23/06/2009
Mesmo após demissões, Beto Richa mantém cinco filiados ao PRTB na Prefeitura de Curitiba
Mesmo após demissões, Beto Richa mantém cinco filiados ao PRTB na Prefeitura de Curitiba
Agência Folha, em Porto Alegre
Dos 28 candidatos a vereador do PRTB que desistiram de disputar as eleições de 2008 para apoiar a candidatura à reeleição do prefeito Beto Richa (PSDB), cinco ainda trabalham na Prefeitura de Curitiba. Um deles atua no gabinete dele.
Outras três pessoas foram demitidas na quinta passada, após a revelação de um vídeo em que 24 dos ex-concorrentes, incluindo os cinco servidores, recebiam dinheiro e promessa de um cargo na prefeitura se desistissem da disputa.
A suspeita é que tenha havido caixa dois na campanha, já que esses supostos pagamentos aos desistentes não foram contabilizados na prestação de contas entregue pelo comitê do prefeito à Justiça Eleitoral.
Na campanha, o PRTB se coligou com o PTB, indicando o candidato a vice na chapa do petebista Fabio Camargo.
Escalado por Richa para falar sobre o assunto, o tesoureiro da campanha de reeleição do tucano, Fernando Ghignone, afirma que os funcionários foram reconduzidos a cargos que já ocupavam antes do pleito.
Segundo a prefeitura, dos cinco ex-candidatos, dois são servidores de carreira que ocupam função gratificada desde o início da gestão Richa, em janeiro de 2005. São eles: Cristiane Fonseca Ribeiro, chefe de gabinete da Secretaria de Trabalho, e Nelson Bientinez Filho, coordenador de projetos da Secretaria de Esporte.
Outros dois servidores são comissionados (sem concurso público): Luiz Carlos Pinto, assessor na Secretaria de Governo desde 1996, e o ex-vereador Luiz Carlos Déa, que foi gestor público na Secretaria de Esporte entre 2005 e 2007 e voltou à função em 2009.
Gilmar Luiz Fernandes, que também desistiu de concorrer para apoiar o prefeito, é funcionário do governo do Estado e está à disposição da prefeitura desde 2001. Oficialmente, ele ocupa a função de assessor técnico na Secretaria de Governo. A Folha apurou que ele atua no gabinete de Richa.
O caso veio à tona depois da divulgação de um vídeo que mostra o ex-presidente municipal do PRTB Alexandre Gardolinski supostamente distribuindo dinheiro e prometendo cargos para os candidatos que desistissem de concorrer para apoiar Richa. O vídeo foi gravado em setembro de 2008.
Dono do notebook em que foram gravadas cerca de cinco horas de atividades supostamente ilegais, o ex-funcionário da Secretaria de Governo, Rodrigo Oriente, que trabalhou no comitê dos dissidentes, entregou as gravações ao procurador regional eleitoral, Néviton Guedes, em 12 de junho.
A Folha apurou que Oriente declarou ao procurador que a principal atividade do comitê era "desestabilizar a campanha de Fabio Camargo", candidato derrotado por Richa. Ele também afirmou que os dissidentes recebiam "recursos não contabilizados".
Por meio da assessoria, o procurador só disse que está investigando o assunto.
Hoje, os cinco vereadores da oposição, todos do PT, se reúnem com membros de outros partidos para tentar dar início à uma CPI para investigar o suposto crime eleitoral. Para instalar uma CPI, são necessárias 13 assinaturas. A base de Richa tem 33 dos 38 vereadores.
Fabio Camargo disse ontem que é amigo pessoal de Beto Richa e que se sentiu traído pela suposta tentativa de desarticular sua campanha.
O tesoureiro da campanha de reeleição de Beto Richa (PSDB) à Prefeitura de Curitiba, Fernando Ghignone, afirmou que a coligação liderada pelos tucanos não é a origem dos pagamentos em dinheiro feitos pelo "Comitê Lealdade" a dissidentes do PRTB, em 2008.
Ghignone disse que o comitê onde eram feitos os pagamentos em dinheiro era "independente", coordenado por "voluntários" e que, por isso, a campanha de Richa não tem responsabilidade sobre o que aconteceu ali.
"O prefeito não tem nada que ver com isso, o comitê era independente e tem de responder pelos seus atos", disse.
Ele afirmou, contudo, que "despesas eventuais", como o pagamento de lanches ou gasolina aos "voluntários" do PRTB, foram pagas pela campanha tucana "mediante apresentação de nota fiscal". Ghignone não revelou quanto foi pago.
Na prestação entregue à Justiça Eleitoral não constam nenhum pagamento feito a um dos 28 dissidentes do PRTB.
O tesoureiro da campanha também negou que os cargos de confiança ou funções gratificadas na prefeitura tenham sido uma recompensa política aos dissidentes do PRTB.
Segundo ele, os oito aliados foram reconduzidos aos cargos, que ocupavam durante o primeiro governo e dos quais se afastaram no período eleitoral.
A Folha não conseguiu localizar Alexandre Gardolinski, que aparece nos vídeos distribuindo dinheiro. Recados foram deixados com familiares e não houve resposta até a conclusão desta edição.
Em entrevista publicada no jornal "Gazeta do Povo", ele sustentou a versão de que o "Comitê Lealdade" era independente, isentando a campanha de Richa de responsabilidade pelos pagamentos. Ele se recusou a revelar a origem do dinheiro distribuído aos ex-candidatos.
