Nepotismo por amor
Já se disse que o Brasil carece apenas de uma lei, com um único parágrafo: cumpra-se a lei. Talvez. Mas como seriam tratados os casos em que a lei é violada pelos próprios juízes?É o que ocorre na primeira circunscrição da Justiça Militar, no Rio de Janeiro.
Uma denúncia feita, em agosto, pelo Sindicato dos Servidores da Justiça Militar Federal, abriu um processo no Conselho Nacional de Justiça em razão de três funcionários com “afinidade em primeiro grau” com os juízes Edmundo Franca e Antonio Cavalcanti Siqueira Filho.Essa situação viola uma resolução do CNJ, de 2005, que veda a prática de nepotismo.
Segundo o advogado Rudi Cassel, que atua em nome do sindicato, “os três casos configuram nepotismo”.Siqueira Filho manteve um enteado no cargo de diretor do Foro da Circunscrição Militar até 25 de agosto passado.Os dois outros casos estão relacionados a Edmundo Franca, presidente da prestigiada Associação dos Magistrados da Justiça Militar Federal. Um deles, estagiário, não teve o estágio renovado, em junho passado. Mas a diretora de Secretaria permanece no cargo.
O juiz informou ao CNJ que tem apenas uma relação amorosa com a mãe da funcionária. Há, porém, no processo documento que comprova “união estável”.“O magistrado terá de explicar essa contradição”, diz o advogado. O nepotismo é agarrado à administração pública como a craca se agarra ao rochedo. Para evitá-la não tem bastado a lei.
Maurício Dias, CartaCapital.
Comentário.
A justiça do Brasil é assim:
É juiz indiciado por ato obsceno(urinar em publico) tornando inelegível candidato líder nas pesquisas.
É juiz desrespeitando norma emanada do próprio Poder Judiciário, ao nomear parente sem concurso, a começar pelo presidente do Supremo Tribunal Federal.
É ministro livrando da cadeia, na calada da noite, banqueiro ladrão.
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