Baptista Chagas de Almeida e Juliana Cipriani |
Correio Braziliense - 03/05/2011 |
A crise aberta no DEM com a debandada de parlamentares rumo ao PSD teria como pano de fundo uma articulação do ex-governador José Serra (PSDB). Fontes ligadas aos tucanos dão conta de que o candidato derrotado ao Planalto seria um dos operadores da criação da legenda. Já caciques do DEM atribuem a derrocada a manobras do governo federal. Na mesa, a sucessão presidencial de 2014. Serra, primeiro, trabalhou para fazer do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o sucessor dele na Prefeitura de São Paulo, derrotando Geraldo Alckmin, do PSDB. A saída de Kassab para fundar o PSD, agora, seria para esvaziar o DEM, simpático à ideia do tucano Aécio Neves como candidato à Presidência. Entraram ontem na lista de baixas do DEM o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o vice-presidente do partido, Paulo Bornhausen, filho do ex-senador Jorge Bornhausen, aliado de Serra. Pelas contas do DEM, o saldo final deve ser de até 15 transferências. O novo presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), não se intimida. “A essência, os melhores talentos e convicções permanecem. Quem sai é porque teve razões de governismo ou oportunismo.” Agripino e líderes como os deputados ACM Neto e Rodrigo Maia são defensores da candidatura de Aécio à Presidência. As baixas no DEM foram de nomes mais ligados aos serristas. O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) acredita que o governo Dilma Rousseff (PT) esteja usando o poder para sangrar a oposição. “O governo está fazendo jogo desleal, usando pessoas de má-fé acertadas com ele para tirar integrantes da oposição”, disse. |
terça-feira, 3 de maio de 2011
Dedo de Serra em baixas no DEM
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