27 DE JUNHO DE 2009
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje em Porto Alegre, no 10 Fórum Internacional Software Livre - fisl10 - que no governo dele é proibido proibir. A frase de Lula foi uma referência ao projeto de lei do senador Eduardo Azeredo, que propõe vigilância na internet. O presidente foi ovacionado pelos milhares de participantes em sua primeira visita ao fisl, que mostraram uma faixa a ele, pedindo que vete a lei Azeredo. Sem afirmar que vai vetá-la, mas sinalizando que se trata de censura na internet, Lula disse que antes o projeto precisa passar pelo Congresso.
O presidente chegou acompanhado da Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, do reitor da PUCRS, Joaquim Clotet, ministros e vários parlamentares, e foi recebido pelo coordenador-geral do fisl10, Marcelo Branco. Após passar pelo que considerou ''um corredor polonês'', quando visitou a exposição e a área destinada aos grupos de usuários, onde distribuiu autógrafos, abraços e pousou para fotos, Lula falou para um grupo de aproximadamente 300 pessoas, num dos auditórios do evento.
Antes do pronunciamento do presidente, falaram Marcelo Branco e a ministra Dilma. Branco afirmou que ''a revolução que estamos vivenciamos não é apenas tecnológica. É uma verdadeira mudança de atitude nas pessoas. O conhecimento não está mais apenas concentrado dentro das grandes corporações, visto que pode ser acessado de qualquer lugar pela internet''.
Muito aplaudida pelo público, a ministra Dilma Rousseff ressaltou em seu discurso os investimentos do governo federal em tecnologias livres. Segundo ela, mais de R$ 370 milhões foram economizados com a implantação de softwares que não exigem o pagamento de licenças. Ressaltou, ainda, que este dinheiro gera investimentos em importantes ações sociais.''As semelhanças que nos unem são muito maiores do que as diferenças. Estamos voltando a afirmar que um outro mundo é possível. E ele está sendo construído, aqui, por vocês'', afirmou.
Sobre o Blog do Planalto, a ministra Dilma informou se tratar de uma moderna ferramenta que se adapta a uma nova realidade. ''No Brasil, existem cerca de um mihão de blogs, produzidos por jovens com menos de 25 anos. É com este público que queremos dialogar'', explicou.
Carismático, o presidente Lula divertiu o público, com suas habituais metáforas. ''Agora que o prato está pronto, é fácil comer. Mas, elaborar este prato não foi brincadeira'', disse, referindo-se à idealização da cultura do software livre. ''Foi quando decidimos se iríamos para a cozinha preparar o nosso prato, com nossos próprios temperos, ou iríamos comer o prato que a Microsoft queria que a gente comesse, que decidimos pela liberdade'', frisou, recebendo empolgados aplausos.
Para o presidente, o software livre proporciona aos brasileiros a oportunidade da inovação, respeitando a criatividade e a particularidade do povo. ''Estamos descobrindo que ninguém é melhor do que nós. Apenas precisamos de oportunidades''.
Minutos antes do pronunciamento do presidente da República, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, se aproximou da área onde estavam os jornalistas e afirmou ser contra o projeto-lei cybercrimes, proposto pelo senador Eduardo Azeredo, que está na Câmara dos Deputados.
''Eu, pessoalmente, sou contra a lei de restrições na internet. A internet é livre, e deve se ter muito cuidado com o início de restrições para que não se inicie novamente um período de cercamento da liberdade de expressão.'' afirmou o ministro.
Fonte: Fórum Internacional de Software Livre (http://www.fisl.org.br)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje em Porto Alegre, no 10 Fórum Internacional Software Livre - fisl10 - que no governo dele é proibido proibir. A frase de Lula foi uma referência ao projeto de lei do senador Eduardo Azeredo, que propõe vigilância na internet. O presidente foi ovacionado pelos milhares de participantes em sua primeira visita ao fisl, que mostraram uma faixa a ele, pedindo que vete a lei Azeredo. Sem afirmar que vai vetá-la, mas sinalizando que se trata de censura na internet, Lula disse que antes o projeto precisa passar pelo Congresso.
