terça-feira, 21 de junho de 2011

Agência eleva nota do Brasil e elogia Dilma

Correio Braziliense - 21/06/2011
A Moody’s aumentou ontem a nota de risco da dívida brasileira. Na prática, além de considerar a economia do país segura para investimentos, a agência de classificação sinaliza apoio às medidas tomadas pelo governo para conter o crédito e reduzir os gastos públicos.

Segundo a agência Moody%u2019s, ajustes na política econômica garantirão a melhora fiscal a médio e longo prazos


A agência de classificação de risco Moody"s elevou ontem a nota da dívida soberana do Brasil, ao considerar que os últimos ajustes da política econômica garantem a "melhoria nos indicadores fiscais de médio prazo" e permitirão o "desenvolvimento mais sustentado". A alteração do nível Baa3 para Baa2 foi a primeira concedida pela instituição desde que o país atingiu "grau de investimento" (dado por outras avaliadoras), em setembro de 2009. Agora, além de considerar a maior economia latino-americana um porto seguro para os investidores, a Moody"s sinaliza que apoia as medidas da gestão da presidente Dilma Rousseff para conter o crédito e reduzir os próprios gastos com o objetivo de frear a atividade e a alta dos preços.


Na avaliação da agência, a reação do Executivo já se refletiu sobre a inflação e permitiu alcançar, nos primeiros quatro meses, metade do superavit fiscal (economia para o pagamento dos juros da dívida) previsto para este ano. "Embora ainda seja prematuro determinar se as medidas são suficientes, ao menos mostram um suposto compromisso forte para resolver o problema", sublinhou o comunicado da Moody"s. Outro aspecto tido como positivo foi a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB), que está abaixo de 50%. Com isso, a classificação brasileira ganhou ainda "perspectiva positiva", sinalizando que poderá haver nova elevação, para Baa1, dentro de 12 ou 18 meses.


Em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, festejou a avaliação da Moody"s. "Melhorou a percepção do Brasil, que está sendo considerado país de elevada robustez na economia", disse ele, informando que a presidente Dilma ficou satisfeita com a notícia. Mantega ressaltou que a atividade cresce a um ritmo de 4,5% e que a inflação deverá ficar dentro dos limites da meta, entre 6,15% e 6,20%. Ele observou que outros países, sobretudo os desenvolvidos, fizeram o caminho inverso ao do Brasil, buscando acelerar as economias. "Estamos numa velocidade de cruzeiro e os indicadores mostram acomodação da inflação (mensal), perto de zero", comentou.


Para o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, a decisão da Moody"s é mais um reconhecimento da consistência da política econômica e da melhora de seus fundamentos, conseguida com "metas de inflação, câmbio flutuante, acúmulo de reservas internacionais, responsabilidade fiscal e solidez do sistema financeiro". Ele também vê a capacidade de crescer com preços sob controle como resposta à complexidade do cenário externo e à chance de "contínua queda no custo de financiamento do investimento que o país continuará a exigir nos próximos anos".


Roberto Gonzalez, professor da Trevisan Escola de Negócios, lembrou que a elevação da nota brasileira ocorreu num cenário internacional turbulento. "O Brasil ainda tem fragilidades, mas vinha sofrendo de um ceticismo leviano no exterior", afirmou.


Segundo ele, exemplo disso é a desconfiança sobre o cumprimento do calendário de obras para Olimpíadas e Copa do Mundo. "No mesmo prazo, a África do Sul estava mais atrasada para a última Copa e ninguém falou em mudar a sede", lembrou. Gonzalez acha que o governo acerta ao calibrar o crescimento do PIB, afastando o risco de bolhas. "O alívio dado pelas agências sobre os juros é anulado pelas pressões do consumo", finalizou.


Bônus


A Moody"s também elevou as notas de depósitos e bônus em moeda estrangeira dos bancos brasileiros. Entre eles estão o Banco Alfa de Investimento, Bradesco, Citibank, Banco do Brasil (BB), Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Safra, Santander, Banco Votorantim, Caixa Econômica Federal, HSBC Bank Brasil, ING – São Paulo, Itaú Unibanco e Banco Itaú BBA.

2 comentários:

flavio disse...

ja que o brasil reduziu o risco, quero ver o ministro margarina conseguir captar recursos externos pagando juros de 4% ao ano e nao os de 12% ao ano, que com certeza nao cairam um decimo de percentual. Quero ver eles financiarem a divida publica interna de mais de 1 trilhao de dolares equivalentes, sendo que aprox 20% disto e devido a credores internacionais.
quem voces destes blogs sujos que se auto intitulam esgotosfera acham que iludem?
sei que meu post nao sera publicado, pois voces sao lambebotas do petrlhismo. de qualquer forma fica o registro que nao existem tantos imbecis assim quanto voces acham existir. um dia voces cairao

Veralula disse...

Parabéns, Dilma!!!

Continue assim, para EXTERMINARMOS de vez a direitalha da face da terra!!!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK