01/07/2009
Texto publicado no blog do jornalista Luís Nassif
Para os que acham que com Lula ou Fernando Henrique Cardoso a reação à crise internacional seria a mesma.
Leia aqui entrevista da Folha com FHC sobre o Plano Real (clique aqui). A propósito de nada - era para um balanço histórico -, o entrevistador Guilherme Barros pede análises de FHC sobre a política atual de Lula e de Obama.
FHC mostra claramente qual teria sido sua reação à crise: cortes de gastos, arrocho fiscal.
O que comprova claramente o que sempre coloquei em minhas análises: as quatro ou cinco crises que sacudiram o país no seu governo não são álibi, são agravantes. Eram crises nas contas externas. Após a primeira crise, o país deveria ter sido preparado para evitar as seguintes.
Mas, em todas elas, recorria apenas ao receituário fiscal, jamais à solução das contas externas. E aí entram os elementos políticos que abordei em meu “Os Cabeças de Planilha”. Em qualquer circunstância, todas as medidas do governo FHC eram no sentido de preservar os ganhos dos investidores. Ajuste cambial significaria impor perdas a quem trouxe dólares, mas prevenir de maneira definitiva futuras crises. Com as contas externas em ordem, não haveria obstáculos ao crescimento da economia.
Para não penalizar os investidores, não se permitia o ajuste no câmbio. Não havendo, o ajuste nas contas externas só se podia dar via recessão. Aí, toca aumentar o arrocho fiscal (para reduzir o déficit comercial) e as taxas de juros (para manter o fluxo de investimentos externos). O especulador ganhava nas duas pontas. O país perdia em ambas.
Texto publicado no blog do jornalista Luís Nassif
Para os que acham que com Lula ou Fernando Henrique Cardoso a reação à crise internacional seria a mesma.
Leia aqui entrevista da Folha com FHC sobre o Plano Real (clique aqui). A propósito de nada - era para um balanço histórico -, o entrevistador Guilherme Barros pede análises de FHC sobre a política atual de Lula e de Obama.
FHC mostra claramente qual teria sido sua reação à crise: cortes de gastos, arrocho fiscal.
O que comprova claramente o que sempre coloquei em minhas análises: as quatro ou cinco crises que sacudiram o país no seu governo não são álibi, são agravantes. Eram crises nas contas externas. Após a primeira crise, o país deveria ter sido preparado para evitar as seguintes.
Mas, em todas elas, recorria apenas ao receituário fiscal, jamais à solução das contas externas. E aí entram os elementos políticos que abordei em meu “Os Cabeças de Planilha”. Em qualquer circunstância, todas as medidas do governo FHC eram no sentido de preservar os ganhos dos investidores. Ajuste cambial significaria impor perdas a quem trouxe dólares, mas prevenir de maneira definitiva futuras crises. Com as contas externas em ordem, não haveria obstáculos ao crescimento da economia.
Para não penalizar os investidores, não se permitia o ajuste no câmbio. Não havendo, o ajuste nas contas externas só se podia dar via recessão. Aí, toca aumentar o arrocho fiscal (para reduzir o déficit comercial) e as taxas de juros (para manter o fluxo de investimentos externos). O especulador ganhava nas duas pontas. O país perdia em ambas.
2 comentários:
Quaisquer análises feitas por esse Luís Nassif, que é um conhecido comensal do PIG lulopetista, não têm a menor credibilidade. A "receita" é ler o que ele escreve e acreditar exatamente no contrário!
Anônima diz
Concordo plenamente com o que o anonimo colocou, pois o Nassif é petista roxo e sempre achando que o FHC faz certo, está errado e o que o Lula errou, foi porque imitou o FHC.
Por tanto não dou credito ao Nassif
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