O governador Eduardo Campos (PSB-PE), na semana passada, andou criticando, e com razão, a decisão do juiz mijão, que redundou na cassação da candidatura de João da Costa.
Ontem, a AMEPE-Associação dos Magistrados de Pernambuco divulgou uma nota condenando a crítica feita por Eduardo Campos.
Ainda ontem, o próprio juiz mijão, cheio de beicinho, criticou o comentário feito por Eduardo. Hoje, já mudou de tom.
A crítica incomodou tanto os atores do golpe contra João da Costa que se falou até em violação do Princípio da Separação dos Poderes, falou-se até de crise das instituições. Por pouco não se ventilou a intervenção federal no Estado de Pernambuco.
Não há motivo para tanta confusão.
Em primeiro lugar, estranhou-me o comportamento da AMEPE que, de um lado, ao mínimo, não censurou a conduta do magistrado, quando este foi flagrado urinando em local público (ato obsceno), pior, na entrada de um campo de futebol, onde sabidamente comparecem dezenas de mulheres e crianças, e em manifesto abuso de autoridade. Do outro, censura uma crítica de um cidadão que tem todo o direito de se expressar sua revolta contra um ato com nítido caráter de golpismo contra a vontade popular.
A AMEPE tem de entender que nenhum juiz está acima da lei, que todos os juízes ((alguns por motivos inconfessáveis) cometem erros, tanto é que a Constituição Federal, no seu artigo 5º LXVV, prevê a hipótese de condenação do Estado em face de erro judiciário, e que esses erros merecem a censura, o repúdio de toda sociedade.
Mais: negar o direito de um cidadão, ainda que no cargo de governador, criticar uma decisão do Poder Judiciário é querer negar o próprio Princípio do Duplo Grau de Jurisdição.
Em segundo lugar, o juiz, que adora tirar água do joelho em público, deve entender também que ele não tem autoridade para criticar quem quer que seja, que Eduardo Campos tem todo direito de criticar sua teratológica decisão, uma decisão que violou profundamente a soberania popular.Para mim tanto é ciminoso quem pratica ato obsceno como quem mete as mãos no dinheiro púbico.Chega de hipocrisia!
Por fim, já ouvi comentário que a decisão do TRE vai ser mantida, tendo em vista que a maioria dos seus membros é aliada de Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho, a começar pela juíza Margarida Cantarelli, ex-candidata, pela antiga ARENA, ao Senado pelo Estado de Pernambuco, e ex-Secretária da Educação da cidade do Recife na admnistração de Roberto Magalhães(DEM-PE), a mesma que determinou a violação do sigilo do processo contra João da Costa.
Resta ao povo do Recife ficar de olho nesses "juízes" do Tribunal Regional Eleitoral, verdadeiros representantes da direita golpista de Pernambuco.
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