Autor(es): Paulo de Tarso Lyra
Valor Econômico - 23/07/2009
O lançamento, ontem, do Plano Safra 2009/2010, que destina R$ 15 bilhões para a agricultura familiar, transformou-se num grande ato de campanha da candidatura Dilma Rousseff à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, ambos presentes ao evento. Imagens foram projetadas em um telão encadeando trabalhadores e empresários para fazer elogios ao governo, somados a discursos de representantes sindicais enaltecendo os avanços do setor durante a gestão petista e até crianças sentando no colo de Lula e de Dilma.
Diante de um auditório com cerca de 1,5 mil pessoas, Lula fez um alerta aos presentes: "Daqui a um ano vamos ter eleição. Temos que colocar pessoas que possam melhorar as coisas. Precisamos travar este debate ao invés de dizer que não gostamos de política, porque, se isto acontecer, a gente sabe bem onde vai dar". Disse ainda que os presentes não poderiam permitir que "voltasse a governar este país alguém para o qual a Marcha dos Prefeitos é uma afronta, conversar com reitores é uma afronta". E completou: "Este povo ficou tanto tempo na miséria porque faltava gente que entendesse e desse oportunidades para eles", declarou o presidente.
Como o montante total do financiamento já era conhecido, o evento serviu exclusivamente para a celebração política. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, falou por quase 40 minutos. A cada ponto do discurso, um discurso ufanista surgia na grande tela: por ela, desfilaram o presidente da Anfavea, Jackson Schneider; da Abimaq, Luiz Auberto Neto; do Banco do Brasil, Aldemir Bendini; o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias; além de pequenos produtores beneficiados com financiamento para tratores e até merendeiras que utilizam alimentos oriundos da agricultura familiar no lanche das crianças.
Depois da longa exortação, Cassel deu a deixa da principal motivação do encontro: "Ministra (Dilma Rousseff), nós queremos continuar caminhando e queremos muito mais que isto", dirigindo-se à candidata do PT à sucessão de Lula. Ao começar seu discurso, o presidente falou de si próprio, sem rodeios. "Eu me levantei porque o meu ego não cabia mais na cadeira. Eu fui inchando, inchando, inchando, é muito orgulho. Todo mundo gosta de ser reconhecido".
Lula aproveitou para fazer uma ode a toda sua gestão. "Pode ser que algum governo tenha feito, em algum momento, coisas iguais ao que nós fizemos. Mas fazer mais do que a gente fez, em qualquer área, eu duvido", desafiou. O presidente retomou um de seus temas favoritos da campanha de 2006, ao dizer que as pessoas perceberam que, quando um pobre ganha, os ricos também ganham. "Temos que acabar com este antagonismo imbecil de que tem que haver uma maioria pobre e uma minoria rica".
Outro discurso fundamental para a vitória de 2006 também foi lembrado quando Lula citou as dificuldades que o Banco do Brasil tinha para emprestar dinheiro aos pequenos produtores: "Era uma cultura disseminada desde a época em que queriam privatizar o Banco".
O lançamento, ontem, do Plano Safra 2009/2010, que destina R$ 15 bilhões para a agricultura familiar, transformou-se num grande ato de campanha da candidatura Dilma Rousseff à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, ambos presentes ao evento. Imagens foram projetadas em um telão encadeando trabalhadores e empresários para fazer elogios ao governo, somados a discursos de representantes sindicais enaltecendo os avanços do setor durante a gestão petista e até crianças sentando no colo de Lula e de Dilma.
Diante de um auditório com cerca de 1,5 mil pessoas, Lula fez um alerta aos presentes: "Daqui a um ano vamos ter eleição. Temos que colocar pessoas que possam melhorar as coisas. Precisamos travar este debate ao invés de dizer que não gostamos de política, porque, se isto acontecer, a gente sabe bem onde vai dar". Disse ainda que os presentes não poderiam permitir que "voltasse a governar este país alguém para o qual a Marcha dos Prefeitos é uma afronta, conversar com reitores é uma afronta". E completou: "Este povo ficou tanto tempo na miséria porque faltava gente que entendesse e desse oportunidades para eles", declarou o presidente.
Como o montante total do financiamento já era conhecido, o evento serviu exclusivamente para a celebração política. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, falou por quase 40 minutos. A cada ponto do discurso, um discurso ufanista surgia na grande tela: por ela, desfilaram o presidente da Anfavea, Jackson Schneider; da Abimaq, Luiz Auberto Neto; do Banco do Brasil, Aldemir Bendini; o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias; além de pequenos produtores beneficiados com financiamento para tratores e até merendeiras que utilizam alimentos oriundos da agricultura familiar no lanche das crianças.
Depois da longa exortação, Cassel deu a deixa da principal motivação do encontro: "Ministra (Dilma Rousseff), nós queremos continuar caminhando e queremos muito mais que isto", dirigindo-se à candidata do PT à sucessão de Lula. Ao começar seu discurso, o presidente falou de si próprio, sem rodeios. "Eu me levantei porque o meu ego não cabia mais na cadeira. Eu fui inchando, inchando, inchando, é muito orgulho. Todo mundo gosta de ser reconhecido".
Lula aproveitou para fazer uma ode a toda sua gestão. "Pode ser que algum governo tenha feito, em algum momento, coisas iguais ao que nós fizemos. Mas fazer mais do que a gente fez, em qualquer área, eu duvido", desafiou. O presidente retomou um de seus temas favoritos da campanha de 2006, ao dizer que as pessoas perceberam que, quando um pobre ganha, os ricos também ganham. "Temos que acabar com este antagonismo imbecil de que tem que haver uma maioria pobre e uma minoria rica".
Outro discurso fundamental para a vitória de 2006 também foi lembrado quando Lula citou as dificuldades que o Banco do Brasil tinha para emprestar dinheiro aos pequenos produtores: "Era uma cultura disseminada desde a época em que queriam privatizar o Banco".
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