O presidente chegou acompanhado da Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, do reitor da PUCRS, Joaquim Clotet, ministros e vários parlamentares, e foi recebido pelo coordenador-geral do fisl10, Marcelo Branco. Após passar pelo que considerou ''um corredor polonês'', quando visitou a exposição e a área destinada aos grupos de usuários, onde distribuiu autógrafos, abraços e pousou para fotos, Lula falou para um grupo de aproximadamente 300 pessoas, num dos auditórios do evento.
Antes do pronunciamento do presidente, falaram Marcelo Branco e a ministra Dilma. Branco afirmou que ''a revolução que estamos vivenciamos não é apenas tecnológica. É uma verdadeira mudança de atitude nas pessoas. O conhecimento não está mais apenas concentrado dentro das grandes corporações, visto que pode ser acessado de qualquer lugar pela internet''.
Muito aplaudida pelo público, a ministra Dilma Rousseff ressaltou em seu discurso os investimentos do governo federal em tecnologias livres. Segundo ela, mais de R$ 370 milhões foram economizados com a implantação de softwares que não exigem o pagamento de licenças. Ressaltou, ainda, que este dinheiro gera investimentos em importantes ações sociais.''As semelhanças que nos unem são muito maiores do que as diferenças. Estamos voltando a afirmar que um outro mundo é possível. E ele está sendo construído, aqui, por vocês'', afirmou.
Sobre o Blog do Planalto, a ministra Dilma informou se tratar de uma moderna ferramenta que se adapta a uma nova realidade. ''No Brasil, existem cerca de um mihão de blogs, produzidos por jovens com menos de 25 anos. É com este público que queremos dialogar'', explicou.
Carismático, o presidente Lula divertiu o público, com suas habituais metáforas. ''Agora que o prato está pronto, é fácil comer. Mas, elaborar este prato não foi brincadeira'', disse, referindo-se à idealização da cultura do software livre. ''Foi quando decidimos se iríamos para a cozinha preparar o nosso prato, com nossos próprios temperos, ou iríamos comer o prato que a Microsoft queria que a gente comesse, que decidimos pela liberdade'', frisou, recebendo empolgados aplausos.
Para o presidente, o software livre proporciona aos brasileiros a oportunidade da inovação, respeitando a criatividade e a particularidade do povo. ''Estamos descobrindo que ninguém é melhor do que nós. Apenas precisamos de oportunidades''.
Minutos antes do pronunciamento do presidente da República, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, se aproximou da área onde estavam os jornalistas e afirmou ser contra o projeto-lei cybercrimes, proposto pelo senador Eduardo Azeredo, que está na Câmara dos Deputados.
''Eu, pessoalmente, sou contra a lei de restrições na internet. A internet é livre, e deve se ter muito cuidado com o início de restrições para que não se inicie novamente um período de cercamento da liberdade de expressão.'' afirmou o ministro.
Fonte: Fórum Internacional de Software Livre (http://www.fisl.org.br)
2 comentários:
Ah, então "é proibido proibir"? Agora eu entendo as ilimitadas concessões que os lulopetistas têm feito para si e para os seus aliados, na ocupação e privatização de empresas públicas e em todas as outras esferas de exercício do seu poder discricionário. E a impunidade que as rege.
Suponho até que, se não fosse proibido proibir, já nem haveria mais o desgoverno do "Cel" Lula da Silva.
Já em relação ao projeto do Azeredo, Lula está jogando para a platéia. Será que há neste país algum idiota que ainda não tenha percebido que o seu grande sonho é controlar, à la Chavez, todo o processo de comunicação no país?
Você não tem outro assunto para falar não? É Lula, Lula, Lula, parece um disco arranhado. Você tem alguma fixação especial na pessoa dele? Isto já nem é mais o exercício democrático do direito de divergir, e sim o resultado de uma obsessão pela pessoa do Presidente.
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