Em 2008, Ana Arraes tentou ressuscitar Projeto de Lei que libera aborto
Foto: Câmara dos Deputados
Por Paulo Veras, repórter do Blog.
Mãe do ex-governador Eduardo Campos (PSB), Ana Arraes, então deputada federal, assinou em 2008 um recurso proposto pelo ex-deputado José Genoíno (PT) para que a Câmara dos Deputados não arquivasse um projeto de lei de 1991 que suprimia o artigo do Código Penal que classifica o aborto como crime. “Suprime o artigo que caracteriza crime o aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento”, diz a ementa do projeto do ex-deputado federal Eduardo Jorge, pré-candidato à Presidência da República pelo PV.
No último domingo (20), o também presidenciável Eduardo Campos defendeu a legislação atual anti-aborto, afirmando que a sua postura é a de um cristão, cidadão e pai de cinco filhos. O pernambucano, que terá a ex-senadora evangélica Marina Silva (PSB/Rede) como vice, fez a afirmação em visita ao Santuário Nacional de Aparecida.
“Acho que a legislação brasileira já é adequada. Acho que minha posição é a posição de todos. Não conheço ninguém que seja a favor do aborto”, afirmou Campos. A declaração causou polêmica nas redes sociais porque grupos feministas defendem o aborto como um direito da mulher sobre o próprio corpo.
O recurso de Genoíno, com a assinatura de Ana Arraes, não avançou e a Mesa Diretora da Casa acabou arquivando o projeto em janeiro de 2011. Em setembro do mesmo ano, a ex-deputada foi eleita como ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) numa articulação comandada por Campos.
Veja a lista de assinaturas do recurso:
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