sábado, 27 de setembro de 2008

TEM MAL QUE VEM PARA O BEM


Alckmin no tudo ou nada
26/09/2008
A eleição para a prefeitura na maior cidade do País está indefinida, mas quem imagina chegar ao segundo turno já corre atrás de apoios. Desenha-se no momento uma aproximação entre petistas e tucanos pró-Alckmin na segunda etapa da disputa eleitoral, caso o ex-governador realmente fique fora.

Uma sinalização de possível acordo já foi dada: o advogado Mário Covas Neto, o Zuzinha, filho de Mário Covas (morto em 2001), e o ex-secretário de Segurança Pública no governo Covas Marco Vinício Petrelluzzi participaram de um jantar em homenagem à candidata do PT à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, no dia 12, na casa de Marcio Toledo, presidente do Jockey Club de São Paulo.

Amigo do vice na chapa petista, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB), Toledo apostou em duas frentes. Como pessoa jurídica, organizou jantar na sede do Jockey, no dia 10, para Geraldo Alckmin, o candidato do PSDB à prefeitura. Como pessoa física, fez o evento para Marta, dois dias depois, em sua casa. Estavam lá também integrantes do PMDB e do PV descontentes com o apoio de seus partidos à candidatura do atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM). Outro sinal revelador das avançadas negociações de bastidores foi um jantar, há duas semanas, entre um parlamentar tucano aliado de primeira hora de Alckmin e o petista Valdemir Garreta, um dos coordenadores da campanha de Marta.

Em curva ascendente nas pesquisas, Kassab tende a ser o adversário de Marta no segundo turno. Pelos números do Datafolha, a petista lidera com 37% e Kassab e Alckmin seguem empatados em segundo lugar, com 22%. Considerado a “jóia da coroa” do DEM nas eleições municipais deste ano, Kassab melhorou sua imagem após o início do horário eleitoral gratuito na tevê. Aliados do democrata dizem que pesquisas internas – o chamado tracking, consultas feitas ao telefone –, indicariam para ele 7 pontos de vantagem sobre o candidato do PSDB. No auge da campanha, a cena constrangedora de Alckmin em almoço solitário em um restaurante popular, no domingo 21, não é um mero acaso.

Em uma carreata na semana passada, o tucano teve de empurrar o próprio carro. Hoje, boa parte do PSDB apóia Kassab, ex-vice de José Serra eleito numa coligação. Secretários tucanos continuaram na administração após a saída de Serra para disputar o governo do Estado e assumiram depois a campanha à reeleição do democrata, enquanto Alckmin insistiu em sua própria candidatura. O partido se dividiu.
Fonte:CartaCapital.
Comentário.
Tem mal que vem para o bem.
Este é um caso típico do que se afirma aqui.
Bom para Marta, claro.

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