quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Os demotucanos vão se enforcar

Morram desgraçados, corruptos, bandidos.Vocês vão ter que engolir Dilma.

Parlamentares da oposição descredenciam CNT/Sensus; aliados comemoram


A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta quinta-feira (5), em que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aparece com 10 pontos percentuais de vantagem sobre José Serra (PSDB), foi descredenciada por parlamentares da oposição, enquanto os aliados do governo Lula comemoraram o resultado.

O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Paulo Bornhausen (SC) mostrou indignação com os números, que considerou como “não isentos”. “Quem tem contrato com o governo não dá para comentar. CNT/Sensus e Vox Populi não são institutos isentos”, afirmou, alegando que preferia aguardar os resultados de outras instituições, como Datafolha e Ibope.

A Presidência da República, o Ministério do Trabalho e o Ministério da Educação estão entre os clientes do Sensus. O presidente do instituto, Ricardo Guedes, afirmou que não tem "nada a declarar" sobre as críticas de Bornhausen. "Em comentário político, eu não entro. O nosso trabalho é técnico. Política é outra área, a minha área é pesquisa", disse. O UOL Eleições entrou em contato com o Vox Populi, mas o instituto não emitiu declaração a respeito da frase do deputado.

Para a base aliada, a ampla aliança da chapa petista se mostra como um dos pontos fundamentais para os bons resultados da candidata petista nas avaliações com o eleitorado. “Ela [Dilma] construiu uma aliança mais ampla e mais sólida [que Serra] e conta com o apoio de um governo com índices altíssimos de aprovação. Todos os elementos favoráveis para ganhar uma eleição”, disse o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

“Eleição é coisa séria. Não comentamos pesquisa do Instituto Sensus”, disse o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), em seu perfil no Twitter. Já o vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), foi mais incisivo ao rejeitar a pesquisa de hoje. “Agora, vamos ter uma coleção de pesquisas que aproveitam para ‘ganhar um plus’ na campanha (...) Os outros institutos estão mais próximos da realidade”, afirmou ao UOL Eleições.

Na avaliação do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), a pesquisa reforça o que considera um "isolamento" de Serra, além do apoio do presidente Lula, que aparece com 77% de aprovação, segundo o CNT/Sensus.

Tanto Vaccarezza quanto Rebelo avaliam como bem-sucedida a estratégia de Dilma de se mostrar como a única capaz de dar continuidade ao legado de Lula. "Os resultados da pesquisa significam que a cada momento que a população vai optando pela Dilma: a únca entre todos os consolidar as conquista do governo Lula", disse Vaccarezza.

Os líderes da oposição têm a expectativa que os debates e a propaganda eleitoral na televisão serão cruciais para o eleitorado se aproximar dos candidatos e as pesquisas eleitorais serem “mais fieis” à realidade. “A campanha começa no debate de hoje. Até agora, foi perfumaria. O debate vai atingir em cheio a classe média”, disse Alvaro Dias.

Bornhausen afirma que a desvantagem do candidato tucano é não usar a máquina pública em seu favor. “Crucial é a campanha [de rua], os programas nas TV e os debates, e não existe uma única bala e sim a continuidade da conversa com os eleitores. Só que o governo não se cansa de usar a máquina pública [por meio dos institutos] para mostrar bons resultados”, disse. Uol.

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