O IQD (Índice de Qualidade do Desenvolvimento) de agosto registrou a quarta elevação seguida, marcando 282,94 pontos, segundo divulgação do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) desta terça-feira (1º).
Segundo o órgão, que é ligado à Presidência da República, mesmo com a alta, o indicador ainda permanece na área de instabilidade do desenvolvimento. Ou seja, é preciso elevar a pontuação para, no mínimo 301, para que atinja o nível bom, que indica um desenvolvimento consolidado no país, de acordo com a metodologia do levantamento.
"Os 282,94 pontos registrados em agosto continuam distantes da área classificada como ótima, apesar de serem maiores do que o índice apresentado entre março de 2007 e abril de 2008", analisa o Ipea, devido a relação possível com o início da crise --que atinge principalmente os países ricos.
Os subíndices que compõem o IQD (Índice de Qualidade do Crescimento, Índice de Qualidade da Inserção Externa e Índice de Qualidade do Bem-Estar), também apresentaram melhora na comparação com o mês de julho.
O Índice de Qualidade da Inserção Externa, aumentou seis pontos, na relação com julho, alcançando 243,24 pontos. Mesmo com a melhora o subíndice permanece na área classificada como instável, de 200 até 300 pontos.
A renda líquida enviada ao exterior sofreu uma elevação de 1,1% (na série com ajuste), e houve aumento de 2,3% nas reservas internacionais. A proporção de manufaturados no total das exportações caiu em 2,4% no período. Por seu turno, os termos de troca obtiveram uma elevação de 0,6% na série com ajuste.
O Índice de Qualidade do Bem-Estar ficou estável em 342,59 pontos em agosto, com classificação boa (entre 300 e 400 pontos). O desemprego manteve-se estável no mês de agosto e o índice de Gini (que mede o desenvolvimento social) apresentou queda de 0,2% na comparação com julho. O número de pessoas com rendimento superior a R$ 1.660 aumentou 1,7% em agosto.
O Índice de Qualidade do Crescimento voltou a subir no mês de agosto, mas ainda fica na classificação instável, marcando 277,91 pontos, 9,84 a mais do que em julho. Neste grupo, houve aumento no índice folha de pagamentos (1,2%), na produção de bens de consumo (5,5%), e na produção de bens de capital (6,9%).
O levantamento é feito mensalmente desde janeiro de 2009.
CLASSIFICAÇÃO
O Ipea classifica a qualidade do desenvolvimento da seguinte maneira:
Péssimo --de 0 a 100 pontos (há retrocesso econômico e social e declínio do desenvolvimento)
Ruim --de 100 a 200 pontos (baixo ou nenhum crescimento; não há distribuição de renda e inserção externa piora)
Instável --de 200 a 300 pontos (crescimento, distribuição de renda e inserção externa não evoluem na mesma direção)
Boa --de 300 a 400 pontos (menor crescimento, alguma distribuição de renda e pouca melhoria na inserção externa)
Ótima --de 400 a 500 pontos (há significativo crescimento com distribuição de renda e melhor
inserção externa)
Ruim --de 100 a 200 pontos (baixo ou nenhum crescimento; não há distribuição de renda e inserção externa piora)
Instável --de 200 a 300 pontos (crescimento, distribuição de renda e inserção externa não evoluem na mesma direção)
Boa --de 300 a 400 pontos (menor crescimento, alguma distribuição de renda e pouca melhoria na inserção externa)
Ótima --de 400 a 500 pontos (há significativo crescimento com distribuição de renda e melhor
inserção externa)
Folha.
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