A Folha não conseguiu localizar Marinete Silva ontem à tarde. O telefone de sua residência estava desligado.
Dos 28 candidatos a vereador do PRTB que desistiram de disputar as eleições de 2008 para apoiar a candidatura à reeleição do prefeito Beto Richa (PSDB), cinco ainda trabalham na Prefeitura de Curitiba. Um deles atua no gabinete dele.
Outras três pessoas foram demitidas na quinta passada, após a revelação de um vídeo em que 24 dos ex-concorrentes, incluindo os cinco servidores, recebiam dinheiro e promessa de um cargo na prefeitura se desistissem da disputa.
A suspeita é que tenha havido caixa dois na campanha, já que esses supostos pagamentos aos desistentes não foram contabilizados na prestação de contas entregue pelo comitê do prefeito à Justiça Eleitoral.
Na campanha, o PRTB se coligou com o PTB, indicando o candidato a vice na chapa do petebista Fabio Camargo.
Escalado por Richa para falar sobre o assunto, o tesoureiro da campanha de reeleição do tucano, Fernando Ghignone, afirma que os funcionários foram reconduzidos a cargos que já ocupavam antes do pleito.
Segundo a prefeitura, dos cinco ex-candidatos, dois são servidores de carreira que ocupam função gratificada desde o início da gestão Richa, em janeiro de 2005. São eles: Cristiane Fonseca Ribeiro, chefe de gabinete da Secretaria de Trabalho, e Nelson Bientinez Filho, coordenador de projetos da Secretaria de Esporte.
Outros dois servidores são comissionados (sem concurso público): Luiz Carlos Pinto, assessor na Secretaria de Governo desde 1996, e o ex-vereador Luiz Carlos Déa, que foi gestor público na Secretaria de Esporte entre 2005 e 2007 e voltou à função em 2009.
Gilmar Luiz Fernandes, que também desistiu de concorrer para apoiar o prefeito, é funcionário do governo do Estado e está à disposição da prefeitura desde 2001. Oficialmente, ele ocupa a função de assessor técnico na Secretaria de Governo. A Folha apurou que ele atua no gabinete de Richa.
O caso veio à tona depois da divulgação de um vídeo que mostra o ex-presidente municipal do PRTB Alexandre Gardolinski supostamente distribuindo dinheiro e prometendo cargos para os candidatos que desistissem de concorrer para apoiar Richa. O vídeo foi gravado em setembro de 2008.
Dono do notebook em que foram gravadas cerca de cinco horas de atividades supostamente ilegais, o ex-funcionário da Secretaria de Governo, Rodrigo Oriente, que trabalhou no comitê dos dissidentes, entregou as gravações ao procurador regional eleitoral, Néviton Guedes, em 12 de junho.
A Folha apurou que Oriente declarou ao procurador que a principal atividade do comitê era "desestabilizar a campanha de Fabio Camargo", candidato derrotado por Richa. Ele também afirmou que os dissidentes recebiam "recursos não contabilizados".
Por meio da assessoria, o procurador só disse que está investigando o assunto.
Hoje, os cinco vereadores da oposição, todos do PT, se reúnem com membros de outros partidos para tentar dar início à uma CPI para investigar o suposto crime eleitoral. Para instalar uma CPI, são necessárias 13 assinaturas. A base de Richa tem 33 dos 38 vereadores.
Fabio Camargo disse ontem que é amigo pessoal de Beto Richa e que se sentiu traído pela suposta tentativa de desarticular sua campanha.
O tesoureiro da campanha de reeleição de Beto Richa (PSDB) à Prefeitura de Curitiba, Fernando Ghignone, afirmou que a coligação liderada pelos tucanos não é a origem dos pagamentos em dinheiro feitos pelo "Comitê Lealdade" a dissidentes do PRTB, em 2008.
Ghignone disse que o comitê onde eram feitos os pagamentos em dinheiro era "independente", coordenado por "voluntários" e que, por isso, a campanha de Richa não tem responsabilidade sobre o que aconteceu ali.
"O prefeito não tem nada que ver com isso, o comitê era independente e tem de responder pelos seus atos", disse.
Ele afirmou, contudo, que "despesas eventuais", como o pagamento de lanches ou gasolina aos "voluntários" do PRTB, foram pagas pela campanha tucana "mediante apresentação de nota fiscal". Ghignone não revelou quanto foi pago.
Na prestação entregue à Justiça Eleitoral não constam nenhum pagamento feito a um dos 28 dissidentes do PRTB.
O tesoureiro da campanha também negou que os cargos de confiança ou funções gratificadas na prefeitura tenham sido uma recompensa política aos dissidentes do PRTB.
Segundo ele, os oito aliados foram reconduzidos aos cargos, que ocupavam durante o primeiro governo e dos quais se afastaram no período eleitoral.
A Folha não conseguiu localizar Alexandre Gardolinski, que aparece nos vídeos distribuindo dinheiro. Recados foram deixados com familiares e não houve resposta até a conclusão desta edição.
Em entrevista publicada no jornal "Gazeta do Povo", ele sustentou a versão de que o "Comitê Lealdade" era independente, isentando a campanha de Richa de responsabilidade pelos pagamentos. Ele se recusou a revelar a origem do dinheiro distribuído aos ex-candidatos.
A Folha não conseguiu localizar Marinete Silva ontem à tarde. O telefone de sua residência estava desligado.
Um comentário:
coloca o meu blog aí como favorito!
http://unimulti.blogspot.com/
Abraço, Michel Sandes.
Postar um comentário