Diogo Mainardi, o polêmico colunista que nos últimos anos fez barulho provocando os petistas e criando desafetos no meio jornalístico, acaba de abrir um novo capítulo na sua trajetória profissional.
Há três semanas, Mainardi anunciou aos leitores de sua coluna na revista "Veja" que resolvera ir embora do Brasil para viver com a família em Veneza, na Itália. Comparou sua situação à dos retirantes de "Vidas Secas" e disse que tinha "medo de ser preso".
Na falta de mais explicações, seus inimigos decidiram arranjar uma. Segundo eles, Mainardi foi embora para fugir do acerto de contas com a Justiça brasileira, onde enfrenta vários processos por calúnia, injúria e difamação.
"O Mainardi me deve dinheiro", escreveu o jornalista Paulo Henrique Amorim em seu blog. "Há meses e meses meus advogados tentam citá-lo em vão", reclamou outro blogueiro, Luis Nassif.
Mainardi diz que é tudo bobagem. Ele atribui a razões familiares a mudança para a Itália e afirma que os processos na Justiça não o assustam. "Vou e volto quando bem entendo", escreveu, numa mensagem a seus seguidores no microblog Twitter.
Nem mesmo os advogados do colunista têm uma noção exata do número de processos que ele já enfrentou. Mas é certo que o placar até agora é bastante favorável a seu cliente. Mainardi sofreu apenas duas condenações, nenhuma em caráter definitivo.
Há três anos, um juiz do Rio mandou o colunista pagar ao ministro Franklin Martins, chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, uma indenização de R$ 30 mil por dano moral. Mainardi recorreu contra a sentença e ganhou.
CONDENAÇÃO
O caso mais delicado é o de uma queixa-crime apresentada por Paulo Henrique Amorim em São Paulo. Mainardi foi condenado em segunda instância e agora espera o julgamento de um recurso apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O colunista foi condenado a três meses e 15 dias de prisão, mas o juiz que assinou a sentença converteu a pena para outra mais branda, pagamento de três salários mínimos. Não há risco de Mainardi ser preso, mesmo se a sentença for confirmada.
Mas ele perderá a condição de réu primário se for derrotado no STF e, no futuro, isso poderá complicar sua defesa em outros processos.
A Justiça também mandou o colunista pagar uma indenização de R$ 285 mil a Amorim, que ele acusou de receber dinheiro para defender o PT em seu blog. A indenização foi depositada em juízo e os advogados de Mainardi recorreram contra a sentença.
"MEDALHA NO PEITO"
"Cada um desses processos é uma medalha no meu peito", disse o colunista à Folha, falando por telefone de Veneza. "A ideia de que saí do país para fugir da polícia é uma coisa ridícula. Fiz só uma brincadeira na coluna."
O ex-ministro Luiz Gushiken, o advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o empresário Carlos Jereissati, do grupo La Fonte, estão entre os que processaram Mainardi no passado e nunca conseguiram nada.
O colunista morou em Veneza anteriormente por 14 anos e foi na Itália que conheceu sua mulher. Ela é historiadora, quer voltar a trabalhar e não encontrava oportunidades no Rio, onde o casal viveu com os dois filhos nos últimos oito anos. Folha.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Folha bandida acredita em Mainardi
Desafetos acusam Diogo Mainardi de escapar de processos no Brasil
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Um comentário:
Espero que ele suma de vez da telinha.
Que passe a vida se incomodando com os processos que ainda estão em andamento.
Que algum Juiz Respeitável, lhe dê uma sentença condizente com os abusos que ele cometeu, injuriando e caluniando pessoas.
Ele não tem respeito por nada e por ninguém.
Que ele continue vivendo em Veneza pelo resto da vida, e que curta bastante o cheirinho dos canais de lá, e que esteja presente quando a cidade afundar...
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