para fazer”
Sul21– Quais as mudanças pelas quais o partido passou e que, hoje, justificam as políticas de alianças, inclusive com partidos do centro, construídas pelo PT?
DB — O PT surgiu de um desejo de revolução. Não é um partido da ordem. Não era um partido de nenhum cargo legislativo. Eram metalúrgicos, professores e estudantes. Em 1974, para a eleição ao Senado, o MDB elegeu 16 senadores e a Arena seis. O partido da ditadura foi derrotado. Não tinha mais base para a ditadura. Foi a transição lenta gradual e segura de Geisel. Mais tarde, no processo de formação do PT, em 1982, existiam duas táticas: a da transformação pelo processo revolucionário e a da ocupação de espaços na institucionalidade, disputando eleições. Optamos por disputar as eleições e elegemos apenas dois vereadores em Porto Alegre. Então, a revolução não se dá do jeito que a gente quer e, sim, do jeito que dá para fazer.
O PT foi se constituindo como um partido de esquerda. Resistimos à cooptação. Em 1985, não fomos ao colégio eleitoral. Fomos o único partido que não foi. Expulsamos três deputados do partido que foram. Nós votamos contra a Constituição de 1988. Portanto, o PT não é um partido igual aos outros. Ele polarizou o país. Evidente que, em 1990, com a queda da União Soviética e do leste europeu todo, aquela visão de esquerda mais tradicional, de tomada do poder pelas armas, como tinha sido na Nicarágua (1979) e Cuba (1959) mudou. Mudou a tática. Até porque não havia mais um ponto de apoio das revoluções no mundo inteiro.
Sul21 — Mas como entender a mudança nas ações dos representantes do PT? Há expectativas de que o partido aja dentro dos seus princípios. Por exemplo, as grandes reformas do país não aconteceram no governo Lula. O senhor acredita que a Reforma Política é a mais próxima de acontecer no governo Dilma?
DB — Se não dá para fazer socialismo, vamos melhorar a vida do povo. Construir propriedades. Mas tudo sempre dependerá da correlação de forças. Vamos fazer o que dá para fazer. O secundário está sempre subordinado ao principal. A Reforma Política depende de maioria no Congresso. Uma coisa é a intenção do governo, outra é a maioria política parlamentar. Nosso sistema político tem graves distorções, que foram mantidas pela Constituição de 88. O sistema majoritário é importante para avanços sociais significativos no país. Se nós tivéssemos o sistema parlamentarista no Brasil seria muito difícil, pois o peso econômico é muito forte nos parlamentares e senadores. O Lula foi eleito em 2002 com quase 60% dos votos e o PT elegeu 82 deputados, em um universo de 513. O campo de esquerda que apoiou o Lula, originalmente, tinha em torno de 110 deputados. Para se ter uma ideia, em 1981, elegemos 11 deputados. Então, é importante ter a maioria. Compor um governo de coalizão, com ministérios pluripartidários. Atender aos interesses dos partidos e aos interesses estaduais. No Congresso, o governo federal tem maioria para votar as questões de interesse do governo, mas temas de interesse do PT não têm. No máximo, de 513 deputados, temos 150 que votam com o PT. Dependemos muito do PMDB, que também é um partido grande. Todos dizem que questões como a reforma política, bem como a tributária, são necessárias. Mas, não se consegue maioria para votar dentro do Congresso. Há muitos setores interessados na manutenção do atual modelo eleitoral, que distorce a representação no Senado, na Câmara. Leia entrevista na integra
8 comentários:
O PT chocapor ser muito mais ladrão do que outros partidos.
Mais ladrão do que o PSDB e o DEM, que estão sempre nas páginas policiais?
SIM!
NÃO!
"Mais LADRÕES que outros partidos" é a DEMO-TUCANALHA, que todo santo dia tem seus "elementos de alta periculosidade" aparecendo nas páginas policiais de jornalecos que ainda não foram COMPRADOS por eles; e/ou CAÇADOS/CASSADOS pelo MP, devido aos CRIMES que cometem, principalmente, por ROUBAR dinheiro da MERENDA das crianças!!! Eita demo-tucanalha ladra, sÔ!!!
"Mais LADRÕES que outros partidos" é a PETRALHADA, que todo santo dia tem seus "elementos de alta periculosidade" aparecendo nas páginas policiais de jornalecos que ainda não foram COMPRADOS por eles; e/ou CAÇADOS/CASSADOS pelo MP, devido aos CRIMES que cometem, principalmente, por ROUBAR dinheiro da MERENDA das crianças (LEMBRAM-SE DO QUE ACONTECEU EM RIBEIRAÕ PRETO?)!!! Eita petralhada ladra, sÔ!!!
Por que EU-ZINHA "MUITAS MENAS CABEÇAS", um véia feiosa, burra e analfabeta, mesmo sabendo de tudo isso, ainda continuo lambendo as botas da corja toda? Bem, EU-ZINHA "MUITAS MENAS CABEÇAS" sou a Vera PETRALHOTÁRIA DEMO-TUNGANONA DA SILVA, falou?
TRATE DE RESPEITAR O MATA-BURROS QUE DEIXEI PRA VOCÊ, "VÉIA"!
Respeite vc o seu "mata-burros", seu BURRO!!!!
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