30 DE JUNHO DE 2009
Rui Nogueira vai levar na biografia o fato de — por amizade — ter indicado o livro de um ex-sócio para a cadeira de ética das faculdades de jornalismo. Imperdoável, conhecendo-se o teor do livro e o tipo de jornalismo praticado.
Por Luis Nassif, em seu blog
Mas não tira seu mérito de ter se tornado um jornalista exigente, a ponto de assumir o comando da sucursal do Estadão em Brasília.
Por isso mesmo, duvido que a reportagem do Estadão — que parecia o último baluarte do jornalismo objetivo — sobre Arthur Virgilio tenha saído da sucursal no formato em que foi editado.
Arthur Virgilio vai à Tribuna para se defender de acusações. Não explicou coisa nenhuma:
1. Disse que os US$ 10 mil que pegou emprestado de Agaciel foram pagos por três funcionários do seu gabinete, que se cotizaram. Agaciel diz que não. Ou Virgilio não pagou ou apropriou-se de salários de contratados do seu gabinete.
2. Não explicou os R$ 723 mil que o Senado bancou do tratamento de saúde de sua mãe.
3. Apesar do tom contrito, não explicou a nomeação de parentes e apadrinhados de assessores seus (matéria de hoje na Folha).
4. Travestiu uma mamata — o filho de um amigo recebendo do seu gabinete e trabalhando na Europa — em denúncia sobre quem teria vazado a informação.
O que faz o Estadão? Os seis primeiros parágrafos da matéria — que, lembre-se, é sobre as explicações de Virgilio para suas lambanças — são dedicados a ataques aos adversários do catão. O penúltimo a explicações — incompletas — sobre as acusações de que é alvo. O último, em Virgilio acusando quem vazou a informação sobre a mamata com o filho do amigo. A reportagem não cobra explicação de Virgilio para a mamata e ainda coloca o acusado de vazamento se explicando.
Título da matéria: “Virgílio faz denúncia contra senador ao Conselho de Ética”. Dá para levar o jornal a sério?
Como disse o diretor de redação do Estadão: a edição é um dos pressupostos da liberdade de imprensa. Pergunto: como o Manual de Redação do jornal trataria essa manipulação óbvia da edição?
Rui Nogueira vai levar na biografia o fato de — por amizade — ter indicado o livro de um ex-sócio para a cadeira de ética das faculdades de jornalismo. Imperdoável, conhecendo-se o teor do livro e o tipo de jornalismo praticado.
Por Luis Nassif, em seu blog
Mas não tira seu mérito de ter se tornado um jornalista exigente, a ponto de assumir o comando da sucursal do Estadão em Brasília.
Por isso mesmo, duvido que a reportagem do Estadão — que parecia o último baluarte do jornalismo objetivo — sobre Arthur Virgilio tenha saído da sucursal no formato em que foi editado.
Arthur Virgilio vai à Tribuna para se defender de acusações. Não explicou coisa nenhuma:
1. Disse que os US$ 10 mil que pegou emprestado de Agaciel foram pagos por três funcionários do seu gabinete, que se cotizaram. Agaciel diz que não. Ou Virgilio não pagou ou apropriou-se de salários de contratados do seu gabinete.
2. Não explicou os R$ 723 mil que o Senado bancou do tratamento de saúde de sua mãe.
3. Apesar do tom contrito, não explicou a nomeação de parentes e apadrinhados de assessores seus (matéria de hoje na Folha).
4. Travestiu uma mamata — o filho de um amigo recebendo do seu gabinete e trabalhando na Europa — em denúncia sobre quem teria vazado a informação.
O que faz o Estadão? Os seis primeiros parágrafos da matéria — que, lembre-se, é sobre as explicações de Virgilio para suas lambanças — são dedicados a ataques aos adversários do catão. O penúltimo a explicações — incompletas — sobre as acusações de que é alvo. O último, em Virgilio acusando quem vazou a informação sobre a mamata com o filho do amigo. A reportagem não cobra explicação de Virgilio para a mamata e ainda coloca o acusado de vazamento se explicando.
Título da matéria: “Virgílio faz denúncia contra senador ao Conselho de Ética”. Dá para levar o jornal a sério?
Como disse o diretor de redação do Estadão: a edição é um dos pressupostos da liberdade de imprensa. Pergunto: como o Manual de Redação do jornal trataria essa manipulação óbvia da edição?
Um comentário:
Esse Luís Nassif é o mesmo Luís Nassif do PIG lulopetista? Se for, a sua opinião é manipulada e não merece ser levada em consideração.
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