sábado, 5 de novembro de 2011

O que está em jogo


Eduardo Bomfim *



Apesar das descomunais pressões contrárias a presidente Dilma manteve com o PCdoB o Ministério do Esporte mais precisamente sob a direção do deputado federal pelo Estado de São Paulo, o alagoano Aldo Rebelo.

Dessa maneira ao atual ministro do Esporte cabe a articulação central, ao lado da Presidência da República, da preparação e consecução dos dois eventos de magnitude planetária que são a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016.

Eles vão envolver diretamente todos os países do mundo e serão acompanhados através da mídia por praticamente todos os cidadãos da Terra. Além disso, vão gerar extraordinários recursos adicionais à receita do Estado brasileiro e à economia do País como um todo.

A preparação e a realização desses dois maiores encontros esportivos da humanidade também vão gerar uma imensa quantidade adicional de empregos nos estados sedes dos encontros esportivos e de tabela por todo o território nacional.

Beneficiarão a indústria do turismo que deve aumentar o investimento em infra-estrutura, oferta de leitos, divulgação dos nossos recursos naturais, patrimônio arquitetônico, histórico, cultural em todo o território nacional.

A alma do povo brasileiro e a nação estarão em evidência global antes, durante e depois da realização dos dois certames mundiais. Tudo isso é muita coisa principalmente se considerarmos que vivemos imersos em uma crise geral do capitalismo, em especial na Europa e nos Estados Unidos.

Quando a presidência da União Européia declara que os cidadãos do velho continente devem se preparar para uma década perdida, de recessão, desemprego e profunda estagnação econômica.

No entanto os Países emergentes continuam a crescer, em especial os BRICS - Brasil, Rússia, China, Índia e a África do Sul, mesmo em ritmo mais lento em decorrência da crise capitalista.

Uma recente pesquisa publicada na BBC de Londres revela que os brasileiros, ao lado dos chineses, indianos, sul-africanos, estão fortemente confiantes em relação ao futuro, ao contrário dos trabalhadores do primeiro mundo que de quebra foram jogados na loucura de agressões armadas pelas quais não são os culpados, mas as suas elites.

A responsabilidade do Ministério do Esporte é imensa e cabe ao Brasil reportar-se como uma referência de paz e progresso social num cenário global de dezenas de milhões de desempregados, violência imperialista, crise financeira mundial e pessimismo generalizado. É o que está em jogo.

* Advogado, membro do Comitê Central do PCdoB

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