“Sai Fora, Gilmar Mendes!” é o principal slogan do segundo ato a ser promovido nesta quarta (24), a partir das 18h, em Brasília, Belo Horizonte e São Paulo, pelo Movimento Saia às Ruas contra o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Na primeira manifestação na capital federal, em maio passado, cerca de duas mil pessoas acenderam cinco mil velas em frente à sede do STF, que será novamente palco do protesto.
Manifestantes vão ironizar no ato realizando quadrilha Na capital paulista, o evento está sendo convocado para a Avenida Paulista em frente ao prédio do Tribunal Regional Federal (TRF-3). Já na capital mineira, a manifestação do Movimento Saia às Ruas fará o protesto na Rua Goiás, 226, Centro.
“Ao libertar o banqueiro Daniel Dantas e criminalizar os movimentos populares, o pecuarista e empresário Gilmar Mendes revela a mesma mentalidade autoritária contra a qual uma geração inteira de militantes e trabalhadores lutou, com o objetivo de derrubar a ditadura civil-militar que sufocou o país entre 1964 e 1985”, diz o texto do manifesto.
O manifesto diz ainda que o Brasil já não admite “a visão achatada e conservadora da lei, aplicada acriticamente para oprimir os mais fracos”. Ressalta também que “o povo já não atura palavras de ordem judiciais como estado de direito, devido processo legal ou princípio da legalidade”. Protesta contra o Judicário das elites e das desigualdades.
A manifestação foi idealizada após o ministro Joaquim Barbosa, também do STF, ter desafiado Gilmar Mendes a ir às ruas testar sua popularidade. A partir daí estudantes da Universidade de Brasília (UnB) e dirigentes sindicais deram início a mobilização. Os organizadores dizem que o movimento é convocado por “cidadãos e cidadãs de todas as classes sociais, religiões e idades.”
Em Brasília, eles passaram a semana reunindo com entidades do movimento social, representantes de ONGs e distribuindo o manifesto em centros de grande aglomeração popular como a Rodoviária do Plano Piloto. No ato prometem ironizar realizando uma quadrilha do STF. Todos também estão convocados a levar velas ao ato.
Um dos articuladores, Rodrigo Bilha, estudante de Pedagogia da Universidade de Brasília (UnB), diz que a última decisão dos ministros do STF - exceção de Marco Aurélio Mello –,derrubando a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão, será mais um motivo para que ato ganhe mais adesão, sobretudo de jornalistas e estudantes de Jornalismo.
Ele anunciou que o terceiro ato já tem data marcada em Brasília por conta da realização na capital entre 15 e 19 de julho do 51º Congresso da UNE (Conune). O movimento aproveitará a concentração de milhares de estudantes para voltar à Praça dos Três Poderes.
De Brasília,
Iram Alfaia , Vermelho.
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