São Paulo que já elegeu Jânio, Pitta e Kassab agora ensaia apoiar um novo out-sider para ocupar a cadeira de prefeito da maior cidade brasileira. Com Celso Russomano devorando Serra pelo calcanhar e a expectativa de que sete minutos diários na TV tirem Haddad do ostracismo nos próximos 45 dias, começa nesta 3ª feira a propaganda eleitoral da disputa mais importante do país em 2012 .
A desqualificação da política e, sobretudo a demonização inclemente dos partidos progressistas pela plutocracia paulistana, caninamente ecoada pelo seu dispositivo midiático, explicam em boa parte --e mais que em outros lugares-- a recorrente 'preferência' do eleitorado local, não só de classe média, pelo 'líder independente', o bonaparte engomadinho, 'o que vai lá e faz do seu jeito', aquele que, supostamente, a exemplo do que anuncia de si próprio um dos jornais reprodutores dessa lógica, 'não tem rabo preso com ninguém'.
O analfabetismo político cultivado pela mídia é um dos desafios que as candidaturas progressistas, sobretudo a do PT, terão que enfrentar corajosamente na propaganda eleitoral para torná-la relevante. Cortejar o senso comum oferecendo-lhe confeitos coloridos e melodias rastejantes, a exemplo do jingle tucano, em prejuízo do debate em torno de uma nova estratégia para a cidade e cidadania, dificilmente fará de Haddad um vencedor diante de profissionais do ramo.
A condição subaltera que ocupa nessa largada, todavia, dá ao PT a liberdade para se livrar de enredos de faz de conta e, mais que nunca, pautar a disputa na principal trincheira do capitalismo brasileiro com propostas críveis de reforma urbana e socialização de recursos que quebrem o ceticismo de muitos e a apatia da maioria; e devolvam ao voto a dimensão de uma ferramenta de uso relevante para interferir, de fato, no cotidiano da população. A ver.
A desqualificação da política e, sobretudo a demonização inclemente dos partidos progressistas pela plutocracia paulistana, caninamente ecoada pelo seu dispositivo midiático, explicam em boa parte --e mais que em outros lugares-- a recorrente 'preferência' do eleitorado local, não só de classe média, pelo 'líder independente', o bonaparte engomadinho, 'o que vai lá e faz do seu jeito', aquele que, supostamente, a exemplo do que anuncia de si próprio um dos jornais reprodutores dessa lógica, 'não tem rabo preso com ninguém'.
O analfabetismo político cultivado pela mídia é um dos desafios que as candidaturas progressistas, sobretudo a do PT, terão que enfrentar corajosamente na propaganda eleitoral para torná-la relevante. Cortejar o senso comum oferecendo-lhe confeitos coloridos e melodias rastejantes, a exemplo do jingle tucano, em prejuízo do debate em torno de uma nova estratégia para a cidade e cidadania, dificilmente fará de Haddad um vencedor diante de profissionais do ramo.
A condição subaltera que ocupa nessa largada, todavia, dá ao PT a liberdade para se livrar de enredos de faz de conta e, mais que nunca, pautar a disputa na principal trincheira do capitalismo brasileiro com propostas críveis de reforma urbana e socialização de recursos que quebrem o ceticismo de muitos e a apatia da maioria; e devolvam ao voto a dimensão de uma ferramenta de uso relevante para interferir, de fato, no cotidiano da população. A ver.
Saul Leblon-Carta Maior.
Um comentário:
Companheiro, vamos divulgar o próximo debate de Humberto e mostrar que a experiência é o melhor para seguir em frente.
Há braços.
http://blognemcomento.blogspot.com.br/2012/08/blognemcomento-humbertoeuconfio-debate.html
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