28 de junho de 2009
Movimentos e entidades negras lançaram um manifesto em defesa da Petrobras durante a 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Proposto inicialmente por 16 entidades, entre elas o Bloco Cultural Ilê Aiyê e o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), o manifesto tem recebido assinaturas de outros delegados e organizações que participam da conferência.
O texto afirma que "um dos mais expressivos patrimônios do povo brasileiro está ameaçado" e classifica a Petrobras como "empresa símbolo da competência e sucesso do país, alvo de denuncismo irresponsável". As entidades negras fazem no manifesto uma convocatória aos movimentos sociais em defesa da estatal e repudiam "a tentativa de atingir a imagem de uma empresa parceira do movimento pela igualdade racial".
A coordenadora do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab), Célia Souza, critica o que chama de politização da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. "As entidades do movimento negro, que são parceiras da Petrobras, acabam entrando nesse imbróglio. Justo nós que sempre lutamos para ter acesso ao poder e às benesses às quais historicamente fomos excluídos", destaca Célia.
"A defesa da Petrobras é um ponto de honra. A Petrobras é uma das grandes parceiras do movimento negro e representa o poder que o Brasil tem hoje no mundo. Estamos preocupados com o que essa CPI pode vir a provocar."
O presidente do bloco afro Ilê Aiyê, Antônio Carlos dos Santos, o Vovô, também assinou o manifesto em defesa da Petrobras, que segundo ele deve ter seu papel social respeitado pela sociedade brasileira. "Desde 2001 a Petrobras é parceira do Ilê e apoiou a construção da sede do bloco. É uma empresa com projetos sociais em todo o Brasil. A elite branca e racista desse país não tem interesse em permitir que esse trabalho continue a ser feito."
O manifesto em defesa da Petrobras também recebeu o apoio do deputado federal Luiz Alberto (PT-BA), que propôs na 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial a utilização dos recursos obtidos a partir das reservas do pré-sal para o financiamento de políticas públicas de promoção da igualdade racial. "Um fundo com essa finalidade social já foi defendido pelo próprio presidente Lula e o que precisamos garantir agora é que os recursos sejam destinados para as políticas e ações em debate aqui."
A 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial começou na quinta-feira e termina hoje (28), com a aprovação de um documento que deve avaliar as políticas públicas de promoção de igualdade racial e indicar novos caminhos para os governos federal, estaduais e municipais.
Agência Brasil
Movimentos e entidades negras lançaram um manifesto em defesa da Petrobras durante a 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Proposto inicialmente por 16 entidades, entre elas o Bloco Cultural Ilê Aiyê e o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), o manifesto tem recebido assinaturas de outros delegados e organizações que participam da conferência.
O texto afirma que "um dos mais expressivos patrimônios do povo brasileiro está ameaçado" e classifica a Petrobras como "empresa símbolo da competência e sucesso do país, alvo de denuncismo irresponsável". As entidades negras fazem no manifesto uma convocatória aos movimentos sociais em defesa da estatal e repudiam "a tentativa de atingir a imagem de uma empresa parceira do movimento pela igualdade racial".
A coordenadora do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab), Célia Souza, critica o que chama de politização da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. "As entidades do movimento negro, que são parceiras da Petrobras, acabam entrando nesse imbróglio. Justo nós que sempre lutamos para ter acesso ao poder e às benesses às quais historicamente fomos excluídos", destaca Célia.
"A defesa da Petrobras é um ponto de honra. A Petrobras é uma das grandes parceiras do movimento negro e representa o poder que o Brasil tem hoje no mundo. Estamos preocupados com o que essa CPI pode vir a provocar."
O presidente do bloco afro Ilê Aiyê, Antônio Carlos dos Santos, o Vovô, também assinou o manifesto em defesa da Petrobras, que segundo ele deve ter seu papel social respeitado pela sociedade brasileira. "Desde 2001 a Petrobras é parceira do Ilê e apoiou a construção da sede do bloco. É uma empresa com projetos sociais em todo o Brasil. A elite branca e racista desse país não tem interesse em permitir que esse trabalho continue a ser feito."
O manifesto em defesa da Petrobras também recebeu o apoio do deputado federal Luiz Alberto (PT-BA), que propôs na 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial a utilização dos recursos obtidos a partir das reservas do pré-sal para o financiamento de políticas públicas de promoção da igualdade racial. "Um fundo com essa finalidade social já foi defendido pelo próprio presidente Lula e o que precisamos garantir agora é que os recursos sejam destinados para as políticas e ações em debate aqui."
A 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial começou na quinta-feira e termina hoje (28), com a aprovação de um documento que deve avaliar as políticas públicas de promoção de igualdade racial e indicar novos caminhos para os governos federal, estaduais e municipais.
Agência Brasil
Um comentário:
Todos na rua em defesa da caixa-preta da PETEbrás, senão terão as "bolsas" cassadas!
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